Coluna publicada no dia 28/07.
É difícil encontrar palavras diante de algo tão forte e trágico como a morte de Bruno Rocha da Luz e Yasmin Schaefer, ocorrida na noite de sexta-feira, 25 de julho. O que leva a isso? São tantos porquês, tantos silêncios. Quem parte não sofre mais, o sofrimento recai sobre os que ficam: o filhinho deles, os familiares, os amigos. E sobre todos nós, que seguimos perplexos, incrédulos.
Julgar não nos cabe. Como dizia minha mãe, “na natureza humana existe de tudo”. Mas raramente paramos para refletir sobre o que esse “tudo” realmente significa. É um abismo de complexidades, dores invisíveis e escolhas que não compreendemos.
A polícia ainda não confirmou, mas suspeita-se que foi um feminicídio seguido de suicídio (matéria nesta edição).
Taxado
O dia 1º se aproxima e nada de negociação válida: Não se fala em outra coisa, mas é uma mistura gigante entre política e diplomacia que não se entende nada. Tem deputados e senadores viajando, representantes do governo atirando para todos os lados, uma salada de frutas que o presidente norte-americano deve estar adorando. O Filho do Bolsonaro também gastando as balas xingando companheiros da direita, pedindo e exigindo a anistia para o pai. Parece perceber que se isso não entrar neste pacote, vai preso.
Segundo plano
Para o EUA o Brasil está em segundo plano. Por isso ficou por último e não fosse essa briga política com o Governo e com os Ministros do STF, quem sabe, teria passado em branco. Tanto isso é verdade que na carta de taxação que o Trump mandou escreveu sobre a perseguição ao Bolsonaro e não ficou apenas na dita transação injusta, que taxa os norte-americanos em 60% quando vendem ao Brasil, enquanto as exportações brasileiras para lá estavam em média 15% de taxa.
União Europeia
Primeiro o foco foi nos grandes. China, Japão e semana passada os 27 países da União Europeia receberam a atenção de Donald Trump.
EUA e União europeia fecharam um acordo comercial que impôs tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, evitando a taxa de 30% antes ameaçada. Em troca, a UE investirá US$ 600 bilhões nos EUA e comprará US$ 750 bilhões em energia e equipamentos militares. Produtos estratégicos, como aeronaves e medicamentos genéricos, terão tarifa zero. E o Brasil, o que vai dar em troca de uma taxação menor? Que tal reduzir a taxação a eles, barateando os celulares que tanto precisamos e que temos de pagar a peso de ouro devidos aos 80% de taxação?
Estacionamento
A prefeitura de Gramado mandou um projeto de lei aos vereadores aumentando o alcance do estacionamento pago. De Nova Petrópolis vem a notícia de que o prefeito notificou a empresa que presta o serviço a melhorar o atendimento e os equipamentos. Os vereadores estão de férias, mas segunda que vem estarão de volta e terão de votar o projeto.
Estático
Se falar em trânsito tumultuado (parado) tem muitos só batendo palmas, eis que carregam as más memórias de tempos em que não tínhamos trânsito algum em razão da maldita Covid e no ano passado a enchente. Todos temos essas lembranças e certamente aproveitamos para nos organizarmos e melhorarmos como pessoas e reclamar menos. Acontece que aqueles que estão encarregados de cuidar do trânsito precisam fazer exercícios especiais para não acharem isso sempre bonito e necessário. Todos percebemos os dias em que esse fluxo é decorrente de um maior número de turistas e quando é por pura falta de planejamento, de tirar a bunda da cadeira mesmo.
Democracia
Ontem, como os vereadores estão de recesso, fui assistir um pouco de uma sessão antiga da Câmara de Gramado. Nem tão antiga, 1º de abril de 2024, um pouquinho antes da trágica enchente. A oposição falava do corte de uma araucária no Centro, das sacolinhas plásticas e das reuniões que o prefeito em busca da reeleição fazia nas escolas. Renan Sartori passou um vídeo explicativo sobre a boa utilização da sacolinha, ou mesmo de como evitá-la.
Situação
Como sabemos na atual legislatura só temos vereadores de situação, eleitos na chapa do prefeito Nestor. Aí vou lá dar uma espiada para ver se dá saudade de ter oposição. Hoje não cheguei a nenhuma conclusão.
Eduardo deixa a presidência do PL

O presidente do PL de Gramado, Eduardo Carvalho, anunciou no último dia 22 que estava deixando a presidência do partido. Segundo ele, sai para se dedicar exclusivamente à eleição geral de 2026, manifestando apoio aos candidatos do partido: para governador, Coronel Zucco; para senador, Bira Sanderson; e para deputado federal, Giovane Cherini.
No vídeo de despedida, expressou o orgulho de ter liderado o partido desde sua fundação no município, dizendo que deixa o cargo com o coração tranquilo e a cabeça erguida. Reclamou do sistema político local, citando inúmeros obstáculos e grupos que nunca aceitaram um PL autônomo “Queriam um partido submisso ao sistema, ao toma-lá-dá-cá da política tradicional, com cargos negociados por acordos”. Destacou que tem convicções inegociáveis e que não cede às pressões desse sistema.
Disse que durante sua gestão, despertou lideranças adormecidas e teve participação ativa na eleição municipal, concorrendo ele próprio ao cargo de prefeito, numa candidatura que classificou como “inicial, temos de nascer”.
Eduardo diz que segue no PL e soldado de Bolsonaro. Disse que o novo presidente terá sua fiscalização. Mantém-se ativo e com uma voz muito atuante na comunidade local, com respeito, mas sem se calar. Coronel Carvalho fez 1.503 votos para prefeito de Gramado na eleição de 2024, 6,34%.
Perguntinha:
Se você fosse o Trump por um dia, que taxaria?