Temos vários conceitos para tal palavra. Várias definições por liberdade. Somos, até mesmo, livres para escolher qual definição tomar como nossa. Mas, escolhemos sempre a nossa? Será que sabemos exercê-la?
Ao termo referido o Latim a define como libertas, uma aptidão particular do indivíduo de escolher (de modo completamente autônomo), expressando os distintos aspectos da sua essência ou de sua natureza. O que, em função do meio social, difere da realidade. Mas, podemos dizer que há liberdade em todos os meios. Tanto em casas prisionais quanto em casas de civis. Até mesmo entre os próprios delinquentes. Um respeito sempre traduz um sinal de liberdade. Entretanto, é como a definição de Rouseau “O Homem é bom, a sociedade que o corrompe”. Aqui se perde a liberdade de maneira tão discreta que nem mesmo as vítimas percebem. Escrevo aqui vítimas, pois perdemos nossa essência.
Uma breve ilustração disso é o ator, já falecido, Robin Willians. Em 11 de agosto de 2014 é encontrado morto. Asfixia devido enforcamento. Mas, o que chama a atenção não é a maneira como morreu. Porém, a circunstância. Era um excelente ator, muito quisto pelas suas humorísticas atuações nas telas de cinema. Mas, perdeu a liberdade antes mesmo de seu fim. Cuja consequência foi a infeliz notícia da qual todos nós conhecemos. No entanto, o meio social o exigia coisas das quais não tinha como realizar. Afinal de contas, por que o suicídio de um homem tão dedicado e talentoso para nos fazer sorrir? Sua esposa revelou que R. W. foi corajoso ao lutar contra a depressão, a ansiedade. Mas, mesmo diante de toda essa luta perdeu a liberdade. Caso ainda em suas mãos teria enfrentado com vitória.
Nesse referido homem, a sociedade o corrompe de tal maneira a que, de forma tão minuciosa, tudo faz para o melhor do outro. Tudo realiza para agradar ao outro. Vive pelo outro. Mas, como não tem mais sua própria autonomia, não mais para si. Ao ponto que surgem as crises de depressão e ansiedade.
Há uma outra forma [infelizmente] de rescindir à liberdade. Muito exemplar com R. W. mas, tão particular que perpassa gerações. Um exemplo simples e direto é a cultura do Casamento Arranjado. Em nosso estado e, até mesmo, em nosso país era muito comum. Na maioria das justificativas era a via econômica. Para quitar dívidas com o patrão ou, para se associar ás posses do mesmo. Os envolvidos, não precisavam ter uma conexão de sentimentos e carinhos. A liberdade cedia lugar para o capital. E, muitos anos depois ainda se motiva a mesma cultura. Obviamente que em menor quantidade.
Em suma, liberdade terá muitos anos para deixar de ser sonho. Muitos ainda sofrerão com sua perda. Outros tantos, nem mesmo a terão. Todavia, nós que usufruímos tanto, aqui cabe essas duas reflexões. Permanecer em perda ou aquisição. Liberdade é uma conquista, mas como vivo e usufruo de minha liberdade.