E a luz?

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Coluna publicada no dia 22/08.

Ontem recebemos reclamações vindas lá do bairro Caracol, mais especificamente das ruas Waldemar Wasem, Henrique Gürsching, Omar Victor Veeck e Wolmar Wasem. Desde quarta-feira, quando os fortes ventos atingiram Canela e a região, os moradores enfrentaram problemas de energia elétrica que deixaram a localidade em meia fase.

Esse termo, que para muita gente soa técnico demais, nada mais é do que um desequilíbrio na rede elétrica. Normalmente, a energia chega em três fases, distribuindo de forma estável a carga para residências e estabelecimentos. Quando há falha em uma delas, o fornecimento não cai por completo, mas também não funciona direito. É como se a luz chegasse “pela metade”: algumas lâmpadas acendem, outras não; certos equipamentos funcionam, outros simplesmente não ligam; chuveiros esquentam pouco; e eletrodomésticos ficam em risco de queima.

É uma situação desconfortável e perigosa, porque a rede continua ativa, mas de forma instável. E foi exatamente isso que os moradores do Caracol viveram nos últimos dias.

O retorno da energia no Caracol

A concessionária responsável foi acionada. Logo que recebeu a demanda, respondeu que o problema seria resolvido ainda durante a noite de ontem — e assim aconteceu. A normalidade voltou, mas a questão que fica é: por que tantas vezes parece que só há solução quando as reclamações se tornam públicas?

Não é desmerecer o trabalho das equipes técnicas, que enfrentam noites frias e longas jornadas para atender ocorrências. Mas é perceptível que quando há mobilização dos moradores, reforçada pela imprensa, o atendimento acontece com maior rapidez.

Esse episódio deixa a sensação de que, em muitos casos, a resolução vem depois da pressão, não de forma automática. E isso acaba gerando insegurança para quem depende da energia todos os dias, o que significa praticamente toda a comunidade.

A rotina de correr atrás

Enquanto escrevo esta coluna, o vento volta a soprar forte aqui fora. Isso traz preocupação imediata, porque a rede elétrica, principalmente em bairros com bastante vegetação como o Caracol, fica sempre mais exposta.

Não é raro que galhos encostem em fios, ou que o próprio impacto da ventania cause instabilidade. E mesmo quando não há queda visível de cabos, como agora, a rede sofre e acaba entregando energia de forma irregular.

Essa dinâmica reforça um ponto: estamos sempre correndo atrás do prejuízo. Seria um sonho se as soluções viessem antes dos problemas, se houvesse manutenção preventiva em maior escala, se a comunidade pudesse viver sem o medo constante de que o próximo vento vá trazer novos transtornos.

A Linha São Paulo no escuro

Se no Caracol a situação foi resolvida ainda ontem, na Linha São Paulo o drama segue. Desde terça-feira, os moradores estão sem luz. No momento em que escrevo (15h56), a concessionária informa que uma equipe está sendo deslocada para o local para resolver a situação.

A diferença entre algumas horas sem eletricidade e dias inteiros é enorme. Não é apenas desconforto: são alimentos que se perdem nas geladeiras e rotinas familiares totalmente desorganizadas.

E talvez o mais angustiante não seja nem a espera, mas a falta de informações. Quando a concessionária não comunica de forma clara e transparente, a sensação é de abandono. Não é o caso desta vez.

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