Coincidência será? Mas, a partir do momento que uma empresa privada, leia-se Aegea, assumiu a Corsan, está sendo um desastre quase que completo o serviço de abastecimento na região, principalmente em Gramado. Nos últimos dias, é praticamente diário a falta de água nas torneiras. Os moradores estão passando por sacrifícios. Imagina chegar em casa agora com o verão e não ter água para tomar banho, lavar louça, roupa, fazer o básico. Os serviços essenciais nas mãos do sistema privado são piores do que nas mãos do setor público.
O povo também tem responsabilidade
Calma! Não quero generalizar, mas a maioria das pessoas não sabe que o seu deputado estadual votou favorável para privatizar a Corsan. Ninguém se preocupa em debater quando começam as discussões. Tem quem acha que privatizar vai melhorar ou são favoráveis simplesmente por questões políticas e ideológicas. Prometo até o final do ano colocar aqui os deputados que aprovaram a privatização da Corsan e os contrários. Aí, cada um faz seu julgamento, mas tudo dentro da tranquilidade democrática, sem ódio.
Protesto
Um morador do Vale dos Pinheiros, em contato, citou a falta de água no bairro e que é um problema recorrente quando a cidade está em alta temporada no verão. Inclusive, os moradores não descartam protestar na área central de Gramado, principalmente em locais de grande fluxo de turistas, como a Rua Coberta. Mas, no retorno do recesso da Câmara de Vereadores de Gramado, garantiram que devem comparecer para pedir um auxílio do Legislativo para pressionar a Aegea/Corsan.
Pressão dos dois lados
Está publicada nesta edição uma matéria onde a Prefeitura de Gramado busca, por meio da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que intervenha e adote medidas visando garantir o abastecimento de água de forma regular em todos os bairros do município. A Aegea/Corsan já foi notificada. Diante desse fato, estive conversando na tarde de quinta-feira (19) com o promotor de Justiça Max Guazzelli, durante a diplomação dos eleitos de Gramado. Ele mencionou que, nesta sexta-feira (20), terá um encontro com a Aegea/Corsan para buscar solucionar esses problemas.
Selo de Identidade Antirracista
Uma iniciativa extremamente positiva acontece nesta semana na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Gastronomia de Gramado (Sintrahg). Ocorreu o lançamento do Selo de Identidade Antirracista e o início de um plano abrangente de conscientização racial. Também foi apresentado o Guia Prático de Conduta Antirracista, um material essencial para fomentar práticas inclusivas e igualitárias. A iniciativa busca conscientizar sobre a importância de ações antirracistas no ambiente de trabalho e na vida cotidiana. Representantes de diversos setores se reuniram para compartilhar experiências, debater estratégias e reforçar o compromisso com uma sociedade mais equitativa.
Guia de Conduta Antirracista
O Guia Prático de Conduta Antirracista é uma ferramenta prática que orienta trabalhadores e empregadores sobre como identificar, prevenir e combater atitudes discriminatórias. Ele inclui diretrizes claras sobre como lidar com situações de preconceito e promover um ambiente de trabalho inclusivo, além de informações sobre legislações relacionadas à igualdade racial. Lideranças sindicais e comunitárias, além do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, compareceram no evento.
Racistas não passarão
A iniciativa é excelente, mas, infelizmente, ter nos dias de hoje que fazer cartilhas e orientar a população de que racismo é crime é algo estarrecedor. Parece mentira ter que “educar” as pessoas sobre esse tema. Mas é necessário, cada vez mais apertar o cerco contra esses criminosos que são os racistas. Linha dura contra eles! Se não sabem viver em sociedade, as grades de algum presídio os esperam.
Câmera na farda dos policiais
Relatora da Subcomissão que acompanhou a instalação das câmeras corporais no Rio Grande do Sul, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) apresentou seu relatório, que contém recomendações para a Assembleia Legislativa, o Poder Executivo, o Tribunal de Contas, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a OAB-RS, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Uma das recomendações é um convênio entre os poderes para que haja maior transparência e fluidez em todos os processos.
Segurança para os policiais
Acredito que não há o que os policiais temerem com a colocação de câmeras em suas fardas. Isso mostra, acima de tudo, segurança para eles no momento de alguma abordagem frente aos criminosos. A deputada é autora do projeto de lei 85/2023 – Lei Gustavo Amaral e Gabriel Marques, que visa tornar as câmeras nas fardas uma política de Estado, para que não se corra o risco de um governo futuro acabar com ela ou desviar a sua finalidade, como ocorreu em São Paulo.
Investimento
Segundo Conrado Klöckner, coordenador da subcomissão que envolve as entidades citadas acima, as mil câmeras da primeira fase custarão ao Estado, anualmente, R$ 7 milhões, o que significa 0,05% do orçamento da Secretaria de Segurança Pública. “Somente com as transferências do Fundo Nacional já seria possível manter e expandir a política”, disse. O relatório conta com 50 recomendações técnicas específicas para cada poder. A deputada também está buscando uma reunião com o governador Eduardo Leite para apresentar o relatório e debater a elaboração de um novo projeto de lei voltado para o tema. O relatório deve ser votado pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia no início de 2025.