Dirigentes alegam que atual estrutura de saúde já está limitada (Foto Mateus Argenta, Divulgação/Banco de Dados
Entidades representantes de diferentes categorias de trabalhadores emitiram nota oficial, no domingo, 29, fazendo a defesa da continuidade das restrições para o funcionamento de atividades econômicas em Caxias do Sul. Os 20 sindicatos que assinam o documento enfatizam que a cidade está próxima de entrar na fase crítica da pandemia da Covid-19. “Isto exige união de toda a sociedade e a continuidade das medidas para evitar maior disseminação da doença”, assinalam os dirigentes sindicais.
Após lembrar o registro de milhares de vítimas fatais pelo mundo todo e que grandes e médias cidades estão praticamente fechadas na maioria dos países, o grupo afirma não querer que pessoas morram nas ruas de Caxias do sul por falta de atendimento. Para eles, esta situação é real diante da possibilidade de superlotação das “já limitadas estruturas de saúde, falta de leitos e de respiradores nas UTIs dos hospitais”. Os sindicalistas defendem o isolamento, com fortes medidas de restrição para a circulação, como melhor método para tentar prevenir um possível colapso do sistema de saúde, achatando a curva dos infectados.
Na avaliação dos sindicalistas, proteger a saúde também significa proteger a economia e o direito ao emprego e a renda. Conclamam uma força coletiva de pressão para que o governo federal adote medidas mais profundas e abrangentes de proteção às empresas e aos empregos, como outros países têm feito, investindo até 20% do PIB, enquanto no Brasil o índice não passa de 2%. “Não é hora de flexibilizar as medidas de isolamento! É hora de criar uma grande corrente de solidariedade na cidade e apoiar as medidas governamentais para proteger a vida”, finalizam.
A nota é assinada pelos sindicatos dos Comerciários, Metalúrgicos, Rodoviários, Químicos e Bancários; de empregados em Entidades Culturais, Recreativas e de Assistência Social; no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem Gastronomia Turismo e Hospitalidade; nas indústrias de Alimentação, de Fiação e Tecelagem, e Gráficas; em empresas de Refeições Coletivas e em Limpeza e Conservação; na Construção Civil e Mobiliário; dos Vigilantes, dos Servidores Municipais e dos Professores; Têxtil de Galópolis, Sindisaúde, Sintrajoias RS e 1º Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul.