Estamos a um ano das eleições municiais de 2020. O pleito está marcado para o dia 04 de outubro, e hoje é dia.
A grande novidade da eleição será a ausência de coligações para vereança. A partir desta eleição cada partido tem que se virar sozinho com candidatos. Se não fizer o coeficiente, fica fora da Câmara. Em Gramado o coeficiente deverá ficar entre 2.500 e 2.800 votos (chega-se ao coeficiente dividindo o total de votos válidos para vereador pelo número de cadeiras, no caso de Gramado são nove. Em Canela são 11 vagas). Significa dizer que o partido tem de fazer esse número de sufrágios para eleger um vereador, se todos juntos não atingirem esse tanto, mesmo que um deles sozinho tenha feito dois mil votos, por exemplo, fica fora. Ruim para pequenos partidos.
Troca-troca
Obviamente essa situação põe os gansos em alerta. Ninguém dorme com um barulho desses. Em Gramado, por exemplo, possivelmente só dois partidos fariam vereadores: Progressistas e MDB. Hoje, além destes, PT e PRB tem uma cadeira cada. MDB tem duas e as outras cinco são do Progressistas.
Especulações
Como para os pequenos ficou realmente difícil atingir esse mínimo de votos, quem acha que tem condições de se eleger e está num desses, certamente pensa em encontrar um partido maior. Em Gramado tem de tudo: Progressista pensando em ir para o MDB; petista olhando para os lados também, até para o Progressistas, entre outros mexe mexe que se articulam. Os últimos fatos embaralharam a coisa.
Disputas internas
Por enquanto, no entanto, as disputas ainda se resumem aos membros de cada partido. Cada um buscando seu espaço. Aproveitando-se do dia que marcou o um ano até as eleições, dois vereadores do Progressistas publicaram em suas redes suas pré-candidaturas a prefeito de Gramado. LuiaBarbacovi acrescentou, inclusive, que não pretende buscar a reeleição a vereador. Ubiratã de Oliveira apenas lançou sua pré-candidatura. Na real, ambos estão de olho no que vai acontecer com Nestor Tissot. Se ele concorrer resta a briga pela vaga de vice, mas se não, fica tudo aberto.
A ponte das Hortênsias
Uma ponte com 200 metros de profundidade e 800 de extensão ligará Caxias do Sul a Gramado depois do aeroporto de Vila Oliva.
A reunião com o senador Luiz Carlos Heinze, ontem na Prefeitura de Gramado sobre o tema, deixou os olhos dos presentes brilhando. O senador é bastante objetivo e tem prazo para apresentar o projeto com licenças ambientais aprovadas, tanto para o aeroporto quanto para os acessos, e a desapropriação de pelo menos uma das quatro áreas que compõem os 450 hectares para o empreendimento e garantir R$ 190 milhões de recursos federais empenhados. E os orçamentos municipais estão nas Câmaras e ali já deverá constas possíveis investimentos dos municípios nesta obra (no caso de Gramado, no asfaltamento até a divisa).
Muitas dúvidas
O senador Heinze está muito decidido. Para ele tudo vai andar bem, as coisas irão acontecer e o aeroporto, bem como o acesso a Gramado, estarão prontos em quatro anos, pois para ele “está tudo pronto”, como expressou. Mas tem muita coisa que precisa dar certo: Não há questão fechada. Parte de Caxias do Sul e o Governo do Estado, pensam na terceirização e ampliação do Hugo Cantergiani, atual aeroporto de Caxias do Sul, por enquanto. As licenças e as desapropriações ainda não aconteceram. O Estado e a União estão sem dinheiro algum, isso dito inclusive pelo senador. Há um trocado (R$ 190 milhões) para dar início, depois terá de ser com a iniciativa privada, com concessões, pedágio… O prefeito Fedoca disse que não tem preferência entre esse de Vila Oliva e o de Canela, apenas entende que algo precisa acontecer para acabar com a “miséria” de trazer os turistas de Porto Alegre. Como sabemos e apresentado na reunião, a distância se resumiria a 24 quilômetros e o tráfego ficaria livre de Porto Alegre e Caxias, seria praticamente exclusivo para o turismo.
Planos e projetos
A ponte de 200 metros de altura e 800 de extensão seria, por si só, provavelmente um dos mais lindos pontos turísticos. E simplificaria a obra viária pois as duas chegadas ao rio deixariam de existir. Mas, embora a torcida, vejo muita dificuldade. Tomara que sejam superadas. E o senador tem razão: é agora ou nunca. Uma próxima reunião entre as duas Prefeituras e entidades empresariais deverá dar um sinal mais claro do que vai acontecer. Pois, 2020 já é ano eleitoral e até lá as licitações precisam estar andando. Depois, novos gestores, novas prioridades e a coisa desaba, cai no esquecimento. E o valor da ponte, conforme previsão de Caxias, seria de R$ 40 milhões, enquanto a Secretaria de Gramado acredita que não custe menos de R$ 300 milhões. Mostra quanto as coisas ainda estão embrionárias, até com traçado novo para a estrada, nos dois lados para chegar à ponte nova, ainda sem definição. Tem matéria nesta edição sobre a reunião e o vídeo da transmissão ao vivo está no topo do Face do JI, até às 18 horas de hoje para assistir.
Quebra-molas
A EMEI Altos da Viação Férrea recebeu placas, mas não o quebra-molas. Segundo o secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana, Luiz Quevedo, assim que estiverem na região fazendo alguma obra asfáltica, como a reforma do acesso, que está aos buracos, isso vai ser feito junto.
A rádio do Jornal Integração
A foto registra a presença, ontem pela manhã, no estúdio do Integração Digital – a rádio do Jornal Integração do Marcelo Neumann (E), DirleiSwaizer (C) e João Altreiter (D), membros da diretoria da Associação Vale das Montanhas, que surgiu a partir do movimento Pró-desenvolvimentos da Várzea Grande.
