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Nojento
Nestes 26 anos de jornalismo já vi muita conjuntura política que deu ânsia. Em Caxias do Sul conseguiram unir 22 partidos. Isso ainda na eleição de 2016. De vez em quando se vê coisas estranhas como dois velhos adversários que se unem. Agora, algo tão nojento como o Geraldo Alckmin como vice do Lula, nunca ninguém viu. Ali, além do histórico de 33 anos de oposição tem os fatos recentes, com discursos altamente tóxicos um contra o outro. Há pouco, Alckmim afirmava em discurso que Lula queria voltar “à cena do crime”. Ora, como duas figuras dessas conseguem manter e conquistar eleitores? Lamento muito, mas há de se lembrar do velho ditado popular “diga-me com quem andas que eu te direi quem tu é”.
Bando
Durante estes anos todos se trataram como ladrões e agora pensam em andar juntos, como um bando. Mas o eleitorado está atento e não vai cometer essa atrocidade. As pesquisas já mostram isso. A partir de agora o eleitor vai fazer o real exercício da nova gestão para o Brasil e certamente vai cair na real, não pode ser Lula e Alckmin, os criminosos voltando à cena do crime, como mesmo disse Alckmin.
Força Progressista
O encontro em apoio ao deputado estadual Ernani Polo, liderado pelo ex-prefeito Pedro Bala, quarta à noite na Sociedade São Cristovão (Carniel), mostrou a força do PP em Gramado. Chamou, surge uma multidão. E a maioria já estava com saudade de ouvir um discurso do Pedro Bala. E o cara é bom mesmo, não esquece de nada. Somando os dois juntos, Pedro e Nestor, são sete mandatos e certamente a grande e maior parte do que foi feito por este município por políticos.
Recado aos tucanos
O encontro progressista em apoio ao Ernani Polo serve de recado aos dois pretendentes a Assembleia local, os tucanos Jorge Drumm de Gramado e Gilberto Cesar de Canela. Não esperem que outros partidos (qualquer) os apoiem. Lembrando que cada partido é uma agremiação e colaborar entre si, dentre qualquer uma delas, obviamente deve ser visto como correto.
Agora tem foto
Os empresários Dalvir e Elodir Corrêa da Silva selaram parceria com o parque Olivas de Gramado e a partir dos próximos dias os visitantes do Olivas poderão levar uma foto profissional de recordação. Na foto Dalvir, Elodir e o fundador do parque, Pedro Henrique Bertolucci.
O Voto de Minerva
Na última terça conversei com os vereadores Nilton Germano (PSDB) e Professor Daniel (PT). Vale muito a pena ouvir o Germano, que é novo na Câmara e só fica 15 dias e o Professor Daniel com os principais assuntos, Consórcio Lago Negro, aposentadoria compulsória de mais de 100 servidores públicos na virada do ano e a transição HASM. Quem ainda não viu é só ir lá na página do JI no Facebook e assistir. No próximo programa virão o Roberto Cavalin e o Cícero Altreitrer.
Os ‘Márcios’ ficam
Os novos proprietários do São Miguel (que farão a gestão a partir do levante da intervenção municipal), convidaram o diretor administrativo, Márcio Slaviero, e o diretor clínico, Márcio Muller, para permanecerem após assumirem a casa de saúde. Ambos, inclusive, remanescem do governo Fedoca em seus postos.
MP não quer o levante
O Ministério Público de Gramado, por meio dos promotores Max Guazzelli e Natália Cagliari, enviou ofício as órgãos de imprensa e interessados (Prefeitura, novos donos – Prolife Rede de Hospitais SPE/A/A, Câmara de Vereadores), com a recomendação de não levantar a intervenção municipal, por ora. No entendimento do órgão faltam esclarecimentos e certezas sobre a nova gestão. A principal preocupação é em relação ao novo CNPJ que não terá filantropia e portanto terá de pagar impostos que, pela conta do MP, pode/deve, circular ao redor de R$ 500 mil por mês (R$ 6 milhões por ano). O CNPJ comercial também não pode receber verbas pública extras, como as emendas parlamentares, por exemplo, que também somam mais de um milhão ao não.
A competência de oferecer saúde à população é da Prefeitura, e portanto, se um dia a Prolife não garantir isso, nada impede de uma nova intervenção. Ocorre que a Prefeitura, então, ficaria responsável por esta diferença em relação a não ser CNPJ filantrópico.
Para mim, Cláudio, o único senão desta negociação é esse do CNPJ. Ademais, na torcida para que os novos donos sigam em frente e melhorem a vida dos nossos doentes, já que no novo projeto muitos que hoje precisam fazer difíceis deslocamentos, de van, para outros municípios, poderão ser atendidos aqui, como os pacientes de Oncologia (Câncer) e hemodiálise (rins). Dali, me preocupa a intervenção demasiada (talvez) do MP, que, na minha visão, deve intervir mais tarde, se caso algo der errado, no sentido de garantir que a prefeitura ofereça o que lhe compete (atendimento às saúde do cidadão, custe o que custar), já que todos os demais termos do contrato estão de acordo.
A Prefeitura, porém, leva em conta o manifesto e preocupação do MP. Obviamente compartilhadas entre todos nós. Assim, o Executivo teve uma reunião com o fundo garantidor dos recursos à Prolife para a gestão do Hospital, quando teve a garantia de novos ajustes no projeto para a devida adequação. Após isso a prefeitura reuniu com MP e ficou definido que a intervenção será mantido por mais um período, ainda não definido, mas, provavelmente de três meses.
Texto: Cláudio Scherer | [email protected]
