Brasilzão continental
Nós, os gaúchos, cultivamos um orgulho muito grande, quase exagerado pelo nosso chão, devido nossas façanhas pretéritas como já diz o nosso hino. Isso vem de longe, “bem lá atrás” e é transmitido de geração em geração. Consideramo-nos diferenciados. Chegamos a nos separar da pátria mãe por dez anos em defesa de nossas ideias de liberdade. Fizemos história. É bom que seja assim.
Aprendi com a observação de um amigo, que ao se posicionar de forma contrária ao movimento separatista dos estados do sul, justificou: “as nações estrangeiras só respeitam o Brasil porque somos grandes em extensão territorial e se nos dividirmos o respeito desaparecerá. Ao olharem um mapa mundial e constatarem o nosso tamanho, o pessoal de fora se assusta” É verdade. Ninguém despreza uma nação com as dimensões continentais que temos.
Esta situação nos remete ao estado de São Paulo, mais especificamente aos bandeirantes, que lá fizeram história nos tempos coloniais do país. Os registros históricos atribuem a eles, os bandeirantes, esta expansão para o interior do nosso país. Foram eles que delimitaram território, avançaram fronteiras, consolidaram esta imensa pátria.
Neste quesito, o Brasil contemporâneo comete uma injustiça com os chamados bandeirantes, pois a exceção no estado de São Paulo, inexiste um reconhecimento maior pela sua ação histórica que permitiu ser o que somos territorialmente.
Fazendo ainda um paralelo com São Paulo, nós, os gaúchos, neste particular, superamos os paulistas: Reconhecemos, tecemos loas e fazemos um marketing espetacular com nossos heróis.
Rápidas e selecionadas
- Cá com meus botões, imaginava que o partido Novo, uma das novidades positivas da última eleição, fosse apresentar candidatos a vereador e prefeito nas próximas eleições municipais em Canela e Gramado. No entanto, o partido apresentará candidatos somente em municípios com mais de 50 mil habitantes. É uma determinação da cúpula nacional.
- Até quando o presidente Bolsonaro suportará sem arreglar com o viciado congresso nacional?
- O entorno da estação do trem, no centro da cidade, ficou espetacular. Só falta o bonito relógio analógico ali instalado funcionar.
- O governador Eduardo Leite, passou um mês viajando para fora do estado, nestes seus primeiros seis meses de governo. Tenho um conceito diferente pra estas questões e vamos combinar, é um exagero. Mas a cultura das viagens no serviço público existe e se mantêm com algumas poucas exceções, mesmo nestes tempos de tecnologia de ponta, mundo globalizado, internet… Sabe-se que qualquer decisão de alguma relevância, sempre passa pelos chefes dos executivos, em qualquer esfera e que nestas ocasiões ficam parados. Só na rotina administrativa. As viagens continuarão, pois conferem status de administrador moderno, por serem assim passadas ao público. Como os resultados práticos são difíceis de mensurar, nenhuma mudança acontecerá.
- Tudo que chega a metade, depois passa mais rápido. Chegamos ao meio do ano e agora os dias passarão mais acelerados O ano corre tanto para o bem como para o mal. Cronologicamente, sabemos não ser assim, mas na mente das pessoas é, sem tirar nem por. Confiram novamente esta assertiva no final deste ano.
- O tradicional bar e restaurante dos Alemão, fundado e administrado pela família Hanel por décadas, foi recentemente alugado. Os novos proprietários Fabine e Carlos Oliveira, Stefani e Robson (Toquinho) prometem manter a qualidade e o acolhimento que fizeram do local uma referência na região e ponto de reunião de canelenses.
- Faz 25 anos completados neste dia 1°, que o real foi introduzido como moeda nacional. A mais importante decisão administrativa federal dos últimos anos.
- Neste dia 30, completaram-se 40 anos do falecimento de Severino Inocente Zini. Foi vereador, esportista atuante, mas foi como massagista que logrou reconhecimento em toda a região.
- Há 30 anos era fundada a associação ecológica de Canela, a ASSECAN, por um abnegado grupo de defensores do meio ambiente sadio. No momento desconheço sua atuação.
- Amanhã completam-se 25 anos do falecimento do canelense Ademar Faller, campeão gaúcho e brasileiro por diversos anos na modalidade de tiro ao alvo com revolver. Foi o primeiro gaúcho a participar de uma olimpíada em 1952 representando o Brasil.
“Os primeiros quarenta anos de vida dão-nos o texto; os trinta seguintes o comentário”.
Arthur Schopenhauer