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A luta contra um câncer raro e o preconceito médico

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Tiago Manique

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REGIÃO – Lutar diariamente pela vida e ainda ter que buscar se proteger do preconceito, entre eles, o médico. A fotógrafa gramadense Nayara Hoffmann, 34 anos, após diversas falhas no diagnóstico preciso dos médicos, descobriu, no dia de seu aniversário em 17 de julho de 2023, uma massa tumoral maligna no abdômen que foi diagnosticada como Tumores Neuroendócrinos (TNE), um tipo raro de câncer que se origina nas células do sistema neuroendócrino. No período, ela conta que a doença foi tratada como intolerância à lactose.

Além desta doença, ela convive com paralisia facial e problemas de dicção. Por conta dessas comorbidades, enfrenta uma onda de preconceitos desde a infância até a vida adulta.

O tratamento é realizado apenas por meio de cirurgia. A primeira foi a retirada de um tumor de 8 centímetros no pâncreas, mas, após o procedimento, ela continuou apresentando sintomas e realizando exames. Posteriormente, passou por outras cirurgias, necessitando a retirada de parte do estômago, fígado, vesícula, duodeno e o tratamento de aderências.

Nay, como é conhecida, relatou à reportagem do jornal Integração que, atualmente, está em investigação uma metástase e encontra dificuldades para realizar um exame específico para isso, devido à raridade do câncer e à falta de conhecimento de alguns profissionais médicos sobre a doença.

Além disso, ela relata que encara também o preconceito médico e a falta de conhecimento desses profissionais sobre a doença. “Até um médico duvidou da existência da doença. O preconceito, infelizmente, ocorre até mesmo entre os médicos. Eu mesma passei por isso. Inclusive, ele colocou no prontuário que a paciente relata via celular ter câncer neuroendócrino. Era só usar o Google que ele veria o que significava”, contou.

Sobre sua doença, Nay mencionou que, conforme o Instituto Oncoguia, cânceres raros representam um em cada cinco diagnósticos da doença no Brasil. Diante disso, ela quer dar visibilidade às dificuldades enfrentadas para que mais pessoas que passam por situações semelhantes tenham coragem de se manifestar e buscar esclarecimentos.

“Quero conscientizar as pessoas, ajudar para que elas reconheçam seus corpos e também os erros de diagnóstico. Falta investimento e conhecimento. Por exemplo, outra coisa que sempre me perguntam é se fiz quimioterapia, mas esse câncer é tratado, primeiramente, com cirurgias, das quais já fiz três”, alertou.

Campanha e Luau Solidário

Além do drama da doença e da luta contra preconceitos, Nay necessita de recursos financeiros para dar continuidade ao tratamento. Para isso, são necessários R$ 8 mil para a realização de um exame que o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre e que está disponível apenas no Hospital Moinhos de Vento. Diversas campanhas estão sendo realizadas. Uma delas é por meio do PIX: [email protected].

Também há a opção de doação via Vakinha: https://www.vakinha.com.br/5415473?utm_campaign=whatsapp&utm_medium=website&utm_content=5415473&utm_source=social-share.

Além disso, uma Rifa Solidária está em andamento, com os números sendo vendidos a R$ 5. Mais informações pelo telefone (54) 98103-1064.

Um evento denominado Luau Beneficente 2.0 será realizado no dia 12 de abril na Cervejaria Farol, com diversas atrações musicais. O valor dos ingressos solidários é de R$ 25, com direito a um chopp de 300 ml.

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