Está ainda em fase inicial de debate a proposta da deputada federal Erica Hilton (PSOL), que trata da escala 6×1, um modelo que vigora desde a publicação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943. Neste modelo, os trabalhadores devem cumprir 44 horas semanais, com seis dias de trabalho e apenas um de descanso. A proposta deve ser debatida e analisada, buscando, com diálogo, o melhor caminho. Ninguém quer deixar de trabalhar; aliás, todos precisam, mas é necessário também avaliar a proposta com tranquilidade, equilíbrio e sem extremismo. Ninguém deve pautar essa proposta por questões políticas ideológicas.
Descanso e convívio familiar
Fazendo um exemplo para a nossa região, principalmente no setor do turismo, se analisarmos um casal, onde ambos atuam no 6×1 e com as folgas que não coincidem no mesmo dia, é inviável ter uma vida minimamente de lazer e convívio, além de ficar apenas em casa. Então, vale analisar. Um funcionário feliz, podendo descansar e curtir momentos de lazer com a família, cria um ambiente saudável dentro do trabalho.
Proposta e geração de emprego
Estive entrevistando o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Gastronomia de Gramado (Sintrahg), Rodrigo Callais, onde abordamos a negociação salarial com a classe patronal, mas também sobre a escala 6×1. Para ele, a proposta de mudança para 5×2 e, em alguns casos, podendo chegar até 4×3, é um avanço. Claro, depende de cada setor. Segundo Callais, a redução da jornada beneficiaria não apenas os trabalhadores, mas também as empresas, ao criar um ambiente mais saudável e produtivo. Callais aponta que um estudo sugere que a nova jornada melhoraria a economia, gerando cerca de 3 milhões de empregos no Brasil.
Estudos e como é em outros países
A comparação com legislações de outros países também é relevante neste contexto. Conforme estudo da Universidade de Fortaleza (Unifor), em países como França, Alemanha e Suécia, a jornada de trabalho é de 30 a 40 horas por semana, com possibilidades de compensação de horas extras e jornadas flexíveis. Em outras partes do mundo, experimentos semelhantes mostraram resultados positivos tanto para as empresas quanto para os funcionários. No Reino Unido, 61 empresas testaram a redução da jornada para 32 horas semanais, com três dias de descanso. O resultado foi tão positivo que mais de 50% desses empreendimentos optaram por adotar permanentemente a nova carga horária. Na Alemanha, 73% das empresas que participaram de um teste de semana de quatro dias também se mostraram favoráveis a essa mudança. Estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que, em algumas empresas brasileiras que testaram modelos de jornada reduzida, a produtividade aumentou, assim como a satisfação no trabalho e a saúde mental dos colaboradores.

Novo caminhão para o Corpo de Bombeiros
Gramado foi uma das cidades contempladas pelo Governo do Estado para receber um novo veículo para o Corpo de Bombeiros. A solenidade de entrega das 36 viaturas foi realizada na sexta-feira (6), em Canoas, com a participação do governador Eduardo Leite. Estiveram presentes no ato o secretário de Trânsito do município, Tiago Procópio, e o comandante da corporação em Gramado, capitão Pedro Henrique Costa Sanhudo, que receberam as chaves do caminhão autobomba-tanque diretamente das mãos do governador. Com capacidade para receber até 5.000 litros de água e equipado com mangueiras, extintores de incêndio, ferramentas de sapa e arrombamento, além de esguichos e outros dispositivos, o veículo será fundamental para auxiliar os bombeiros nos atendimentos de ocorrências.