Presidência da Câmara

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Em Canela, o presidente do Poder Legislativo tem mandato de dois anos. Alberi Dias (MDB), eleito pelos vereadores para presidir a mesa diretora no início do ano, tem mandato até o final do ano que vem. Mas hoje quem preside os trabalhos interinamente é sua vice, Emília Fulcher (Republicanos), devido ao afastamento cautelar imposto pela Justiça por conta das investigações da Polícia Civil no âmbito da Operação Caritas.

O afastamento inicial concedido pelo Judiciário é de 60 dias. O prazo se encerra no dia 9 de janeiro e a dúvida cada vez mais latente na comunidade é: o que vai acontecer? Alberi voltará à presidência ou haverá nova eleição? Primeiramente tem de se aguardar o resultado da investigação, que é um gato ensacado. Ninguém sabe o que vai sair dali. O delegado pode pedir mais prazo, pode liberar os afastados todos, e numa possiblidade mais remota, até mesmo voltar a pedir prisão preventiva. Fato é que a investigação está em pleno andamento. Legalmente é possível que ele retorne para o cargo, mas sabe-se que a Câmara vai aguardar o fim deste prazo para tomar as medidas que considerar mais conveniente. Inclusive, conforme apurou a coluna, pelos corredores se fala bastante em uma nova eleição para preservar o Poder Legislativo diante do envolvimento de Alberi em investigação que apura possíveis fraudes em licitações.

Calendário de eventos

Nesta semana foi aprovado o calendário de eventos de Canela para 2022. Durante a votação do projeto, que pode sofrer ajustes ao longo do ano, o vereador José Vellinho Pinto (PDT), fez a seguinte crítica: “Que calendário mixuruca. Canela já teve calendário de eventos que foi orgulho e de grande atração turística para a cidade. Isso demonstra um abandono total ao setor de eventos”.

Roberto Danany (MDB), defendeu o governo enfatizando que os eventos programados ocorrem, praticamente, um após o outro, com poucos dias de intervalo entre eles e que garantem um leque de atrações durante o ano todo.

O tal calendário que lista 11 eventos é um resumo que traz as datas do Sonho, da Páscoa, Teatro de Bonecos, Festa Colonial e as Temporadas de Verão, Inverno e Primavera.

De qualquer forma, esta coluna entende que o vereador pedetista fez uma crítica que é legítima, especialmente sob o ponto de vista de eventos que não tiveram continuidade como o Festival de Bonecos. E a defesa de Danany também é pertinente, principalmente que o calendário não detalha o que existe de acontecimentos e atrações dentro, por exemplo, das temporadas de verão, inverno e primavera, o que, evidentemente, amplia bastante a quantidade de atrações.

Se comparar friamente os calendários de Canela e Gramado, existe uma disparidade gigante, um abismo, já que Gramado foi mais detalhista e incluiu uma lista com mais de 190 eventos, enquanto que Canela listou apenas 11. Para termos uma ideia, Gramado cita os dois eventos que o Jornal Integração fará ano que vem (Jantar das Supermulheres e Seleção JI), além dos campeonatos esportivos e iniciativas de ordem privada.

Obras no centro

Geraram muitas reclamações as obras que estão sendo executadas nas ruas Júlio de Castilhos e João Pessoa. Repavimentar essas vias é indiscutível, mas fazer isso no meio da melhor data comercial do ano é o que gera tantos descontentamentos. O tranca rua no momento do faturamento deixou os comerciantes indignados.

Os trabalhos na João Pessoa estavam previstos, mas ao que demonstrou o Poder Público, o avanço pela Júlio de Castilhos pegou até a Secretaria de Obras de surpresa. “Eu nem sabia que iam fazer a Júlio. A João Pessoa e a Cônego, mas a Júlio não. É o estado que está fazendo”, disse, por mensagem o secretário de Obras, Marcelo Savi.

Em Brasília…

O secretário de Obras, Marcelo Savi, aliás, está na Capital Federal acompanhando o prefeito Constantino Orsolin no Encontro Nacional dos Prefeitos. Ontem o prefeito anunciou, direto de Brasília, que esta viagem rendeu a conquista de recursos para Canela por meio de emendas parlamentares.

“Em 2022, vamos receber R$ 1,5 milhão do deputado Bibo Nunes (PSL), R$ 1 milhão do deputado Márcio Biolchi (MDB), graças ao esforço do secretário Luciano Melo, e R$ 250 mil do deputado Alceu Moreira (MDB). E estamos em tratativas com outros deputados, então poderemos obter ainda mais recursos federais”, comunicou. Constantino e Savi viajaram domingo e retornam hoje de Brasília.

E o abastecimento de água?

Todos sabemos que o sistema de abastecimento de água de Gramado e Canela estão interligados (capta água no Poço da Faca – Santa Cruz/Rio Caí, faz o tratamento em Canela e distribui para Canela e Gramado de forma integrada).

O contrato tem prazo para ser renovado. Gramado assinou a renovação quarta-feira (15), enquanto que Canela ainda não renovou e pretende nem renovar. Constantino entende que existe uma pressão da Corsan para os municípios assinarem o aditivo do atual contrato por mais 40 anos. “Se a Corsan vai ser privatizada, porque eu tenho que aditivar o contrato? Existe muita confusão, muitas dúvidas, muito atropelo, e isso nós não aceitamos, é um assunto muito sério e precisamos ter mais calma”, pronunciou o prefeito no início dessa semana.

E em meio a essa discussão, cresce um questionamento: e se Canela não renovar, o que acontece já que Gramado depende de Canela para ter água potável? De acordo com o gestor da Unidade de Saneamento Especial das Hortênsias, Lutero Cassol, não acontece nada. “O sistema é integrado e não pode mudar. Não temos manancial nem em Gramado, nem em Canela, temos manancial com capacidade de atender as duas cidades em São Francisco de Paula. Os prefeitos têm o direito de buscar o que considerarem melhor, é do entendimento deles. E em qualquer mudança disso, a dinâmica do abastecimento não vai mudar”, explicou.

Luto no tradicionalismo

Depois de perder José Dutra neste ano, em março, o tradicionalismo agora se despede de Irineu Lira Xavier, o Tio Lira, que faleceu terça-feira (14), aos 86 anos. Ele sofreu um AVC, precisou ser internado e não resistiu. Lira era membro ativo no CTG há quase 40 anos e deixa um legado de bons exemplos e muitos ensinamentos aos mais jovens.

Já fazia alguns meses que eu não o via pessoalmente, mas tive a satisfação de conhecê-lo e ouvir histórias de como surgiu a modalidade de tiro de laço na década de 40. Quem se dedica a ouvir os mais velhos sempre está aprendendo algo relevante. Aos familiares, dos quais também tenho a sorte da amizade, meus sinceros sentimentos.

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