Gramado e Canela fizeram a sua parte, mais de 7 a cada 10 eleitores votaram pela manutenção do que acreditam estar certo. Lamentavelmente em outros cantos do Brasil a realidade foi exatamente o inverso e na soma geral ganhou o projeto da esquerda, trazendo de volta “à cena do crime”, nas palavras do vice eleito, Geraldo Alckmin, um velho conhecido que levou o país à beira da falência múltipla pela corrupção generalizada em todos os setores do governo, o Lula.
Já para os brasileiros
E enquanto curte a praia da Bahia, estado onde se deu muito bem nas urnas, com sua nova e maravilhosa esposa, seus comparsas, ops, companheiros, iniciam as tratativas para o cumprimento das principais propostas de campanha: o salário mínimo “forte” que prometia, deve ter aumento de 1,3%! Comida na mesa de todo mundo, a ajuda aos miseráveis que pautaram suas falas se limitarão, quanto muito, a manter o que foi estabelecido pelo atual governo.
Desiludidos
Entristecidos e incrédulos pela derrota os patriotas foram às ruas de verde e amarelo prometendo “não aceitar um ladrão como presidente”. Enquanto aguardam uma luz vinda do seu líder, sem nenhuma organização, milhões de brasileiros se manifestam. E também cometem um erro crasso: o fechamento de estradas que atrapalham a todos sob todos os aspectos. Quando finalmente, terça à tarde, Bolsonaro aparece, em uma fala de menos de três minutos, confunde ainda mais as mentes de seus apoiadores e cada um interpreta do seu jeito o recado. No dia de finados, as estradas começam a ser liberadas e as multidões se juntam em frente aos quartéis do exército e margens de ruas, praças e parques. Causa menor efeito na vida de quem não participa, mas vale como recado bem dado ao eleito, Lula, que cala, parecendo minimamente preocupado enquanto curte a praia no sul da Bahia com todo o luxo em mansões de seus amigos ricos, com segurança e todo o aparato de ex-presidente que nunca perdeu, nem mesmo enquanto preso. É o legítimo socialista que usa camisa de R$ 7 mil.
Obrigado, Bolsonaro!
É preciso reconhecer o bem que faz ao Brasil este abnegado. É por causa dele que quem em outras eleições votou em Serra, Alckmin e até Aécio Neves percebeu o quanto estávamos sendo enganados. É por causa dele que temos hoje bem claro o que queremos para o Brasil. Foi só uma palhinha, quatro anos, mas deu para sabermos o que queremos, para onde pretendemos remar. Ainda com todos os obstáculos extras que jamais tínhamos enfrentado, como os dois anos de pandemia, vimos a máquina pública indo para o seu lugar, estendendo uma mão forte aos que precisam e permitindo aos demais liberdade de viver e produzir. Nunca tínhamos experimentado diminuir impostos e agora no meio da mais terrível crise humanitária universal, a pandemia, ainda assim, sentimos o efeito prático de um governo verdadeiramente preocupado com o bem estar da população. Que entendeu que é preciso produzir (trabalhar) para chegar a algum lugar. Obrigado Bolsonaro por ter evitado a vitória do Haddad em 2018, não podemos imaginar o caos que estaríamos agora se não fosse você aparecer naquele momento. Graças a ti a direita existe!
Aceita que dói menos
É o recado dos que venceram e o que resta aos que perderam. Lembrando que os descontentes tem razão no que diz respeito ao processo eleitoral, que não atendeu seus pleitos a tempo. Era só fazer o comprovante do voto impresso e cairia por terra toda a grita dos derrotados. Mas não, além de manterem a corte organizadora (TSE) contaminada com o maior inimigo público de Bolsonaro, Alexandres de Moraes na presidência, não atenderam nenhum dos pedidos da direita. Durante todo o período da pré-campanha e campanha, foram só e muitas, várias por dia, derrotas. Assim, permite que desconfiemos do processo. Mas, conforme disse o próprio vice-presidente e senador eleito pelo RS, Hamilton Mourão, o negócio é enfrentar e se preparar para 2026. Segundo ele, os parlamentares eleitos pela direita têm força para barrar aquilo da esquerda que absolutamente não presta.
Porém, os manifestos Brasil afora continuam, não se sabe até quando e o que vai acontecer para demover esses patriotas inconformados com o pleito no formato que se apresentou.
Dos valores e bons costumes
O resultado da eleição presidencial repercutiu na Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira. O primeiro a se referir ao assunto foi o vereador Neri da Farmácia, Progressistas. Ele chegou às lágrimas quando comentou que teve de explicar ao seu filho que tudo aquilo que sempre lhe ensinou, dos valores necessários para se eleger e ser um líder político na verdade não são necessários, visto pela eleição de Lula com seu vasto currículo de corrupção. Disse ter certeza do orgulho que seus dois filhos e sua esposa sentem por ele. “Gostaria que meu pai e minha mãe estivessem vivos para me acompanhar e ver que tudo o que eles me ensinaram eu levei ao pé da letra e hoje eu tenho de explicar para o meu filho mais novo e contar toda uma história, trajetória para ele, que um bom político, não necessariamente, precisa ter todas estas características para conseguir chegar a ocupar um cargo público, infelizmente”.
Oposição respeitosa?
Todos os vereadores acabaram se referindo a eleição estadual e federal. Mais contundente foi o Joel dos Reis que inflamou contra o PT, dando murro na tribuna, o que tirou o vereador do PT, Professor Daniel, único dos nove que votou no Lula, do prumo. Quando voltou à tribuna, o petista ensaiou um discurso ameno, de respeito à democracia e pediu para, principalmente os jovens, observarem quem grita, berra e ofende e quem tem equilíbrio. Mas a máscara caiu em um minutinho: Foi quando Joel pediu um à parte que o sangue lulista, ou ditador, se sobressaiu e o discurso inicial foi pro lixo, bem ao estilo da esquerda que olha para um lado e vai para outro: “Tu não pode me interromper, fica na tua. Depois tu vem aqui e berra, fala o que tu quiser, faz o que tu sempre faz, dá teu showzinho, agora é a minha vez de falar!”. Assim como espera, agora em respeito ao presidente Lula, respeito e oposição paz e amor e por aqui chama os governista de puxa-saco. É petista sendo petista, disse que Lula é ficha limpa e que tem orgulho do PT e ainda pediu que nós todos seguíssemos seu exemplo. Ora, ora, ora!
Jaime Schaumlöffel

A página do Progressistas desta semana traz a história de um dos gramadenses mais apaixonados por esta cidade que eu conheci nestes 20 anos de Integração. E não é um simples torcedor, como muitos, mas sim um construtor. Desde muito jovem Jaime Schaumlöffel participa ativamente da vida política do município. Foi vice-prefeito, secretário, vereador e presidente da Câmara, coordenador de diversas campanhas, presidente do partido e com 27 anos foi candidato a prefeito da cidade. Hoje em dia nem se imagina algo assim. E segue até hoje se envolvendo e ajudando em todas as pontas. Vale muito a pena ler sua história (nesta edição) e assistir a entrevista na página do Face no JI, feita terça à tarde.