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Fim de festa

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As sessões da Câmara de Gramado estão em clima de despedida. Digo sempre, saíntes. É compreensível: Dos nove vereadores que fizeram a sessão de ontem, só um deve estar presente em janeiro, Ike Koetz. Renan Sartori, Cicero Altreiter e Professor Daniel foram despedidos pelo eleitor. Já, Volnei da Saúde, Rosi Ecker, e Andreia Rech, sequer concorreram. Ike deve sair no início de novembro agora, mas volta em janeiro, para cumprir o mandato na Câmara, e Rafael Ronsoni é outro que deve ficar só até fim do ano quando volta para ‘alguma’ secretaria municipal. Há um espaço para discutir a sua permanência no legislativo neste primeiro ano se for o presidente. E, como o mais votado de todos, parece depender só dele a decisão. A sessão de ontem não teve nem o espaço das Explicações Pessoais porque ninguém se inscreveu para falar. É todo mundo jogando com o regulamento embaixo do braço.

Saúde é o que mais preocupa os menos privilegiados

Ontem a vereadora eleita Graziela Hoffmann (PDT), Canela, foi a entrevistada do Jornal Integração, ao vivo pela página do Facebook. Fala muito bem. Tem família e bons orientadores. Prometeu ser a mesma da campanha durante o mandato, mas que vai sim, melhorando como parlamentar ao longo do tempo, assim como julga ter melhorado como pessoa durante a campanha. Da sociedade civil ouviu muito sobre saúde, vagas para creches e alagamentos. Da sociedade empresarial sobre turismo, eventos etc..
Gostei muito do posicionamento dela e juntando com o que disse na entrevista semana passado o Nene Abreu (MDB), me encanta a renovação que teremos na Câmara, em janeiro (fevereiro, porque janeiro estarão de férias).

Companheirada

O mexe-mexe para favorecer companheiros, deixando todo mundo feliz para o final do mandato, também provoca novidades na Câmara de Canela. Na sessão de ontem entraram os suplentes Paulo Rodrigues, o Paulo Gordo, pelo MDB, que foi apenas o 15º mais votado de 17 concorrentes, com apenas 275 votos, e pelo PDT, participou Gabriela Thomazi Cézar, 11º primeira mais votada de 16 concorrentes, com apenas 158 votos. Ainda assim, percebe-se a importância de cabeças novas no legislativo, trazendo pautas diferentes daquelas que já estamos até o pescoço.

Sobre IA.

O artigo de PEDRO DORIA, publicado ontem na página 03 do jornal O Globo é de leitura indispensável. Esta tal de IA vai entrar nas nossas vidas queiramos ou não. Logo, é melhor já ir se acostumando. O escrito fala sobre as regras que o estado americano com maior número de empresas de Inteligência Artificial está lidando com a regulamentação. Segue a íntegra:
“Muitos parlamentos pelo mundo, incluindo o nosso, estão ainda imobilizados perante a inteligência artificial. Mas, curiosamente, nas últimas semanas o Poder Legislativo da Califórnia aprovou pelo menos uma dezena de leis que o governador Gavin Newsom sancionou. Poderia ser apenas um estado americano a mais, só que não é. Hollywood fica na Califórnia, e o Vale do Silício também. Alguns dos principais interessados no tema, neste momento, são de lá. Newsom é de San Francisco, cidade em que algumas das principais companhias de IA têm sede. Por ser um político local, foi eleito comas doações de dinheiro de meio Vale. O jeito como a Califórnia regula IA impactará legisladores em todo o mundo. Duas das leis estão diretamente ligadas à cultura. Uma obriga que, quando a imagem ou a voz de um artista forem representadas por inteligência artificial, isso seja dito ao público. Ninguém pode ser enganado. Além disso, o uso de imagem e voz só pode ocorrer mediante contrato assinado. O artista tem o direito de aprovar a obra criada pelo computador e pode cobrar quanto quiser para autorizar réplicas digitais. A segunda lei dá esse mesmo controle aos herdeiros de artistas, no caso de uso comercial. Outras duas leis miram profissionais de saúde. Médicos, na Califórnia, agora precisam avisar seus pacientes sempre que enviarem informação clínica usando IA generativa. Pode ser o texto de um e-mail, um exame de imagem que tenha sido manipulado para ficar mais nítido, não importa. Se a inteligência artificial contribuiu para processar aquela informação específica, o paciente precisa ser avisado. E não só. Haverá limites para automação em toda a indústria—seguradoras, hospitais e clínicas, assim como os próprios profissionais de saúde, não podem tirar quaisquer conclusões baseadas apenas no computador. Tudo precisa sempre ser revisado por um médico ou profissional competente. Uma lei trata de desinformação eleitoral —e essa é radical. Se vídeo ou foto falsa de candidato forem publicados numa rede social, quem distribui a desinformação poderá ser processado criminalmente. Será preciso provar que agiu de má-fé, mas é a primeira vez que uma lei assim, nos Estados Unidos, responsabiliza diretamente quem atua para desinformar. A sexualidade, evidentemente, tinha de estar na lista. Todos têm preocupação com deepfakes, as fotografias ou vídeos artificiais em que pessoas de verdade aparecem nuas ou em situação erotizada. Criar ou distribuir imagens desse tipo que pareçam autênticas agora é crime no estado. Uma segunda lei obriga todas as grandes plataformas que hospedam conteúdo produzido por terceiros a fornecer um mecanismo para vítimas desse tipo de ataque pornográfico poderem imediatamente sinalizar que as imagens estão lá. Perante o aviso, todas as cópias precisam ser retiradas imediatamente. A análise sobre se as imagens foram mesmo construídas com IA deve ser feita depois da retirada, não antes. Não foi só isso. Todas as imagens produzidas com IA, no estado da Califórnia, precisam agora ter uma marca-d’água digital. Não é algo que se veja a olho nu. Mas todas as plataformas que geram imagem, seja estática, seja vídeo, são obrigadas a fornecer um aplicativo gratuito que qualquer um possa usar com facilidade. Esse app informa, imediatamente, se o desenho, foto ou filme foi inventado pelo computador. Na Califórnia, que tem uma Assembleia Legislativa e um Senado estadual, como é comum nos Estados Unidos, o primeiro semestre foi intenso, com debates e audiências públicas para que deputados e senadores pudessem entender em que áreas deveriam se concentrar com urgência e a natureza das regras que deveriam criar. Optaram por este caminho: em vez de criar uma grande lei de IA, parlamentares se dividiram em seus gabinetes redigindo várias leis com foco específico. Ao dividir o esforço, tiveram tempo de produzir muito sobre um assunto complexo, porém em poucos meses. Além disso, como a maioria das empresas americanas de IA são californianas, todas meio que já saem de cara tendo de obedecer a essas leis. É claro que não precisam aplicar as mesmas regras fora do estado, porém a tendência é que as incorporem a suas políticas internas. Houve, porém, uma lei que Newsom vetou, a mais polêmica de todas. Ela obriga quem constrói modelos de IA a testar pesadamente quaisquer problemas. O governador afirmou que é o tipo da lei que tira do jogo as empresas pequenas —só as gigantes conseguiriam cumpri-la”.

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