O dia começou como qualquer outro, mas quem imaginava que a Câmara de Vereadores ia virar quase um episódio de série policial? Pois é, Joãozinho Silveira, do MDB, não compareceu à sessão. Motivo? Bom, todo mundo já sabe, ele estava “ocupado”… no presídio. Sim, senhoras e senhores, a Polícia Civil foi até a Câmara buscá-lo, e o homem foi preso em flagrante. Durante a sessão, seu nome foi o único que recebeu uma falta óbvia. Afinal, Joãozinho já tinha encontrado outro compromisso – bem menos confortável, diga-se de passagem.
“Rouba, mas faz”
Foi isso que eu ouvi de uma pessoa quando eu comentava sobre o caso. A acusação contra Joãozinho não é pouca coisa. Investigadores descobriram que materiais que seriam destinados a uma família carente foram parar na propriedade do vereador. Pior: documentos teriam sido falsificados para encobrir essa lambança toda! O tal “kit casa” custava R$ 23 mil, e a denúncia caiu como uma bomba na cidade. O detalhe é que essa situação teria acontecido quando Joãozinho ainda ocupava o cargo de adjunto da Assistência Social, paralelamente ao cargo de coordenador da Defesa Civil, na gestão passada. Mas o que me deixou mais impressionado foi a reação de algumas pessoas. Aquele papo de “ah, mas ele é gente boa”, “rouba, mas faz”, ou “todo político faz isso”… Gente, pelo amor de Deus! Esse pensamento é o que faz com que esse tipo de coisa continue acontecendo! Para finalizar, se a pessoa for culpada, tem que pagar pelo que fez. Mas se for inocente, merece justiça, reparação e a verdade sendo dita.
Repercussão e incredulidade
Quando a notícia saiu, foi aquele choque. Em menos de 10 minutos, o post do Jornal Integração já tinha gente duvidando da veracidade da informação. “Imagina, Joãozinho? Não pode ser!” Pois é, mas foi. A reação foi um misto de indignação, surpresa e aquele fundo de “de novo, não”. Porque, convenhamos, todo mundo tá cansado desse tipo de coisa, né?
Entre os comentários na postagem, um chamou a atenção: “Como motorista da van, que leva o pessoal pra Caxias, é um cara maravilhoso, atencioso, me ajudou com minha filha. Só tenho a agradecer ao Joãozinho. O que ele fez ou deixou de fazer… pra mim ele será sempre o João da Topik”. Isso mostra como a opinião pública pode ser dividida. Há quem veja apenas o lado humano do vereador, ignorando as denúncias, enquanto outros acreditam que isso não pode ser desculpa para os supostos atos ilícitos.
Alberi? Presente!
E agora? Joãozinho tá fora e quem deve entrar no lugar dele é Alberi Dias, o primeiro suplente do MDB. Ele já deixou claro que tá pronto pra assumir e que tá “com todo o gás” e o “pé que é um leque”. Curioso é que Alberi também já teve seus rolos na Justiça, na famosa Operação Cáritas. Inclusive, sofreu com processo de cassação na Câmara, mas, não foi condenado ou cassado. Então, a cadeira na Câmara tem dono.
Audiência de custódia: o próximo capítulo
Enquanto eu escrevia essa coluna, a audiência de custódia de Joãozinho ainda não tinha rolado. Fiquei ali na frente do fórum esperando, ainda na noite de terça (25), tentando captar qualquer informação nova. Mas, até o fechamento do texto na tarde de quarta (26), nada. Agora, resta saber se Joãozinho vai continuar “ausente” por mais tempo ou se vai conseguir sair dessa encrenca rapidinho. Pelo que me contaram a Audiência de custódia deve ser amanhã (27).
A marca Canela e mais um escândalo
Mais uma vez, uma notícia policial envolvendo servidores públicos cai como uma bomba na comunidade. E, no fim das contas, quem sofre é a marca Canela. A cidade, que já teve outros episódios polêmicos, vê seu nome novamente ligado a um possível escândalo de corrupção. A população, claro, fica indignada, mas também cansada de ver o mesmo roteiro se repetir. Até quando?