Foto Rafael Sartor, Divulgação
Dependentes de feiras para a venda de seus produtos e contatos com novos clientes, os pequenos empreendedores da economia criativa estão buscando alternativas para colocar suas criações, pois a pandemia da Covid-19 os tem forçado a ficar em casa, seguindo orientações das autoridades da saúde. Mas, ao mesmo tempo, o isolamento social tem estimulado o ócio criativo. Uma das iniciativas é a campanha “Compre do Pequeno”, que ganha forças nas redes sociais. A curadora da feira Le Marché Chic, Luciana Alberti, está divulgando em seus canais o que os pequenos empreendedores têm produzido nesse período de quarentena e isolamento social. A ideia é apresentar dicas de conteúdo para aumentar a produtividade no cenário digital durante esta fase em que os artistas precisam se reinventar com novas estratégias de marketing e vendas online. “O medo não combina com a arte. A vida sem a arte é uma vida pobre. Estou percebendo artistas estagnados, paralisados. O medo faz parte da vida. Controlá-lo é uma arte”, provoca Luciana Alberti, entusiasta do trabalho handmade que já produziu 25 edições da feira Le Marché Chic em seis cidades gaúchas e catarinenses desde 2016, envolvendo mais de 500 artistas. Para acompanhar e apoiar o trabalho desses empreendedores basta acessar as redes sociais @lemarchechic.
Expansão para Bento Gonçalves
Depois de Caxias do Sul e de Farroupilha, Bento Gonçalves também conta com um serviço de atendimento específico para pessoas com sintomas de síndromes respiratórias, entre as quais, os do novo coronavírus. Em um espaço junto ao Pronto-Atendimento da cidade, localizado no Centro, os clientes da Unimed-Nordeste podem realizar consultas médicas e receber o atendimento necessário. “Diferentemente do que se vê no Complexo Hospitalar Unimed, em Caxias do Sul, onde foi construída uma estrutura completa fora do prédio do hospital, os atendimentos em Bento e em Farroupilha ocorrem em sala dos próprios prontos-atendimentos, porém, montadas em pontos distantes das recepções principais, nas quais os pacientes que não têm sintomas respiratórios continuam sendo atendidos”, explica o diretor técnico do Complexo Hospitalar Unimed, Vinícius Lain. Outra melhoria em Bento é o atendimento de um médico pediatra, das 16h às 20h, diariamente, inclusive nos fins de semana.
Pagamento parcelado do aluguel
A pandemia do coronavírus tem gerado prejuízos incalculáveis em diversos setores. O mercado imobiliário já estima retração de, pelo menos, 30% dos negócios no país. Em vários municípios, empresas começam a enfrentar queda brusca nas receitas e aumento nos níveis de inadimplência nos contratos de locação. Diante desse cenário, a CredPago desenvolveu uma solução totalmente online para clientes das imobiliárias parceiras, dentre elas, a Prolar Imobiliária Inteligente, de Caxias do Sul: parcelar a dívida do aluguel. Inédita no setor, a medida receberá aporte de R$ 10 milhões da CredPago e deve beneficiar inicialmente cerca de 6 mil famílias em todo o país. “Cerca de 50% dos contratos de locação existentes hoje no mercado ainda são garantidos por fiadores pessoas físicas. Em situações como a que estamos vivendo, esse tipo de garantia se mostra ineficaz, pois as dificuldades financeiras também se estendem aos fiadores desses contratos”, argumenta Fernando Gonçalves dos Reis, diretor-executivo da Prolar. Os inquilinos que possuem contratos de locação garantidos pela CredPago, ativos e que não estejam inadimplentes, podem solicitar o parcelamento do valor do aluguel no cartão de crédito em até três vezes sem juros ou em seis vezes com os custos dos encargos da operação. O processo é feito por meio do site e está disponível a partir do dia 30 de março. Somente poderá ser parcelado o contrato do mês corrente. A intenção da CredPago é que as pessoas possam avaliar mês a mês a sua realidade financeira e fazer a operação em caso de real necessidade. A operação não inclui valores de condomínio e concessionárias.
Comércio apura recuo de 16% em março
A atividade do comércio brasileiro teve, em março, a maior queda no comparativo mensal da série histórica, iniciada em 2000. A redução foi de 16,2% na comparação com fevereiro, feitos os devidos ajustes sazonais, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. O economista da empresa de proteção ao crédito, Luiz Rabi, entende que este movimento era esperado e que deve ser tendência para os próximos meses. “Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais, como veículos e materiais de construção, que apresentaram a maior retração em março. Na contramão estão áreas essenciais, como supermercados e combustíveis, cujo impacto foi menor pelo consumo e necessidade de abastecimento das cidades, mas ainda assim negativo”. Em relação a março de 2019, a retração foi de 13,7%.
Estratégia de sobrevivência
O que priorizar em tempos de coronavírus? Como organizar próximas ações? Essas serão algumas das várias perguntas que serão respondidas no workshop online "Coronavírus: Construindo uma estratégia de sobrevivência", marcado para quinta, 9, às 19h. O conteúdo é gratuito e pode ser acessado na página https://sebraers.com.br/coronavirus. O workshop, que também abordará mais detalhes da ferramenta OKR para planejamento de curto prazo e será focado em uma estratégia de sobrevivência, faz parte de uma programação com dezenas de cursos, palestras e e-books criados pelo Sebrae RS para ajudar os empreendedores nesse tempo de quarentena, comércio fechado e retração econômica.