Na sessão da Câmara desta semana, Rafael Silveira, novo gerente geral do parque, usou a tribuna do povo para falar em nome do Consórcio Novo Caracol, que venceu o leilão do parque. E um dos pontos abordados por ele é a criação imediata de 35 empregos diretos.
A Prefeitura, que era responsável pelo atrativo até domingo passado, tinha sete servidores ali, cinco concursados e dois Cargos em Comissão (CCs). Os dois CCs eram DiloDaros e Roberto Idalino e, de acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, Dilo entra em férias (ele tem duas férias para tirar) e Idalino fica na Central de Informações até janeiro, quando também entra em férias. Em fevereiro, quando ambos retornarem, ainda não há definição sobre onde irão atuar.
No caso dos concursados, os quatro da manutenção foram alocados no Parque do Palácio, Aeródromo, Cemitério Municipal e Secretaria de Obras. E uma servidora que estava no caixa do parque foi para o Departamento de Compras da Prefeitura. Os serviços de limpeza e segurança eram prestados por uma empresa terceirizada por meio de contrato, o qual foi rescindido.
Nova realidade
O Caracol vive uma nova realidade. Não é só a direção que muda, mas todo o contexto. Para termos uma ideia de comparação o número de operários salta de 07 para 35 e o valor do ingresso de R$ 20 para R$ 75. O que não muda é a relação com os canelenses. Era grátis antes e seguirá sendo a partir do dia 17, quando reabre. Mas não será mais como a Casa da Mãe Joana, chegar na portaria e dar o canetaço. É, no mínimo, levar um comprovante de residência. Os gramadenses pagarão metade do valor. Desejo vida nova e longa ao nosso Parque do Caracol, tão mal tratado nos últimos anos.
Na perspectiva dos vereadores
É beem engraçado ouvir os vereadores falarem do Parque do Caracol. Como todos já participaram de algum governo neste tempo todo, é um pisando no rabo do outro. E quando falam de número, meu Deus. É de 35 para cem funcionários, faturamento de 35 bi, cem milhões, contribuição ao município de milhões. Olha os caras são uns “quéra”.
Vellinho pagou a faculdade do Alberi
O vereador Alberi Dias fez uma revelação que chama atenção na sessão de segunda-feira. Disse ele que o Velinho Pinto, três vezes prefeito da cidade e atualmente vereador, lhe ajudou a pagar a formação em direito com cinco cheques. Mas Vellinho votou pela cassação do Alberi em junho passado…
Cadastro na Assistência
A vereadora Carmen Seibt orientou os colegas vereadores que quando alguém pede ajuda, como relatou o Alberi, na saída de um supermercado, é dever dos edis conversarem com essas pessoas e encaminharem para a Assistência Social fazer uma avaliação e se for o caso estender a ajuda. Imediatamente após a vereadora Mana disse que fez isso, há 60 dias, mas que até aquela data a Assistência não tinha ido fazer a tal avaliação. Isso que, no momento, Carmen é oposição e a Mana é da situação. Percebem?
Roendo o osso
“Se é para roer o osso nós servimos (…), quando tem picanha não nos convidam”. Esta fala é do vereador governista Alberi Dias (MDB) na sessão passada, reclamando de não ter sido convidado para a inauguração da quadra esportiva da Escola Cônego João Marchesi, no dia 30 passado, uma quarta-feira de manhã. As crianças daquela escolha infantil fizeram uma apresentação para o prefeito e colocaram a bola no centro para que ele chutasse em gol e Constantino Orsolin encantou a criança com um gol de letra e, em partes por isso, pela pintura do lance, o novo espaço do bairro Ulisses de Abreu repercutiu bastante no município.
Reclamação estranha
O evento foi em uma quarta de manhã, será que os vereadores que reclamaram iriam? Outra, será que sequer ficaram sabendo? Então o que andam fazendo que não acompanham as atividades desta ordem. A fala do vereador governista Alberi chama muita atenção. Todos lembramos que há bem pouco tempo, em junho passado, safou-se da cassação por meio da ação, mesmo que discreta, do governo do qual faz parte. Depois de passar quase dois meses preso foi a julgamento por decoro e se safou pelos votos dos colegas governistas quando quase toda a sociedade queria a sua cabeça. Se por tão pouco usa expressões tão acentuadas, como será quando de fato tiver uma causa?
Censura
A página da Câmara de Canela no Facebook tem sido bloqueada com as transmissões ao vivo das sessões. Ao que parece pela falas do vereador Jerônimo que tem repetido a palavra ladrão na tribuna. Caputo falou a respeito da censura na sessão passada e manifestou a sua preocupação. Disse que ele próprio tem medo muitas vezes do que vai falar pois até mesmo deputados estão sendo bloqueados nas suas redes pelas suas opiniões, sendo que ele é apenas um suplente, o que entende ser ainda mais perigoso. “O que é que está acontecendo com a democracia, que democracia é essa que nós vivemos?”, perguntou.
Ladrão, ladrão, ladrão
Na sessão do dia 28 passado, especialmente, o vereador Jerônimo repetiu pelo menos umas 20 vezes a palavra ladrão, que é a que aguça o STF em razão de estarem protegendo um assim reconhecido pela sociedade. Naquela sessão Rolim enfrentou a reação dos vereadores Joãozinho e Roberto Grulke, o que o deixou completamente fora de equilíbrio. Aí sim que repetiu o palavrão jurando por todos os santos que o MDB é sim ladrão etc. e tal. Que se sentiu ameaçado, decepcionado desrespeitado. E, repetiu que ele próprio nunca defendeu partido algum e acha que nenhum merece tal defesa. Não se deu conta porém, que os partidos sim são feitos por pessoas. Logo se o MDB é ladrão, a desonra obviamente atinge todos os seus membros. Aliás o nível de estresse do Jerônimo chama atenção. Percebe-se o quão está mal. E onde isso vai parar? Enfim, o vereador é maior de idade, formado em direito e deve administrar essa situação. Está sendo constrangedor ouvir seus desabafos sucessivos a cada sessão.
Ação e reação
Depois de dizer que ninguém quer mais o MDB nunca mais na prefeitura de Canela e que toda a população está aguardando o fim deste governo João foi lá e lhe disse que, então, deve colocar um candidato que faça mais de um mil e oitocentos votos na próxima eleição….
Índios
A prefeitura fez mais uma tentativa esta semana de desmotivar os índios que se acumulam ao redor da Catedral, mas sem sucesso, novamente. É preocupante a situação, especialmente a partir de janeiro quando assume um novo governo, ainda mais leniente em relação a isso. A gente fica sem ação e sem nem mesmo poder se manifestar a respeito. Para termos uma ideia da gravidade disso para a economia, já faz dois anos que corre a concessão da Floresta do Ibama e até agora o concessionário não pode mexer uma palha porque tem meia dúzia de índios acampados por lá. Neste tempo já poderia ter sido gerados mais de cem empregos para eles próprios e aos canelenses. E, a julgar pelo que vem por aí, a discórdia só vai aumentar de janeiro em diante.
