CANELA – O prefeito Constantino Orsoli exonerou os dois secretários do PSDB que são vereadores titulares para votarem hoje a noite o projeto da reforma administrativa que cria mais cargos de CCs e uma Secretaria, pois os suplentes Felipe Caputo e Paulo Tomasini prometiam votar contra, impedindo a aprovação.
Carmen Seibt, da Governança, no entanto, ao que o Integração apurou, irá votar contra e assim não vai mais voltar ao Governo. Já Alfredo Schafer, Meio Ambiente, vota a favor e volta a integrar a administração após duas sessões da Câmara.
Para ser aprovado o projeto precisa de seis votos sem o da presidente. Por isso os cinco votos do MDB e mais um do PSDB são suficientes para a aprovação.
A sessão ordinária inicia logo mais as 19 horas e ocorre hoje em razão do feriado de ontem.
Ambos os lados têm discurso para defender suas posições. Da parte do governo a explicação é que a demanda de serviços têm aumentado e que a criação de uma Secretaria para cuidar do trânsito é uma urgência. O prefeito também tem dito que não nomeará todos os cargos criados imediatamente.
Da parte dos contrários, Paulo Tomasini explica as razões para ser contra e não ter mudado de posição mesmo perdendo o cargo de vereador, pois como Carmen não volta mais para o Governo, se só Alfeedo voltar, o primeiro suplente é Felipe Caputo. Este já disse que ao voltar, será oposição. Assim, mesmo que ainda há espaço de negociação, em vista da declaração pública do vice-prefeito, Gilberto Cesar, em suas redes sociais de que também é contra o projeto, fica exposta a relação entre MDB e PSDB, que já dura seis anos. Acompanhemos o que declarou Paulo Tomasini para não aprovar o projeto:
“O momento político que vivemos hoje em Canela não nos permite votar qualquer projeto que vai empactar no futuro do município. Primeiro temos que aguardar o final da operação Cáritas que ainda tem muita coisa para acontecer, e aí sim culpar quem realmente tem culpa e liberar que não tem, aí sim podemos pensar num projeto desta envergadura. Outro fato importante que o projeto não atende as necessidades do Executivo, entre as soluções, primeiro, a contratação de estagiários com formação em andamento para auxiliar os profissionais, segundo é fazer o concurso público para ocupação das vagas e depois de tudo isso feito fazer a reforma. Terceiro erro é o salário proposto totalmente fora dos padrões locais e que vai conflitar com os funcionários efetivos da Prefeitura, e isso pode causar uma grande desmotivação em todos os quadros. Outro ponto a ser levado em conta é questão financeira, a prefeitura tem hoje um comprometimento de mais de um milhão por mês pelos próximos 15 ou 20 anos com financiamentos dos asfaltos, vamos perder mais de cinco milhões por ano só de receita do Caracol, sem contar que com a redução de ICMS dos combustíveis e energias e outros produtos vai impactar muito no retorno das receitas”.