MARTINA BELOTTO
GRAMADO – O artesão e o pequeno empresário gramadense possuem um espaço garantido para geração de lucros e novos negócios. Paralelamente à Festa da Colônia, a Feira Feito em Gramado reúne empreendedores no Expogramado para comercialização de seus produtos, garantindo visibilidade e troca de conhecimentos. Neste ano, são 141 expositores e 99 estandes. Durante os 19 dias de evento, espera-se um público de 25 a 30 mil pessoas.
Entre os produtos expostos na feira estão artigos de couro e malha, chocolates e biscoitos, móveis, decoração e artes plásticas. Para o diretor geral da Secretaria de Indústria e Comércio, Sandro Markowski, o evento representa a credibilidade do empreendedor gramadense. “É o momento de mostrar o potencial dos nossos artesãos e pequenos empresários”, aponta.
O potencial dos produtos pode ser visto nos detalhes das peças expostas pelos estandes. Rodrigo Wammes, de 39 anos, é tecelão e sócio da empresa Gramado Acessórios. Nos produtos trazidos para a Feito em Gramado, o capricho do artesão ganha destaque. Participante do evento desde a primeira edição, ele vê a feira como possibilidade de incrementar a arrecadação da empresa. “Saímos recentemente da baixa temporada, então é um valor que entra e possibilita reinvestir para o inverno”, comenta. “Sentimos que a feira está evoluindo todos os anos e trazendo cada vez mais público”, acrescenta.
Fabricadas por ele e pelo irmão Doglas, as peças já conquistaram mercado na cidade. Hoje a dupla comercializa no espaço do artesanato da Praça das Etnias, além de vender para outras lojas. Justamente com esse objetivo de encontrar novos parceiros para revender os produtos que a Feito em Gramado se destaca. “Além da venda direta, também conseguimos a venda posterior de atacado com os contatos do evento. Já nos primeiros dias conseguimos fechar venda. Há um interesse dos lojistas que visitam a feira”, destaca Rodrigo.
Bolsas e carteiras de couro, ponchos, mantas, cachecóis e chaveiros fazem parte da lista de produtos da Gramado Acessórios. Para dar conta da confecção de todos esses itens, os irmãos se revezam na venda e na fabricação. No próprio estande da feira, um tear para tecelagem foi colocado para a dupla realizar o trabalho em momentos de menor movimentação. “Nós já fazemos um estoque maior pensando na feira, mas como nosso produto é manual exige o trabalho de pensar na peça que vamos produzir e todos os detalhes. Revender é muito mais fácil do que produzir, mas a confecção é nosso diferencial”, ressalta.
O trabalho artesanal de produção também é trazido à feira pela empresa de chocolates Meu Cestinho. No mercado há 23 anos, eles seguem preservando o mesmo modo de trabalho. Com cinco funcionários, a empresa familiar expõe na feira desde as primeiras edições e garante que o evento gera visibilidade. “Aqui o retorno sempre é bom. A feira com certeza faz toda a diferença. Não tiramos na loja fora de temporada o que tiramos em valor aqui”, aponta Tamires Pires, nora dos proprietários e funcionária da empresa há mais de cinco anos.
Localizada no bairro Floresta, a loja e fábrica Meu Cestinho vive os desafios de captar novos clientes. Com a Feito em Gramado, essa divulgação é intensificada. “Além de vender bem, captamos novos clientes. Como somos uma empresa menor, afastada do Centro, é uma oportunidade de mostrar nosso produto”, salienta Tamires.
A Feira Feito em Gramado funciona nas terças, quartas e quintas, das 13h às 21h, e nas sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 21h.