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O palco da segunda-feira

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Coluna publicada no dia 02/09.

Como de costume, a segunda-feira foi dia de sessão na Câmara de Vereadores e, por consequência, terça-feira é o espaço aqui pra gente pincelar os pontos que chamaram atenção. Eu digo pincelar porque cada sessão rende pano pra manga, mas sempre tem falas que pesam mais e outras que a gente sabe que vão render discussão por mais tempo. Dessa vez, de novo, uma fala do vereador Alberi Dias chamou a minha atenção. Ele voltou a tocar no assunto do ginásio que a prefeitura escolheu construir ali ao lado do posto de saúde do Canelinha, às margens da Avenida Cônego João Marchesi. Todo mundo já sabe desse local, já virou pauta batida, mas Alberi insiste que não é o melhor ponto.

A proposta diferente

Alberi até reconhece a importância do ginásio, ninguém discute que é uma obra que vai servir a comunidade, mas pra ele aquele terreno seria muito mais útil se fosse destinado a habitação. Ele disse que vê aquele espaço como perfeito pra unidades habitacionais, já que fica colado no posto de saúde do Canelinha, que atende todo aquele lado da cidade. Na visão dele, seria um investimento que traria um impacto direto e diário na vida das pessoas que mais precisam. Ele defende que o ginásio poderia ser pensado em outro lugar, mas que aquele ponto ali, estratégico, deveria ser voltado pra quem carece de moradia digna. É uma visão diferente da que a prefeitura adotou, mas mostra como as prioridades se chocam no debate político.

Cabo Antônio e o aluguel que “come, bebe e dorme”

Antes mesmo de Alberi ser puxado de volta a esse tema, Cabo Antônio já tinha dado a sua palhinha sobre o assunto. Ele repete quase como um mantra que “o aluguel come, bebe e dorme”, e promete que vai falar disso todas as semanas se for preciso. É aquele estilo direto, martelando, porque ele entende que enquanto não houver uma solução definitiva pra moradia, a comunidade que sofre com a vulnerabilidade continuará no zero.

Mas Cabo não parou por aí. Ele levou também a preocupação sobre a segurança viária na RS-235, tanto na saída de Gramado para Canela quanto na saída de Canela para o Saiqui. Segundo ele, as pessoas não se sentem seguras atravessando esses trechos sem faixas de segurança bem estruturadas. Contribuindo com a fala de Antônio, cito como exemplo a frente da Havan, onde já existe uma faixa junto com uma lombada, que acaba obrigando os motoristas a reduzirem. Eu acredito que a solução está justamente em adotar esse modelo: faixas em cima de lombadas. É o único jeito de garantir que o pedestre tenha real segurança num fluxo tão intenso e rápido como é o da rodovia.

Faixas que não resolvem sozinhas

Podemos comparar com outros pontos de Gramado e Canela. Existem diversas faixas pintadas na RS-235, mas que não funcionam sozinhas. Ninguém respeita só pela sinalização no chão, e o risco continua o mesmo. Sem redutores de velocidade associados, as faixas acabam sendo ilusórias. Trago também o exemplo lá da Avenida das Hortênsias, junto ao pardal, onde existe uma lombada junto com a faixa de segurança, e isso acaba funcionando melhor.

A bronca com a Educação

Outro ponto forte da fala de Cabo Antônio foi sobre a Educação. Ele disse que tem recebido inúmeras reclamações e não poupou críticas. Usou a palavra “bagunça” pra definir a situação atual, dizendo que falta pulso firme de quem comanda. Chegou a citar que muitos vão sentir falta da antiga secretária Janete Santos, que, segundo ele, tinha mais firmeza e entregava resultados. Trouxe inclusive números de investimentos feitos na gestão passada, defendendo que havia mais organização.

Ele não deixou de lembrar também das famosas “salas de lata”, que tanto foram criticadas no passado, mas que seguem sendo utilizadas. E apontou ainda que o Tio Beto, obra que foi alvo constante da oposição na gestão anterior, segue até hoje sem ser entregue.

Acesso ao Caravaggio

Quem também trouxe uma pauta importante foi o vereador Nenê Abreu. Ele chamou atenção para o estado do acesso ao Santuário de Caravaggio. Segundo ele, o acesso está muito deteriorado e precisa de atenção urgente. A comunidade cobra e, de fato, a estrada não condiz com a relevância do local. Nenê reforçou que essa é uma demanda que não pode mais ser empurrada pra frente.

O jeito Adir

E, pra fechar a rodada de destaques, teve também o vereador Adir de Nardi. Ele trouxe uma fala que, de certa forma, eu também carrego pra mim. Disse que quando recebe reclamações da comunidade, vai até o local pra ver com os próprios olhos antes de falar. Ele não quer contar ou inventar histórias que não existem, prefere averiguar pessoalmente. É um jeito de trabalhar que faz diferença, porque aproxima o vereador da realidade e tira a política da base do “disseram que”. Nessa eu tô junto com Adir.

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