Coluna publicada no dia 20/10.
Não me impressiona mais, mas ainda assusta o comportamento de alguns canelenses e gramadenses nas redes sociais. Especialmente nas postagens de veículos de comunicação locais, onde o espaço que deveria servir para o debate e a troca de ideias acaba sendo palco para ataques, distorções e julgamentos precipitados. O fenômeno não é novo, mas parece se intensificar a cada semana. Basta uma manchete ou um título para que muitos se sintam autorizados a comentar com fúria — sem sequer abrir o link e ler o conteúdo da notícia. Julgam, condenam e espalham desinformação com base em “achismo”.
Não é obrigado a concordar, mas serem justos
Não é preciso, nem desejável, que todos concordem com o que é publicado. A divergência de opiniões é saudável e faz parte do processo democrático. O que preocupa é a falta de disposição para compreender antes de opinar. Dois episódios recentes ilustram bem esse comportamento. O primeiro envolveu um projeto da vereadora Grazi Hoffmann (PDT), que propôs regulamentar, e não proibir — obras durante o período de festividades natalinas. A iniciativa, foi alvo de uma avalanche de críticas injustas. Muitos atacaram sem sequer ler o teor do projeto, de clicar na matéria para saber de fato, reproduzindo uma narrativa deturpada baseada apenas no título da notícia.
Outro caso dos boxeadores da internet
O segundo caso ocorreu dias depois, com o artigo intitulado “Vacinar e não acreditar em teorias da conspiração”. Aqui mesmo neste espaço na edição de sexta-feira (19). Mais uma vez, os comentários foram marcados por agressividade e desinformação. Leitores reagiram como se a manchete fosse um ataque pessoal, sem perceber que o texto defendia algo básico: a importância da vacinação e da confiança na ciência.
Aqui é o que se reflete no país
Esses episódios revelam um preocupante modo como parte da população consome informação. E, pior, uma disposição crescente para o ódio gratuito. Em cidades pequenas como as nossas, onde todos se conhecem, esse tipo de comportamento é ainda mais corrosivo: alimenta divisões, fragiliza o diálogo e mancha a convivência comunitária.
Alguns se acham polidos
Há quem se julgue polido, instruído, acima dos outros — mas é justamente nesses perfis que, muitas vezes, floresce o discurso de ódio e a disseminação de fake news. O problema não é a internet, mas o uso que se faz dela. A liberdade de expressão é um direito, mas vem acompanhada de um dever: o da responsabilidade. Antes de comentar, julgar ou compartilhar, vale lembrar que uma manchete é apenas uma porta de entrada.
Campanha de doação de sangue
Com o objetivo de contribuir para o abastecimento do banco de sangue do Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs), a Secretaria de Saúde, é apoiadora da segunda campanha de doação de sangue de Canela neste ano. A ação é em parceria com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A ação acontece no dia 29, das 8h às 11h e das 13h às 16h, na sede da Igreja, localizada na rua Sete de Setembro, 170, Centro.
Atualmente, o Hemocs é responsável pelo atendimento de 100% dos leitos do SUS nos 49 municípios da Região Nordeste do Rio Grande do Sul, incluindo Canela.
Os interessados podem se inscrever por este link. Mais informações disponíveis no Instagram: @igrejadejesuscristo.gramado.
Gramadense e as oportunidades

Está nesta edição sobre a parceria que está sendo encaminhada entre Gramadense e Palmeiras, um intercâmbio de atletas e comissão técnica. Semana passada, nós divulgamos com exclusividade a parceria com o Grupo City, com dois atletas do clube indo para o Bahia. Outra importante informação, por meio da Copa Gramado Laghetto de Futebol Sub-16, o atleta Carlos Eduardo Amaral Medeiros, 16 anos, acertou sua ida para o Cuiabá, outro importante destino no cenário nacional.












