A espetacular força que o voluntariado está fazendo é um dos momentos mais emblemáticos diante desta catástrofe climática que estamos vivenciando. As pessoas por conta própria, cada uma fazendo o que pode está doando mantimentos, recolhendo, ajudando o próximo, fazendo resgate e salvando vidas. Nossa reportagem é testemunha desta mobilização positiva em Canela e Gramado. Entretanto, tem algumas pessoas (MINORIA) que estão criando uma retórica extremista e radical de discurso “o povo pelo povo”, uma sinalização do Nós (população) x Eles (poder público). Esta narrativa que alguns querem impor em nada ajuda. É momento de união! Todos juntos! Povo somando ao poder público, para ajudar quem mais está necessitando. Claro que é uma parcela pequena que tenta criar este ambiente. Mas é somente a soma de todas as forças que sairemos dessa. O povo mostrou sua capacidade, mas somente o poder público (municipal, estadual e federal), com investimentos em recuperar estradas, pontes, casas populares, saúde, entre outras ações, que somente é de atribuição dos governos fazer, o que a população jamais conseguirá por questões óbvias. Então é uma corrente para o bem. Depois que acalmar, aí podemos com serenidade avaliar sobre ações dos governantes, principalmente no que se refere a prevenção.
(IN) voluntário
Ainda falando de algumas pessoas que se voluntariam para ajudar o próximo, o discurso e a ação tem que ser de coração, não pode fazer uma atividade de voluntariado com pensamento de revolta para contrapor aquilo que na visão deste voluntário, o governo não está fazendo. Então neste caso, se é para ir ajudar com espírito de revolta, é melhor ficar em casa.
Politicagem e Fake News
Ainda falando sobre a tragédia, tem muitos aproveitadores querendo criar o que está ruim, tornar pior. Uma avalanche de notícias falsas segue sendo fomentada e compartilhada. Alguns políticos (contrários a alguns governantes) estão se aproveitando desta situação e fazendo politicagem sobre a catástrofe. Ninguém é obrigado a gostar do Nestor Tissot (prefeito de Gramado), Constantino Orsolin (prefeito de Canela), Eduardo Leite (governador do Estado) e Lula (presidente da República), mas fazer deste momento palco para fomentar o ódio, é para quem tem o cérebro do tamanho de uma ervilha.
Uma frase para este momento
“Quem é do ódio, continua sendo do ódio. Quem é do mal, pode até dar um fingida, mas segue sendo do mal. Não há catástrofe que mude isso”. (Giovani Grizotti, jornalista do Grupo RBS)
Nova fase do Integração
A data de 6 de março de 2003, foi histórica quando o Jornal Integração iniciou suas atividades em Canela e Gramado. Ingressei na empresa no ano de 2007, na edição de número 356. Por um período fiquei afastado, atuei também no próprio Integração no Vale do Paranhana. Esta sexta-feira (17), também entrará para esta fase histórica de 21 anos de atuação da empresa comandada por Cláudio e Ivanir Scherer, que estaremos ingressando em uma fase totalmente digital. Já estávamos atuando nesta transformação da comunicação, mas o impresso de forma momentânea não irá circular. Uma nova repaginação vai ocorrer com a edição sendo entregue de forma digital em formato de PDF. A leitura continua!
Luciano Melo tem razão
Não me recordo a data, mas foi logo que passou a pandemia o então na época secretário da Fazenda e Desenvolvimento Econômico, Luciano Melo e idealizador do Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela (Cidica), durante entrevista na rádio Integração Digital falava em criar mecanismos para fomentar outras práticas econômicas em Canela para não depender somente do turismo, um dos setores mais prejudicados durante a pandemia. Estamos agora vivendo algo parecido na região, mas desta vez em virtude da catástrofe climática. As ruas estão vazias e muitos empresários não tem o que fazer, principalmente o pequeno e médio e já está ocorrendo demissões ou férias coletivas. Melo tem razão. Claro que o turismo seguirá sendo a responsável pela engrenagem econômica da região, mas temos que ter um Plano B. Inclusive na sessão de segunda-feira (13), na Câmara Municipal, ocupando atualmente a cadeira de vereador, Luciano mencionou novamente a necessidade de construir um Plano de Mitigação de Crises, com Apoio do Sistema “S” (Sebrae, Senai, Sesi), assim como demais entidades e Universidades. Segundo o vereador a ideia é sempre buscar a prevenção e ter ações que possam contribuir e diminuir danos de grande impacto nos setores da nossa economia.