A campanha salarial de 2024 dos trabalhadores e trabalhadoras da hotelaria e gastronomia de Gramado segue travada. Conforme comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Gastronomia de Gramado (Sintrahg), o impasse decorre da postura do segmento patronal, representado pelo Sindtur, entidade que representa a classe patronal, que insiste em uma proposta insuficiente, destoando da realidade do setor e do comprometimento da categoria. Isso ocorre em um cenário de recuperação do turismo, com perspectivas otimistas para o final deste ano e 2025.
Negociações
As negociações entre o Sintrahg e os representantes patronais tiveram início no começo de novembro, data-base da categoria. O sindicato reivindicava um reajuste de 6,5% nos salários, passando dos atuais R$ 1.715 para R$ 1.826,48. No entanto, para a surpresa dos trabalhadores, a proposta inicial dos empresários foi um reajuste zero, justificativa prontamente rejeitada pelo Sintrahg. Posteriormente, os empresários apresentaram uma nova proposta: 2% de reajuste, valor que sequer cobre a inflação acumulada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que está em 4,6%. A oferta foi novamente rechaçada, sendo classificada como “inadmissível”.
Conversas nesta semana
O Sintrahg informou que, nesta terça-feira (26), em mais uma rodada de negociações, a postura patronal pouco avançou. O sindicato dos trabalhadores informou que sua proposta, aceitando excepcionalmente o reajuste equivalente ao INPC (4,6%), desde que houvesse um aumento maior no piso salarial, foi rejeitada pelos empresários, que insistiram em parcelar o índice. Esse parcelamento foi prontamente recusado pelos representantes dos trabalhadores.
Manifestação do presidente
Segundo o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, falta sensibilidade e respeito à categoria por parte dos empresários. “Nós, do sindicato, abrimos mão de parte da nossa reivindicação para viabilizar um acordo. Já eles, nem ao menos aceitam conceder o mínimo que seria o INPC integral. É inadmissível que os empresários tratem com tanto descaso aqueles que são fundamentais para o sucesso do setor. Gramado vive um momento de recuperação graças à dedicação de nossa mão de obra qualificada, que atende com excelência o turista. Sem esses trabalhadores, o crescimento não seria possível. Será que valorizar esse esforço é pedir demais? Estamos fazendo nossa parte, mas esperamos que os empresários também façam a deles. Sem valorização da categoria, não há futuro promissor para o setor”, concluiu o presidente Rodrigo Callais.
Sobre o Sindtur
Fiz contato com a assessoria de comunicação do Sindtur, entidade que representa a classe patronal, para saber um posicionamento sobre como estão tratando essas negociações, mas até o fechamento da edição não obtive retorno.

Campeão mundial
Tem canelense campeão do mundo. Trata-se de César Velho, que conquistou o Mundial de Jiu-Jitsu ocorrido entre os dias 21 e 24, durante competição realizada em São Paulo (SP). Foram três lutas pela categoria Master 4, peso médio até 82,300 kg, faixa marrom. O campeonato mundial encerrou a temporada 2024. As próximas competições agendadas são o Campeonato AJP Internacional em Gramado e o Sul Brasileiro em São José, Santa Catarina. Em fevereiro deste ano, César conquistou a AJP Internacional de Gramado e ficou na terceira colocação no Estadual Sem Kimono nesta temporada. César é também professor para crianças e adultos e ministra aulas para os alunos no Centro Social Padre Franco.
Representante no vôlei

Está na essência, no sangue, a qualidade no vôlei. A jovem Manuellla Dias (em pé no centro da foto, atrás da bandeira do estado), moradora de Gramado, filha de Bartolomeu Dias e de Sandro Foss, atleta Master da Liga Gaúcha de Vôlei. A garota, que atua pela Escola Bom Pastor de Nova Petrópolis, está na Seleção Gaúcha, participando na Paraíba dos Jogos da Juventude, que estão ocorrendo nesta semana. Está no caminho certo, tem o aprendizado de casa e agora desbravando as quadras do Brasil, levando o nome da cidade. Quem sabe no futuro veremos Manuella em equipes profissionais e, por que não, vestindo a amarelinha.