São resultados interessantes que merecem acompanhamento. O secretário de Saúde, Jean Spall, recebeu a vereadora Graziela Hoffmann e Rodrigo Rodrigues, ambos do PDT, que buscaram informações sobre o que está sendo realizado no setor da Saúde em Canela.
Durante a conversa, os vereadores receberam dados como o número de novos cartões SUS emitidos neste ano em Canela. Em janeiro, foram 283 transferências e 36 nascimentos; em fevereiro, 223 transferências e 46 nascimentos; e em março, 246 transferências e 39 nascimentos — totalizando um número significativo de novos residentes que passam a utilizar os equipamentos públicos de saúde. O número apresentado foi de 873 novos cartões SUS apenas no primeiro trimestre de 2025, um dado expressivo de novos moradores que passam a usufruir dos serviços públicos de saúde.
Desafiador para todos
Se mantida essa média até o final deste ano, teremos 3.492 novas carteiras SUS — teoricamente, esse será o número de novos moradores. Claro que é preciso atentar para uma prática infelizmente comum em diversas cidades do país: na busca por um melhor atendimento no setor, pessoas que moram em outros municípios se cadastram como residentes para obter algum tipo de benefício.
Despesas aumentam
Enquanto isso, não é apenas na Saúde que as despesas aumentam. Com a chegada dessas famílias, há também um acréscimo nos serviços em todas as áreas, como na Educação, por exemplo, onde certamente será necessário ampliar vagas nas escolas. O município precisa arcar com essas demandas e dar conta do recado, colocando cada vez mais recursos adicionais, já que o que vem dos Governos Estadual e Federal não cobre o necessário para a manutenção dos serviços.
E moradia para o povo?
Esse crescimento reflete também em um problema histórico — e ainda não resolvido — em Canela: a habitação popular. Onde essas pessoas poderão morar de forma digna? Não podemos ainda fazer cobranças duras à atual gestão quanto a isso, mas é urgente resolver esse problema. Aliás, sempre digo que os valores cobrados nos aluguéis em Canela e Gramado são exorbitantes — caso de polícia.
Papo de Responsa na Escola Luísa Corrêa
A Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Luísa Corrêa, em Canela, recebeu a equipe do projeto “Papo de Responsa”, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, para um importante momento de diálogo com os estudantes. A atividade envolveu cerca de 140 alunos dos 6º aos 9º anos e teve como foco a abordagem de temas fundamentais para a convivência escolar e social: bullying, cyberbullying, violência e igualdade de gênero. As conversas foram conduzidas pelos policiais civis Sílvia Berro e Maurício Viegas.

Saúde do trabalhador
Este mês está relacionado ao Abril Verde, mais precisamente ao dia 28, data que celebra o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho. Canela realizou seu evento nesta semana; na próxima, será a vez de Gramado. Essa reflexão é importante e precisa ser regionalizada, pois, cada cidade e tipo de trabalho tem características diferentes em relação à saúde do trabalhador. Regiões onde a metalurgia é predominante na economia apresentam mazelas distintas das daqui, onde predominam hotelaria, turismo e gastronomia.
A saúde do trabalhador não é tão difícil de resolver — a redução da carga horária, como está sendo debatido (quem sabe o modelo 5×2) e melhores salários já são um caminho. Isso pode ser um começo. Mas, claro, é preciso um debate com todos os setores envolvidos, com muito diálogo para encontrar um denominador comum. Nem céu, nem inferno: tudo com muito equilíbrio, pois cada região e profissão tem suas particularidades.