Coluna publicada no dia 01/07.
Vivemos tempos em que a divergência de ideias, em vez de enriquecer o debate, muitas vezes se transforma em agressão. O respeito às opiniões contrárias, que deveria ser base da convivência democrática, parece ter se perdido em meio a um cenário cada vez mais contaminado pelo ódio e pela polarização. Essa realidade, infelizmente, também se reflete em nossas comunidades locais, como Canela e Gramado. Basta dar uma passeada pelas redes sociais de alguns gramadenses e canelenses.
Ataques nas redes sociai
As redes sociais, que nasceram para aproximação e expressão, têm sido palco de ataques e julgamentos precipitados. Basta a publicação de uma opinião, uma notícia ou até mesmo uma informação técnica, para que comentários inflamados tomem conta dos espaços virtuais. Muitas vezes, sem sequer buscar entender o conteúdo ou o contexto, alguns preferem destilar sua raiva e desrespeito, motivados por paixões políticas ou ideológicas.
Aqui não é diferente
Recentemente algumas pessoas sem querer entender a publicação, fomos hostilizados em uma postagem publicitária de forma enigmática na página do Jornal Integração no Facebook. Outras postagens ganham esta dinâmica também. Como a de ontem, neste espaço onde relatei sobre o debate dos candidatos a presidente do PT do Rio Grande do Sul, em Gramado, como que todos aqui na região devessem pensar igual. Discordar e sugerir, faz parte do processo democrático, mas quando carregada de ódio é inaceitável.
Hostilidade preocupante
Essa hostilidade crescente preocupa, pois mina a possibilidade de diálogo construtivo. Quando opiniões contrárias não são toleradas, o debate saudável é substituído por gritos e ofensas. E o que é ainda mais alarmante: muitos desses comportamentos são estimulados por figuras públicas — lideranças que, em vez de promoverem a escuta e o equilíbrio, incentivam o extremismo e a divisão.
Pensar diferente é saudável
Respeitar o pensamento diferente não significa concordar com ele. Significa reconhecer o direito do outro de pensar diferente e, a partir disso, buscar pontos de encontro ou, ao menos, a convivência pacífica. Não há democracia sem pluralidade, diversidade.
A importância do Refis
Buscar manter as contas com o município em dia ou tentar renegociar tem seus resultados na prática. Conforme justificativa da vereadora Grazi Hoffmann (PDT), durante sessão na Câmara de Vereadores de Canela, citou sobre o repasse de R$ 750 mil para garantir o transporte de estudantes universitários e técnicos no segundo semestre, que foi necessário diálogo, responsabilidade e o Programa de Renegociação de Dívidas (Refis).
Parque do Palácio
Mesmo que legalmente não é ainda da Prefeitura de Canela, o vereador Rodrigo Rodrigues (PDT) foi assertivo ao comemorar que o possível repasse do Parque do Palácio para Canela, reivindicação antiga da comunidade. O espaço encontra-se abandonado, segundo o vereador, por omissão de gestões anteriores. “Não cortaram grama, não limparam banheiros porque não quiseram. O custo para isso é pífio”. Concordo plenamente.
Sucateamento
O vereador Cabo Antônio (MDB) citou sobre o estado das escolas e bens públicos. Segundo ele, 99% da rede elétrica escolar não suporta a instalação de ar-condicionado, o que exige investimentos prévios em infraestrutura. Também questionou o abandono de espaços como o Teatrão, o Centro de Feiras e a Casa de Pedra. Para ser justo, este abandono foi ocasionado pela gestão anterior. Não quero partidarizar o debate, mas foi durante o governo do MDB, do ex-prefeito Constantino Orsolin que estes três equipamentos públicos ficaram em péssimas situações. O que eu concordo é buscar parcerias com a iniciativa privada. Mas que seja bom para o povo, não somente ao privado.