Coluna publicada no dia 11/06.
Não sei tu, mas eu já vi tanto projeto bonito em Canela que se fosse tudo construído mesmo, a gente já tava competindo com Las Vegas. Agora vem mais um. Teve um grupo de empresários que se reuniu com o prefeito e apresentou um protocolo oficial de um projeto pra construir um baita centro de eventos por essas bandas. E não é qualquer galpão, não… é um troço pra 3.500 pessoas sentadas! A estrutura, segundo os entendidos, vai ter 3.300 metros quadrados de área construída, num terreno de 27 mil metros quadrados. Tu imagina?
Parece que esse centro vai ficar pros lados do Caracol, na extensão da Estrada do Caracol. Bah, se for verdade, aí sim vai mexer com a cidade. Vai ter congresso, feira, apresentação, e sei lá mais o quê. Só quero ver é se vai sair do papel ou se vai virar mais um daqueles projetos que só aparecem em reunião com cafezinho e depois somem mais rápido que político em final de mandato.
Mas olha, se sair mesmo, aí temos que bater palma. Porque Canela precisa de um espaço decente pra evento grande, estamos carecas de saber. A cidade já cresceu, tem fluxo, tem gente que quer fazer coisa grande aqui. Só falta o lugar. Então que não fique só no papo, tchê. Que não seja mais um daqueles “protocolos” que o povo guarda na gaveta do meio e esquece por lá.
A praça do Vila Boeira
Mudando de prosa, hoje de tarde fui dar meu rolê tradicional. Sabe como é, né? Tem gente que faz caminhada, eu faço vistoria. Saio por aí de canto a canto de Canela, olho, observo, converso com o povo. E fui parar na Praça Ildo Meneghetti, lá no bairro Vila Boeira. Bah, mas que baita transformação, hein?
Se tu passou por lá há uns meses, sabe do que eu tô falando. A praça tava mais triste que segunda-feira chuvosa. Agora, rapaz… tá um brinco! Tem quadra de areia, equipamento novinho, academia ao ar livre. A criançada vai se espalhar que nem bergamota madura no chão. Coisa mais linda!
Foi a primeira obra assinada pelo prefeito Gilberto Cezar, se não me engano. E começou lá em janeiro, tchê. Agora tá pronta. Isso sim é exemplo de obra bem-feita e rápida. O investimento foi de R$ 443 mil – R$ 350 mil de uma emenda parlamentar e R$ 93 mil da prefeitura. Isso é dinheiro bem aplicado, não tem o que discutir. Se toda revitalização na cidade tiver esse padrão aí…, mas olha, vamos andar faceiros de verdade.
Rua Teixeira Soares
Já que eu tava de butuca nas ruas, fui espiar o que tá rolando na Teixeira Soares, aquela ali do lado do posto Central. A Corsan tava mexendo com esgoto, tu viu? Pois é. Ontem me disseram que a obra tava quase terminando. Fui lá confirmar com meus próprios olhos.
E não é que era verdade? A equipe já tava recolocando os paralelepípedos, alinhando bonitinho, quase tudo no lugar. Não tá perfeito ainda, claro, mas tá com cara de que nos próximos dias deve fechar com chave de ouro, se São Pedro der uma ajudinha e mandar uns dias secos.
A obra é “pequena”, mas importante. Quando mexe com esgoto, o povo só percebe depois que dá problema, então é bom resolver logo. E nessa, até que foram ligeiros, viu?
Mas e as outras ruas?
Agora segura o mate que vem a parte que me deixa indignado: Rua Antônio Zini e Rua São Francisco. Bah, esses dois pontos tão virando piada pronta. Já falei aqui, já fotografei, já comentei com o Corsan, e até agora: nada. O asfalto tá aberto, os paralelepípedos jogados pros lados, parece que passaram por ali e esqueceram que tinham que voltar.
E não é nem questão de frescura, é questão de respeito com quem mora. Porque pra quem mora na volta, ver aquilo ali todo dia é um lembrete de que a Corsan anda com prioridades esquisitas. Arruma aqui, esquece ali. Termina uma rua, larga a outra. E o povo quer saber: quando é que vão arrumar isso aí, gurizada?
Se a obra já começou, termina. Se vai mexer, que mexa tudo e depois arrume tudo. Não dá pra viver com a cidade parecendo um quebra-cabeça mal montado.
