Coluna publicada no dia 04/06.
Bueno, gurizada, vocês lembram daquele rolo que eu trouxe aqui na coluna sobre possíveis mudanças na Série Bronze, né? Pois agora o DMEL veio a público botar os pingos nos “i” e explicar direitinho como vai funcionar o regulamento a partir de 2026. E olha, tem detalhe ali que se o vivente não prestar atenção, se perde mais que cusco em dia de rodeio.
Pra começar, a famosa “vaga coringa” já é conhecida de todos, correto? O que vai mudar, de fato, é que ela deixa de ser pra atleta 35+ e passa a ser pra 40+. Ou seja: nada de surpresas de última hora. O que muda mesmo é a idade do veterano permitido.
Cada time da Bronze tem direito a uma única vaga especial, e pode escolher usar essa vaga de duas formas:
- Pra um jogador de até 18 anos que já tenha disputado a Série Prata ou a Série Ouro.
- Ou pra um jogador Master 40+ que também tenha atuado na Prata ou Ouro.
Não tem essa de botar os dois. É um ou outro. Só um.
Agora, se o Master 40+ (ou o piazito sub-18) quiser jogar a Bronze sem ocupar essa vaga especial, por estar na Série Ouro, por exemplo, aí tem que seguir a tal da quarentena boleira: ficar dois anos sem jogar, ou seja, sem atuar em uma edição da ouro e uma da prata. Só no terceiro ano é que o vivente pode voltar e jogar a Bronze como “comum”, sem queimar a vaguinha coringa. É tipo escada: da primeira para a segunda, e da segunda para a terceira, sem pular.
O DMEL mandou a real na nota:
“Com o fim das categorias Sub-17 e Sub-20 por questões de calendário e estrutura, muitos atletas atualmente saem do Sub-15 diretamente para a Série Bronze. […] Em 2025, já observamos essa transição com muito sucesso, com quatro equipes jovens participando da Série Bronze, entre elas a campeã GDE, que contou com destaques como Vini Tomazi e José Henrique Borges, ambos com 16 anos […]”
Ou seja, a ideia é transformar a Bronze numa vitrine pros guri novo, mas sem fechar as porteiras pros veteranos que ainda tão com gasolina no tanque.
O DMEL ainda falou que está trabalhando pra reforçar o Campeonato de Veteranos, talvez com todos contra todos, como a galera pede há tempos. Com um calendário mais ajeitado, 2026 pode vir com novidade nesse campo também.
Reforçando, não vai mais ter aquele pega-ratão de jogar a Primeira num ano e já cair na Bronze no seguinte. Jogou a Primeirona (Série Ouro)? Ano seguinte tu, em teoria, é jogador da Prata. Quer ir da Ouro pra Bronze sem usar a vaga coringa? Dois anos fora.
Tem muita gente insatisfeita com a decisão. E aí? Qual é a tua opinião sobre isso?
Gralha bufando contra a Saúde
Mudando de cancha, mas ainda no Canela, o vereador Leandro Gralha (MDB) usou a tribuna da Câmara para “sentar a pua” no secretário de Saúde, Jean Spall — sem citar o nome, mas sem fazer mistério para ninguém. Gralha, que foi secretário na gestão passada, não economizou no tom nem nas palavras:
“Se o secretário de Saúde é incompetente não é de hoje. Ah, mas o Gralha está falando isso. O Gralha está falando por quê? Já estou aqui, já é a terceira vez que eu estou aqui (como vereador). O secretário já foi secretário do MDB, já foi secretário várias vezes. E o que ele conseguiu fazer? Vamos fazer uma regressão rápida aqui. Ah, mas o vereador está falando isso. Está visível. Comentei na comissão, não é, vereadora? Com as reclamações que nós estamos recebendo, todos estão recebendo, e a comunidade está falando.
Como que a pessoa vai em um postinho de saúde e não tem atendimento? Onde é que eles vão? Hospital! A pessoa que trabalha em um restaurante, em um hotel, ele vai chegar em casa às 17h, às 18h, o postinho está fechado, ele vai para o hospital. Isso é o normal da cidade de Canela. Mas agora, indo no postinho de saúde, agora a gente sabe que não tem mais dentista. Por quê? Volto a dizer, incompetência do secretário.
Esse dia eu até comentei com o meu presidente: bah, presidente, eu queria te ver lá de secretário da Saúde, mas eu retiro. Eu retiro, porque eu não quero te ver lá. Eu gosto de ti, e do jeito que está lá, o senhor não vai conseguir voltar.
Hoje eu estava conversando com os servidores da Saúde, está difícil lá dentro. A falta de comunicação. Não adianta o nosso prefeito estar correndo para cima e para baixo, Porto Alegre, Brasília, se a gente não tem um secretário que está dando a resposta. O secretário de Trânsito está aqui, está dando a resposta necessária. A secretária da Educação está dando a resposta. Todos os outros secretários estão dando resposta. Somente a Saúde que tem reclamação na rede social, como foi falado. O povo vai aonde? Na rede social. Vocês veem eles falar do Trânsito? Vocês veem eles falar da fiscalização? Vocês veem eles falar da Educação. É Saúde! É Saúde!
Volto a dizer, um incompetente que fez parte do governo do MDB, meus vereadores. Não fui eu que tirei ele, quem tirou ele foi o ex-prefeito. O porquê? Agora não adianta dizer, ah, o prefeito me tirou, porque… Por que o prefeito te tirou? Tu não deu resposta. E o prefeito Gilberto Cézar vai fazer o mesmo. Se o secretário não dá resposta, ele vai trocar.”
Foi um estouro, daqueles que se escuta até lá na pracinha. E a crítica foi direta: sem atendimento nos postinhos, sem dentista, sem resposta da pasta. Disse ainda que a saúde virou alvo das redes sociais porque é a única que não dá retorno, enquanto os outros secretários tão dando conta do recado.
É esperar pra ver se o prefeito Gilberto Cézar vai seguir o conselho — ou se segura o tranco e banca o time até o fim do campeonato.