GRAMADO – Cerca de 100 agroindústrias afirmadas e expectativa para mais regularizações. O que faz o município ter tanta facilidade para o desenvolvimento destas empresas? O coordenador das agroindústrias, Eliezer Nascimento de Lima, respondeu esta e outras questões à Rádio Integração Digital, no programa Máquina Pública, aproveitando para destacar a importância de fomentar a agricultura familiar, em busca de viabilizar a permanência das pessoas no interior.
“Nós entendemos a importância para as famílias que vivem no interior. É bom apoiarmos e incentivarmos, pois é uma maneira do jovem permanecer no campo e das famílias viabilizarem suas atividades. Estamos aqui para fazermos essa integração e facilitar o trabalho do interior, além de ajudar o desenvolvimento do trabalho agrícola. Queremos que as famílias tenham mais renda, que consigam melhorar a qualidade de vida no interior. Isso que buscamos, ser a ponte entre o meio rural, Administração e zona urbana”, comentou.
O coordenador explicou que as agroindústrias recebem suporte do projeto Gramado Colônia, descrevendo como funciona a ferramenta criada pelo Executivo. “Temos próximo de 100 (agroindústrias), além de diversas em processo de regularização. Todas elas acontecem por meio do Gramado Colônia, que facilita dando suporte desde a parte da terraplanagem com máquinas, acesso e projetos. Tem engenheiros só para isso, temos que seguir critérios específicos. Há também a parte de tabela nutricional com nutricionista especializada, manual de boas práticas, licenciamento ambiental, tudo de forma gratuita para o produtor”, explicou.
Participação das agroindústriasgramadenses na Expointer
O total foi 742 mil pessoas e R$ 7.145.626.026,21 de faturamento. A Expointer foi magnífica, “um sucesso”, como adjetivou Eliezer. Diretamente de Gramado, a Laticínios Ruppenthal, a agroindústria Nossa Versão (estande 060) e o mel Apis Gramado estiveram no pavilhão destinada a agricultura familiar no evento. Com três unidades no Parque Assis Brasil, a Facas SG também participou do evento. Além destas, a Cabanha das Hortênsias, Cabanha Pôr do Sol e a Cabanha de Crioulos de Los Buenos também estiveram presentes.
Ele salientou o esforço que o Executivo fez para que produtores e funcionários pudessem prestigiar o evento, afirmando que o a ação foi uma forma de valorizar as classes.
“A Expointer foi um sucesso, tanto para quem visitou quanto para quem vendeu. É loucura o que foi o evento e a gente conseguiu viabilizar, por meio de parcerias, que o produtor gramadense fosse visitar a Expointer. Foram cinco ônibus, em peso estiveram lá. Na sexta, o Nestor, o Luia e o secretário Rafael Ronsoni fizeram uma força para que os funcionários da pasta também pudessem comparecer. Para, justamente, valorizar quem trabalha e está em contato com o produtor”, observou.
Burocracia e ‘papelada’
Nascimento ressaltou como a parte burocrática pode acabar prejudicando o trabalho manual por conta do desvio de atenção e frisou que, com a equipe da Secretaria de Agricultura, tenta ajudar os produtores a resolver este certame que também faz parte do processo. “Eu sou produtor e tenho uma propriedade. Sabemos os gargalos e as dificuldades. Muitas vezes se envolver com a parte burocrática, faz com que deixe de lado a propriedade. Isso que tentamos fomentar por meio do programa ‘Gramado Colônia’, que auxilia nessa parte, desmistificando a ‘papelama’ que, às vezes, é danada”, sublinhou.












