A sábia decisão da Stone de assumir o prejuízo dos comerciantes com a falência da Bela Pagamentos vai injetar quase R$ 9 milhões na economia, a maior parte disso em Gramado. E de forma bem pulverizada, pois são, segundo a Stone, 800 negócios, média próxima de R$ 11 mil por caso.
Ontem, foi a primeira vez que eu consegui conversar pessoalmente e ouvir as explicações da Stone para o caso. Com o pessoal da Bela eu tinha conversado lá no início do problema. Assim, cumprindo o que prometeu nas reuniões desta semana, fica tudo certo com os credores, que não têm nada a ver com o rolo e depois as duas, Stone e Bela, se entendem do jeito que for. A sociedade estará isenta desta ‘briga’.
Eleições 2020
Depois da saída do secretário do Turismo, por não compatibilizar com as ideias eleitorais do Executivo na busca pela sucessão, mais mudanças virão pelo mesmo motivo? Pois para emplacar um segundo mandato, pelo que avalio, muita coisa precisa mudar. Hoje, acho que não decolaria.
Evandro candidato
A situação deverá vir com o atual vice-prefeito, Evandro Moschem (MDB), numa conjuntura que tentará manter o grupo político (MDB, PDT e PT) no paço municipal. A esta altura do campeonato, na medida que o MDB não se retirou do governo, espaço para um desvinculamento, uma ‘desresponsabilização’ sobre o que está aí, não há. O MDB notoriamente não está satisfeito com o desempenho do governo, encabeçado pelo Fedoca, mas não conseguiu sair em tempo de defender uma independência na próxima campanha. Como, aparentemente, Fedoca tem ciência de que ele próprio não passaria de 7% a 10% dos votos, desde logo abdica de buscar um segundo mandato. Assim, entra a galinha dos ovos de ouro desta coligação, o jovem inquieto, insatisfeito desde antes daquele 1º de janeiro de 2017 (quando Fedoca assumiu), e mola propulsora daquela vitória (eleição de outubro de 2016), é a alternativa para tentar manter o grupo na prefeitura.
Evandro não quer
Acontece que o Evandro afirma que não pretende concorrer a nada neste pleito. Tem seus negócios e também a família. Mas, como me disse um amigo seu esta semana, “ele não é só dele”. A fonte da coluna invoca a questão recíproca, ora um vai pro sacrifício em nome do outro e na sequência tem a contrapartida. Os emedebistas elegeram Evandro vereador em 2012 e vice-prefeito em 2016. E, sabendo da fragilidade do PDT, partido do prefeito Fedoca, que quase nem existe em Gramado, dá mesmo de entender a importância da militância para o sucesso do Evandro, a estrela do 15.
E Evandro só já não saiu do governo até hoje, embora sua discordância com as principais ações do prefeito, pelos companheiros de partido. Logo, se for, e será, chamado novamente, não há de correr.
Da oposição
A oposição de Gramado praticamente se resume ao Progressistas. E, a princípio, com Nestor no páreo, o assunto ‘cabeça de chapa’ está encerrado. A questão é o vice. Aí tem vários interessados. Se a vaga ficar para alguém do próprio partido, deverá se repetir a dupla que comandou Gramado de 2009 a 2016, Nestor e Luia.
A condição de entregar a vaga de vice ao PSDB parece remota. Embora o partido se ensaie até mesmo para se juntar ao grupo que hoje administra a cidade, não deverá ter forças para se desvincular do Progressistas com quem andou de mãos dadas de 2000 a 2016. Dois ou três membros talvez teriam essa coragem, mas o resto do diretório nem cogita isso. E para candidatura própria os tucanos também não têm asas suficientes.
Elefante em loja de cristais
O problema do Progressistas é ele mesmo. O partido ficou tão grande que agora tem dificuldades de lidar com um corpo deste tamanho. É só observar que de nove, cinco vereadores são do partido. E mais uma se elegeu apoiando a coligação. Essa dificuldade ficou bem clara durante o mandato de presidente do Rafael Ronsoni, que perdeu um componente da mesa diretiva por essa questão (do relacionamento com colegas de partido). E se elegeu sem um dos 4 votos dos correligionários, sendo exatamente o da atual presidente Rosi Ecker. Na sessão de posse, segunda-feira, em sua fala, Rafael a citou carinhosamente, mas ela não o citou em nenhum momento.
Canela no rumo certo
Acho que este slogan era do prefeito Cléo. Mas a coisa está acontecendo só agora com o Constantino. Os números apresentados na última quarta-feira, quando o prefeito fez sua prestação de contas do ano de 2019, mostram claramente o avanço econômico de Canela. Não entrarei a fundo nos números aqui porque temos a matéria nesta edição com um breve resumo. Mas, para termos uma ideia, só o prédio Laghetto Vivace, que está sendo levantado na Av. Osvaldo Aranha, com 85 unidades, teve 65 vendidas, que arrecadaram R$ 402.858,32 em ITBI – Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis. O Canela Boulevard, na esquina da Osvaldo Aranha com a Paul Harris, tem previsão de arrecadar em IPTU R$ 240 mil. Isso é retorno direto, mas quantos empregos cada um desses gera? Nunca é demais lembrar que Canela tem mais de sete mil trabalhadores se deslocando, todos os dias, para outros municípios para bater o cartão. E ontem foi assinada a ordem de início do asfaltamento da estrada Caracol/Ferradura. Outro marco para o desenvolvimento do município. Vai transformar aquela região.
Pesquisa constante
O jornalista/colunista fica sempre perguntando a intenção de voto dos seus contatos. Até sem perguntar diretamente, as pessoas costumam direcionar o papo para as questões municipais, como estradas, educação, saúde e etc., de maneira que a gente já capta a aprovação do prefeito, ou rejeição.
Constantino se reelege
Por estas análises é de se imaginar que o prefeito de Canela consegue um segundo mandato. Pelo que se vê e lê nas redes sociais, idem. Ontem disse um amigo com quem eu conversava sobre essa possibilidade: “Pelo tanto que tem feito, não sei de onde vem tanta verba”.
Gre-Nal
Enquanto Grêmio e Inter constroem o elenco, as equipes, os torcedores ficam só na expectativa. Depois, quando entrarem em campo é que virão as decepções (rsrsr). É só aguardar! Aqui o bom é aquele que ganha o Gauchão, pois outros títulos não nos pertencem mais…
