Cláudio Scherer
GRAMADO – Nesta segunda (29), o ExpoGramado foi palco da cerimônia de posse da nova diretoria e dos conselheiros fiscais do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gramado, entidade presidida por Elói Borkert, que inicia mais um mandato de quatro anos à frente da instituição.
O evento contou com a presença de diversas lideranças políticas e sindicais, entre elas o deputado estadual Elton Weber, o deputado federal Heitor Schuch, o vice-prefeito de Gramado Luia Barbacovi, além de representantes de sindicatos da região como Ana Carolina Benetti, presidente do Sindicato Rural de Canela, e Mariana Marcon, vice-presidente do Sindicato Rural de Nova Petrópolis e coordenadora da Fetag.
Durante seu discurso, o vice-prefeito Luia Barbacovi fez uma retrospectiva histórica da agricultura familiar em Gramado, lembrando que já em 1941 o município recebia testes de produção de cevada. Ele destacou o êxodo rural dos anos 1970 e o movimento inverso atual, com agricultores se aproximando do turismo por meio de iniciativas como a Festa da Colônia, agroindústrias e fornos coloniais. “O colono de Gramado é olhado como merece”, afirmou, ressaltando que centenas de famílias do interior foram fundamentais para o desenvolvimento da cidade, muitas delas transformando-se em empresários ou apoiando investidores locais.
O presidente reeleito Elói Borkert saudou os presentes e recordou momentos marcantes da entidade desde os anos 1960 e 1970, quando o movimento sindical foi iniciado por Gentil Bonatto. Ele lembrou que, antes da criação do INSS, os sindicatos rurais tinham a responsabilidade de administrar recursos federais para auxiliar famílias em internações hospitalares, chegando a custear até 100% das despesas.
Aproveitando a presença dos parlamentares, Borkert criticou a cobrança do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), que varia de 4% a 10% e, segundo ele, torna-se mais onerosa em casos de doação do que de venda de terras. Em Gramado, onde o valor por hectare pode chegar a R$ 500 mil, o imposto representa um grande obstáculo para a sucessão familiar nas propriedades rurais.
Na ocasião, o presidente também anunciou o lançamento de um novo benefício para os associados: o auxílio funeral, que será oficializado na próxima Assembleia Geral, prevista para fevereiro ou março. O benefício prevê o pagamento de um salário-mínimo para associados com mais de dez anos de contribuição, e proporcional ao tempo de vínculo para os demais.










