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“É muito triste a forma que está”, lamenta canelense sobre a Rota Panorâmica

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Na noite de segunda-feira (24), a Câmara de Vereadores de Canela foi palco de intensas reivindicações durante a Tribuna do Povo. Adilson dos Santos Matos, morador do Passo do Louro, compareceu à sessão para fazer reclamações e buscar esclarecimentos sobre a Rota Panorâmica – via que interliga o interior canelense à zona urbana e que se encontra interditada devido a riscos de deslizamentos provocados pelas chuvas de maio. Mais de 50 moradores, usuários diários da via, estiveram presentes na sessão.

Além disso, diante da interdição da Rota Panorâmica, a comunidade tem recorrido à Estrada das Amoreiras, cuja segurança também foi alvo de críticas contundentes por parte de Adilson.


Reclamações e detalhes apresentados

Histórico e problemas na Rota Panorâmica

Adilson iniciou seu depoimento enfatizando os anos de abandono e as falhas desde o início da obra:

“Estamos aqui hoje para falar de um assunto que estamos Enfrentando há meses, anos. Nós ficamos mais de dois anos sem a rota panorâmica. Primeiro, a construção começou de um jeito errado, de uma forma errada, liberava de um lado, trancava de outro, acho que todos os moradores, e peço a todos os vereadores olharem aqui, nós temos aqui (Na Câmara) em torno de 50 famílias representadas, são pessoas que usam dessa rota para trabalhar, para trazer seus produtos, para poder chegar até a nossa cidade. Temos empresários também. São muitos projetos que estão sendo exterminados naquele espaço ali.”

O morador ressaltou ainda que, mesmo após as chuvas – há dez meses –, a via não teve a mesma atenção que outros espaços da cidade:

“É muito triste a forma que está, eu assisti à câmara da semana passada e todos que falaram da rota panorâmica falaram com o ‘pezinho’ atrás. Nós estamos há dez meses depois das chuvas, nesse vai e vem, em todos os espaços de canela que teve problema foi resolvido, todos. com A rota panorâmica, estamos em função de pega dinheiro, não pega dinheiro, o dinheiro está lá, está liberado”


Críticas à segurança na Estrada das Amoreiras

Imagem mostra perigoso trecho estreito da Estrada das Amoreiras

Segundo ele, os laudos técnicos apresentados em reunião com o secretário Buss sobre a Rota Panorâmica, apontaram que a via não é segura, mesmo para carros pequenos. Em meio às críticas sobre a Rota Panorâmica, Adilson também abordou a situação da Estrada das Amoreiras, atualmente utilizada pela comunidade como rota alternativa.

“Estivemos em reunião com o secretário Buss, e lá foram apresentados laudos, pediu mais um laudo, e a nossa geóloga, que fez o laudo, nos colocou que para carro pequeno poderia ter, foi nos dito que não é uma estrada segura. Aí eu pergunto para vocês: em Canela, qual é a estrada segura? Se eu encontrar um caminhão (Na estrada das amoreiras), para que lado eu vou? Eu caio na ribanceira ou vou para o peral? Eu caio no buraco de noite ou tombo para o outro lado? O que a gente faz? Isso aqui é segurança? Se você for medir esse espaço com o lugar que tem só uma pista lá, me sobra dois metros mais largo. Isso aqui é segurança? Isso aqui tem condições de a gente andar? Pessoal, qual de vocês, nesses últimos 15 dias, não foram à valeta até agora? Vamos falar em segurança?”

Adilson destaca o risco iminente em diversas situações e compara a via com outras que, mesmo com problemas, não foram interditadas. Ele também reclamou que não são apresentados prazos em relação a revitalização da Rota Panorâmica.

“Se der uma chuva, qual é o maior perigo? Ah, mas está rachado lá. As outras, indo para São Francisco, caiu metade da pista, nunca fecharam. Caiu entre Gramado e Três Coroas, nunca fecharam. Por que daí não fecharam também? Ah, mas tem rachaduras. Anda ali para baixo da Agropecuária Dinâmica, olha aquela rua ali, quanta rachadura tem. Por que não fecha tudo então? Então tem que fechar o Canela inteiro. Nós estamos numa situação de desespero lá embaixo. É triste o que está acontecendo”

“fecharam Ok, gente, (Então nos digam) vamos fechar, porque nós vamos começar as obras semana que vem, então vai demorar três meses, vai demorar cinco meses. Não tem nada disso. Alguém sabe de uma previsão? Alguém sabe se vai ser feito? Não. Vou esperar lá, vou esperar aqui, vou esperar ali. E nós lá estamos há dez meses. E antes disso, dois anos.”


Luta por soluções

Adilson também criticou a forma como as obras vêm sendo conduzidas e ressaltou os impactos dos atrasos e das intervenções superficiais. Ainda pediu que as autoridades observem a falta de segurança na ponte do Passo do Louro.

“A obra demorou quase dois anos, quase dois anos a gente ficou sem estrada. Aí veio a estrada, aí caiu a ponte. Aí briga para lá, briga para cá, e corre ali, corre aqui, e resolve isso, resolve aquilo. A ponte foi, foi, foi. Empresa tentou ajudar, a comunidade tentou ajudar. Se botasse a mão na ponte, a responsabilidade era de quem ajudasse a fazer. Até que nós fiquemos até o final para ir lá. Peço ao secretário Buss, e aos demais, que desçam lá e vejam a segurança que tem naquela ponte. Qualquer um de noite pode cair dentro do rio. Não tem uma indicação, não tem uma segurança, e a gente já falou isso também. Aí estão falando de rachadura.”

Sobre a manutenção e os investimentos realizados, o morador lamentou a falta de continuidade dos trabalhos:

“Ah, mas a limpeza da rota panorâmica foi feita. Na frente do meu sítio está 25% da estrada com terra dentro. Não foi feito (…) vamos ajudar a resolver o negócio do colono, tudo mais. Máquina, trabalho, não tem. E a gente fala com todos, a gente quer fazer acontecer, mas não está acontecendo. Aí nós tivemos ali um investimento de quase 12 milhões, e agora vai se perder isso? E aí outra coisa que eu peço para vocês, em nome da nossa comunidade, gente, são 50 metros que deu problema, que está interditado por causa de 50 metros. Será que nós não podemos fazer um aditivo para fazer só aqueles 50 metros e depois correr atrás e reformar a rota? Para baixo do Alpen Park está tudo rachado. Será que vocês estão contando em reformar daqui até lá, e daí nós vamos ficar até vocês terminarem toda a obra?”

Encerrando seu discurso, Adilson fez um apelo às autoridades para que priorizem a revitalização da Rota Panorâmica, a segurança dos moradores, e adotem medidas urgentes. Ele ainda deu sugestões para que sejam utilizados os R$ 2 milhões para a revitalização dos 50 metros mais críticos.

“É uma obra muito grande. Vai ser feita em etapas, mas lá vai ser a última parte de novo, como foi para fazer a estrada, quando foi feito?”

em novembro, eu estava procurando as informações (…) foi colocado que tinha R$ 2,1 milhões para a Rota Panorâmica, que, pelo que nós tínhamos conversado antes ali, é para guard rail. Será que a gente não pode reverter essa verba e fazer essa obra desses 50 metros? Vamos fazer alguma coisa alternativa para liberar a gente. Mas precisamos desse espaço, dessa estrada. Ou vamos esperar até escutar um não lá em cima para que a gente vá fazer o que lá embaixo? Vamos largar de mão?

“tem 50 representantes Aqui, mas tem mais 70 que não puderam vir, ou estão trabalhando, ou não têm como se deslocar.”

“eu peço encarecidamente que consigamos fazer uma estratégia mais rápida para isso. E, de novo, eu sei que foi assinado, secretário Buss, foi assinado pela Procuradoria e tudo mais do município, mas vão lá e vejam com outros olhos, com isso que eu estou mostrando para vocês, a comunidade está vendo isso aqui. Nós estamos passando todo dia por isso aqui. Venho implorar pela comunidade, vamos buscar uma viabilidade. Por favor, libere a estrada para a gente passar, porque essa outra (Amoreiras) tem menos segurança que lá. E também que nos arrume uma outra prioridade para que a gente possa arrumar aqueles 50 metros.”

A fala completa de Adilson pode ser ouvida no Youtube e Facebook da Câmara de Vereadores de Canela,

O que disse o prefeito

O prefeito Gilberto Cezar, ao vivo em entrevista ao Integração, na sexta-feira (21) explicou que a via, atualmente em situação crítica, terá seu projeto reestruturado, com busca de recursos para sua completa recuperação.
“Recebemos a Rota Panorâmica desmoronada, sem decreto de interdição, com os carros passando por cima, com risco de morte de quem passa lá, porque desmoronou a estrada. Tivemos que decretar a interdição, trancar a Rota, fazer o projeto, protocolar o projeto, em 50 dias. E agora buscar o recurso para terminar essa Rota, porque aquele empréstimo que foi feito não tinha nem sido entregue na Prefeitura e não é o suficiente, porque o empréstimo de R$17 milhões não é R$17 milhões para a Rota, naquele empréstimo está escrito lá: R$ 2 milhões para a Rota. Para contemplar ela inteira, o que desmoronou, são R$9 milhões.”
Prosseguindo, o prefeito detalhou os próximos passos para a reabilitação da via, que passa pela abertura de licitação e pela definição dos prazos de execução – com planos alternativos (plano A, B e C) caso os recursos não se confirmem nas esferas federal ou estadual. Essa estratégia de captação e execução visa iniciar, já neste ano, a obra de recuperação, essencial para garantir a segurança e a mobilidade dos moradores.
“A gente não vai esperar até o governo federal. Só que o governo passado deveria ter feito isso no ano passado. Já devia estar agora indo para a execução, para a licitação, para alguma coisa, e não foi feito.

A entrevista completa do prefeito pode ser vista por meio da página do Jornal Integração no Facebook.

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