Coluna publicada no dia 01/07.
Com 164 prefeitos do PP, 21 do União Brasil, 136 vices e mais de 1.500 vereadores, a federação União Progressista certamente terá candidato próprio a governador do Estado. Uma boa parte desses prefeitos levou um documento ao deputado federal Covatti Filho, ontem, em Porto Alegre, pedindo que ele seja o candidato. O grupo que entregou o manifesto conta com lideranças de todas as regiões do Estado, contando com 125 prefeitos e 89 vice-prefeitos, além de vereadores e presidentes do partido de diversos municípios. O número de assinaturas representa 71% dos prefeitos e vice-prefeitos progressistas eleitos no Estado.
Nestor Trator
Confesso que eu gostaria de ver o nosso prefeito concorrendo a governador. Lembrando que Eduardo Leite veio de Pelotas e levou a eleição em cima de José Ivo Sartori, que buscava a reeleição. Gramado, acho que representa mais do que Pelotas. Além do mais, acho que o Nestor seria muito mais governador do que o Leite e muito maior ainda do que Luis Antonio Franciscatto Covatti, o Covattinho. Mas acho que sou o único que pensa assim, porque não vejo nenhum movimento nesse sentido. Os caciques já deveriam estar defendendo essa bandeira.
Difícil escolha
Aí teremos o Zuco pelo PL e o Covattinho pela federação União Progressista. Quem dos dois for para o segundo turno deve vencer o pleito contra alguém da esquerda. Acontece que ambos, Zuco e Covatti Filho, são prematuros para este cargo. E, se olhar apenas a bagagem, considerando o histórico familiar, o filho da Silvana e do Vilson ainda supera. Zuco concorreu pela primeira vez em 2018 a deputado estadual, se elegendo na onda do bolsonarismo, e assim também conseguiu ser o mais votado a federal na eleição seguinte, 2022, mas acho pouco para o cargo agora pretendido.
Senador
Também terá disputa boa para este cargo pelo RS no ano que vem. Serão dois a serem eleitos nesta eleição. Os substituídos serão Paulo Paim (PT) e Luis Carlos Heinze (PP). O que segue mais quatro anos é o Mourão, eleito pelo Republicanos na eleição de 2022.
Pela esquerda, aparentemente virá o deputado federal Paulo Pimenta (ou ele vai a governador?). Não acredito que o Paim busque mais uma reeleição, embora a falta de nomes leve a isso muitas vezes, como na eleição passada, quando tentaram recondicionar o Olívio Dutra, e que por pouco não se elegeu.
Nomes que já são certos para 2026 nesta disputa: Marcel Van Hatten (Novo) e Ubiratã Sanderson (PL), ambos deputados federais. Eduardo Leite (PSD) e Onyx Lorenzoni (União Progressista) são prováveis.
Baixo tom
A crítica, quando da situação, não precisa de tons acirrados, veementes. Um leve toque é o suficiente. Foi o que fez, deve ter aprendido recentemente, o vereador Rafael Ronsoni na sessão de ontem dos vereadores de Gramado. Ele mencionou que algumas escolas estão com ar-condicionado a ser instalado há três meses, outros tantos precisam de revisão, enquanto os estudantes ficam no frio. E foi mais longe: disse que, enquanto os vereadores têm o equipamento nas suas salas, as crianças, que precisam estudar, não têm.
O jeito suave usado pelo edil, só vendo o vídeo para acreditar. Ainda assim, disse tudo o que precisava ser dito: disse que foram muitas reclamações e que tentou, por duas semanas, reunião com a secretária e não teve êxito. “Preciso deixar registrado, aqui nesta Casa, o meu pedido, com muita humildade (…)”. Eu recortei o vídeo e postei lá no Facebook do JI.
Intermunicipal
Também alguns vereadores de Canela denunciaram falta de material, até de higiene e limpeza, nas escolas. É um ponto que precisa de atenção ininterrupta dos encarregados, iniciando pelos diretores de cada educandário.
Por onde anda o Mário
O Mário do Ipê (Wilrich) foi eleito terceiro suplente de vereador na eleição de 2020. Teve oportunidade, foi para a Câmara, mas durou pouco. Logo após a votação do pedido de cassação do Alberi, ele deu no pé. Concluiu que a política partidária não foi feita para ele. Quer distância!
Na atual legislatura canelense, tem mais gente iludida já, com apenas seis meses de exercício. Cabo Antônio se mostrou desiludido na sessão de ontem. Disse que não consegue ajudar ninguém sendo vereador, especialmente por ser de oposição. Cabo Antônio disse que, como líder de bairro, tinha melhores condições do que atualmente. Fica a dica: Mário era situação.
Solavanco
Pedro Bala dizia que a reeleição evita o “solavanco” que a transição, mudança de um grupo político ao outro, causa. Um bom exemplo é o que ocorreu com o Cidica – Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela. A nova diretora, Gabriela Cezar, disse, em uma entrevista à Câmara de Vereadores, em seu podcast, respondendo à pergunta sobre como foi o primeiro semestre lá: que foi “bem tenso”, e que foi lá em dezembro já para ficar por uma semana, para o pessoal “entender do que que se tratava o Cidica e de qual o papel dele e quais os trabalhos que estavam sendo realizados lá”.
E dizer que era a menina dos olhos do Constantino e do Luciano Melo.
Perguntinha:
Nestor Tissot seria um bom governador para o RS?