InícioEdiçãoGramado e CanelaCatiana Benetti Foss Holdorf

Catiana Benetti Foss Holdorf

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Quem é ela?

Enfermeira e Coordenadora de Cursos e Ações em Saúde

Como se define?

Uma pessoa proativa, determinada, batalhadora, comprometida, estudiosa, amiga, leal, que ama a família, ama a profissão e que está sempre disposta a ajudar a todos de bem com a vida. Sou grata a Deus por quem eu sou e por tudo que tenho.

RELATO PESSOAL:

Catiana é natural de Gramado, nasceu em 20 de novembro de 1979. É filha de Lenira de Lurdes Benetti Foss e de Benno Foss e tem duas irmãs: Franciele e Monalisa. Sua trajetória escolar iniciou-se na Escola Boaventura Ramos Pacheco, onde cursou do pré a oitava série. Depois seguiu seus estudos nas escolas Danton Corrêa e Santos Dumont, onde concluiu o ensino médio e, dando sequência, cursou Enfermagem pela UNISINOS, posteriormente especializou-se em Humanização da Atenção e Gestão do SUS, Educação Profissional e Tecnológica, Saúde da Família e Preceptoria do SUS. Atualmente está cursando Mestrado na linha de pesquisa em Inovação e Tecnologia em Saúde, pelo Instituto de Cardiologia.

Catiana mora em Gramado e trabalha na Secretaria de Saúde de Canela, na Unidade de Saúde Santa Marta e também na ACM Região das Hortênsias. É casada com Marco Antonio Holdorf, e eles tem 2 filhos: Eduardo, com 11, e Gabriel com 2 anos.

Seu sonho de menina e o que marcou sua infância?

Minhas principais lembranças de infância estão relacionadas à família, venho de uma família italiana que sempre foi muito unida, tivemos muita convivência com meu nono, nona, primos, tios, enfim com toda a família. Na fase inicial de minha infância tive que fazer um tratamento de saúde para epilepsia durante 7 anos, não tenho muitas recordações desta fase. Mas lembro sempre da presença da minha nona, por que ela que cuidava de mim enquanto minha mãe trabalhava. Após o término deste tratamento despertei para a vida e a partir daí sempre fiz mil coisas ao mesmo tempo. Toquei na Banda Marcial da Escola, participei do Grupo de Liderança Juvenil (CLJ). Sempre gostei de dançar, fiz aula de ballet, jazz, danças gaúchas e até danças alemãs. Teve um momento da minha infância em que meu sonho era ser bailarina.

Profissional:

Quando e como você sentiu despertar o interesse pela sua profissão?

O interesse pela enfermagem surgiu logo cedo, lembro que minha nona sempre recebia visitas das freiras que trabalhavam no Hospital Arcanjo São Miguel e eu adorava escutar as histórias que elas contavam sobre cuidar das pessoas. Por um momento até pensei em ser freira, mas não para exercer a função religiosa e sim para cuidar das pessoas, sempre achei essa tarefa muito nobre. No ensino médio despertei o interesse pela enfermagem e decidi fazer esta graduação. Entrei na faculdade com 17 anos e aos 23 estava formada, demorei seis anos para terminar o curso porque sempre trabalhei em dois locais durante todo o período.

O início de tudo:

Ao terminar o ensino médio aos 17 anos, iniciei a faculdade de Enfermagem na UNISINOS e aos 18 anos ingressei na função pública via concurso público com a 6ª colocação no Cargo de Auxiliar de Biblioteca, onde atuei por seis anos. Durante este período exerci a Função de Coordenadora dos Eventos Literários promovidos pela Biblioteca Municipal de Gramado. Entre 2000 e 2001 exerci a função de coordenadora da Biblioteca Municipal e nos anos de 2001 a 2003 fui coordenadora da Feira do Livro de Gramado junto com a Diretora do Centro Municipal de Cultura, minha amiga para todo sempre Maria Helena Drechsler (In memoriam).

Durante a faculdade também recebi o convite para dar aula de Ciências e Biologia na Escola Ramos Pacheco no turno da noite para o Ensino Supletivo, atuei como professora durante três anos. Aos vinte e três anos já formada fui trabalhar na Unidade de Saúde Central de Gramado como enfermeira, onde permaneci por dois anos. Em 2005 recebi uma proposta para trabalhar no município de Canela e tive a oportunidade de atuar junto às equipes de saúde da família, que sempre foi minha paixão. Trabalhei como contratada durante 8 anos e após prestei concurso público, ficando na segunda colocação, sendo efetivada, onde atuo há 9 anos. Ao todo são 17 anos de atuação na enfermagem. No momento divido minha carga horária entre atividades assistenciais e na Gestão da Atenção Básica. Em 2004 também comecei a dar aula no Curso Técnico em Enfermagem na ACM Região das Hortênsias, depois fui promovida à coordenadora do Curso, cargo este que desempenho até hoje. Na ACM também tive a oportunidade de implantar o Projeto ACM Saúde Canela que teve duração no período de 2008 a 2015 e no ano de 2011 implantamos o Projeto ACM Saúde Gramado, o qual se mantém até hoje.

A responsabilidade:

A responsabilidade desta profissão é grandiosa, enfermeira é gente que cuida de gente, que promove saúde, que trabalha com a vida humana, porém, mais que cuidar das dores e das doenças, temos o dever de promover o bem-estar, desenvolver o autocuidado e a felicidade humana. Ser enfermeira para mim é mergulhar no universo da paixão pela vida, é ser um agente de transformação, é ter empatia pelo outro, é comprometer-se com a vida humana.

Seus maiores desafios:

O meu maior desafio foi passar no Concurso Público, porque eram poucas vagas e muitos candidatos, estava com um bebê pequeno, tinha dois empregos e tive que organizar tudo para poder estudar. Os meses que antecederam o concurso foram de muita angustia e ansiedade, pois caso eu não fosse aprovada teria que buscar emprego em outro lugar. Então mesmo com um bebê e jornada dupla de trabalho, estudei todos os dias por pelo menos uma hora até o dia da prova e realmente quando vi meu nome como segunda colocada, concluí que valeu a pena as horas de privação do sono, e de tantas atividades que abri mão para poder estudar. Outro momento desafiador foi trabalhar durante a Pandemia devido à duas situações uma por estar finalizando a gestação em meio a tanta insegurança e outra por ter que reestruturar novos serviços frente ao cenário de caos total, com tanta demanda por atendimento e por toda insegurança gerada pela Pandemia. Lembro que recebemos uma ligação do gestor municipal solicitando que montássemos uma equipe completa para atendimento do COVID-19, isto na quinta feira final de tarde e na terça feira a equipe já deveria iniciar as atividades, foi muito trabalhoso passamos o final de semana todo trabalhando mas conseguimos iniciar o serviço em tempo recorde e com excelência.

Como você consegue conciliar a vida pessoal com a profissional?

Não é fácil ser dona de casa, mãe de dois filhos, profissional em dois empregos, enfim, múltiplas funções, mas é possível porque tenho ao meu lado um grande homem, que está comigo há 25 anos me apoiando em todos os momentos, é minha alma gêmea, o meu amor eterno, um excelente pai e um ótimo esposo. Dividimos todas as tarefas e juntos construímos uma linda família, também tenho uma grande rede de apoio através da minha família: mãe, irmãs, sogra e amigas. Agradeço a Deus todos os dias por ter colocado na minha vida pessoas tão especiais.

Suas maiores conquistas:

Minha maior conquista com certeza foi ter constituído junto com meu esposo uma família linda. O nascimento dos meus filhos marcou muito para mim, sempre que lembro me emociono, a maternidade me trouxe realização pessoal, por isso considero como uma grande conquista. Minha graduação e formação profissional também é uma importante conquista, porque realmente eu amo o que faço e tenho certeza que escolhi a profissão certa.

Sua mensagem final:

Como profissionais da saúde devemos cuidar do ser humano de forma integral e humanizada, fazer a diferença na vida das pessoas. É preciso ter empatia e cuidar do outro como cuidamos da pessoa que mais amamos. Dizem que há dois momentos especiais na vida, o primeiro é o dia em que você nasce e o segundo quando você descobre qual a é sua missão na terra.

Descubram a gratidão pela profissão, sintam o prazer em voltar para casa após a jornada de trabalho contemplados pelo dever cumprido. Expressem a alegria, o sorriso, o toque, a atenção para com o outro. Chorem se o coração mandar, não mecanizem a assistência, humanizem ela! Vivam a vida e não a doença. Acreditem sempre no potencial de vocês, no seu conhecimento e escolham a área que lhes traga satisfação e prazer.

E se acharem que a sua tarefa ou missão pessoal é criar um mundo melhor, mais humano e mais digno, saberão o que fazer no dia-a-dia, afinal, temos muito trabalho por fazer ainda. Na enfermagem e pela enfermagem.

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