Tiago Manique
CANELA – Os vitrais, que são os vidros transformados em obras de arte que fazem parte da decoração da Catedral de Pedra, foram transformadas em poemas. A iniciativa partiu de Agostinho Barrionuevo que dedicou a sua vida em ser professor e educador durante 46 anos. Morador de Canela, o escritor e poeta prepara para apresentar ao público sua obra que contém mais de 90 poemas em 268 páginas, composto por 160 fotos, contando o significado na visão do autor dos vitrais da Catedral de Pedra.
O lançamento do livro Arte e Espiritualidade ocorrerá em dois momentos. No sábado (6), às 15h30, no Empório Canela e domingo (7), às 10h30, na Catedral de Pedra, no intervalo da missa. O modo como a igreja o encanta e suas peculiaridades foram fundamentais para que chamasse a atenção de Barionuevo em escrever seu terceiro livro, outros foram Educação Formal Experiencial e Reflexiva.

“A inspiração deste livro nasceu da observação da Igreja Nossa Senhora de Lourdes na nuance do popular, mas respeitoso, alcunha de Catedral de Pedra de Canela. Você só ama aquilo ou aquela pessoa se você conhecê-las em profundidade. Esse conhecimento é uma busca curiosa que alimenta a inspiração do poeta. Esquadrinhei esta igreja em todos os seus recônditos (interior, recanto…). Só depois comecei a compor os mais de 90 poemas da obra”, contou.
Com este trabalho de três anos de uma pesquisa minuciosa, o brilho proporcionado pelas luzes e cores da igreja o chamaram a atenção. Mas confidenciou, que os vitrais foi o que mais lhe marcou.
“A Catedral de Pedra, porém, representa, por assim dizer, um museu de arte sacra e bucólica. Cada quadro, peça, tela e todos os vitrais sem dúvida atraem o olhar e mexem com a alma artística dos observadores. Fazer o relógio da torre, os sinos e a porta da igreja falarem foi bucólico e prazeroso. Por outro lado, escrever sobre a maioria dos vitrais se tornou um desafio profundo da fé. O auge ficou por conta de duas invocações: Maria como Mãe de Deus e Mãe do Criador. Este último considero o mais emblemático de todos”, comentou.
Sobre as mãos que ajudaram na confecção da obra, Barrionuevo lembrou o apoio de amigos e familiares. “Destaco o trabalho profissional, apaixonado e artístico do renomado fotógrafo de Canela Sérgio Azevedo e filhos. Só foi possível graças ao engajamento de minha esposa, filhos e netos que fizeram a diagramação, editorial e custeio da obra. Saliento, sem financiamento de órgãos públicos e empresas. Por isso sempre falo que Arte e Espiritualidade é o nosso legado à igreja católica e ao povo de Canela”, finalizou.












