Canela levou muito a sério a filosofia de marcar seu território. Isso é ótimo. O turista que vem de São Chico, sabe quando chega em Canela, pois há uma identificação ali na rótula em frente ao Santuário de Caravaggio. Para os que vêm por Gramado, então, nem se fala. Nas entradas e nos principais pontos turísticos a cidade se apresenta. E não é só isso, Canela se apresenta com uma linguagem arrojada usando os letreiros com o tradicional coração e, mais bonito ainda, com os estilos rústicos em madeira.
Nesta semana, ao divulgar o 3º Petit Sabores de Canela, na praça, me chamou a atenção esta imagem. Neste ângulo privilegiado do fotógrafo Cleiton Thiele, a cidade diz seu nome ao visitante várias vezes.
Não há cartel
Ontem o vereador Jonas Bernardo (Progressistas) divulgou o resultado de uma apuração realizada pelo Ministério Público (MP) de Canela. Ao longo deste ano, o parlamentar fez um requerimento no MP para investigar o alto custo dos combustíveis praticados pelos postos na cidade. A intenção era desvendar os motivos para tanta diferença nos preços praticados aqui perante as abastecedoras de, por exemplo, Igrejinha e Três Coroas.
Conforme o que divulgou o vereador: “Após a conclusão do inquérito, ficou comprovado que não existe qualquer espécie de cartel ou organização que pudesse comandar os preços cobrados nos postos do município. A grande diferença é que em cidades como Novo Hamburgo, Igrejinha, Três Coroas e Sapiranga os postos conseguem, às vezes, a gasolina com melhor preço, sendo 15% a 20% mais baixa que a Serra por conta do fluxo de venda dos combustíveis, e também por bandeira branca”.
Compromisso com a cidadania
O dia 1º de outubro é o Dia do Vereador. E por conta desta data e especialmente pela importância do Poder Legislativo, a professora Maristela Bortolini, da escola estadual Luiza Corrêa, levou um grupo de alunos até a Câmara de Vereadores para uma visita. Ali os estudantes foram recebidos pelo diretor da Casa, Luiz Fernando Souza da Silva, que explicou como são desempenhados os serviços do Legislativo e como é a atuação dos vereadores.
Baita iniciativa, professora. É gigantesca a importância da sociedade, especialmente nessa fase da vida, em ter conhecimento acerca do papel e das atribuições de um vereador. Parabéns!
Um novo hospital
Na semana passada, em função do caderno de turismo que o Jornal Integração fez, não consegui tempo suficiente para editar esta coluna. Mas, permitam-me compartilhar alguns pontos sobre a votação do projeto que autoriza a Prefeitura a permutar a área das ruínas do cassino pela construção de um hospital. Todos já sabem que a Câmara de Vereadores aprovou, aliás, todos já sabiam que seria aprovado.
Um novo hospital para Canela é mais que uma necessidade, é fundamental e, sabendo disso, essa construção virou a menina dos olhos para o governo de Constantino Orsolin. É a grande sacada, o suprassumo desta administração. Tanto que a ideia passou a ser levada à comunidade e a unanimidade foi instantânea. Politicamente, o prefeito trouxe toda a opinião popular para o seu lado.
Pacificação política
Eu já havia dito aqui neste espaço que a tal pacificação política que se prega é só conversa pra boi dormir. E novamente vimos isso agora com o projeto da permuta da área do cassino. É uma pena. Na teoria é lindo, mas na prática…
Na terça-feira pela manhã, cedinho, já me perguntavam se eu ia publicar os nomes dos dois vereadores que votaram contra o projeto, como se eles tivessem cometido um pecado mortal. Eu tenho minha opinião, você tem a sua, o vereador tem a dele. Tudo normal, certo? Parece que não.
Ismael Viezze e Carmen Seibt votaram contra as condições do projeto, o que não significa que são contra um novo hospital. O lamentável nesse enredo é que o posicionamento de cada logo foi usado de forma política contra eles como se tivessem cometido um ato de terrorismo. Pra mim, tudo é compreensível, tudo, é salutar ter divergência. E usar o vota contra de ambos para jogá-los contra a opinião pública também faz parte do jogo. Afinal, é como eu disse, um novo hospital é o suprassumo do governo Orsolin.
As justificativas…
Ismael Viezze fez uma emenda para tentar garantir a preservação das ruínas do cassino. “No imóvel a ser desafetado (cassino) o particular deverá preservar, revitalizar e integrar a edificação das ruínas ao uso turístico do empreendimento”, dizia a emenda. “O terreno tem 33 mil metros quadrados, então não são os 3 mil metros de ruínas que vão impedir de se fazer qualquer tipo de empreendimento lá”, justificou. Sua emenda foi rejeitada por 6 a 5 com voto de minerva de Marcelo Savi e por isso ele votou contra a permuta.
No caso da Carmen, foram as dúvidas que lhe levaram a votar contra. “Eu não sou contra um novo hospital, mas com o valor desta permuta vai ser possível construir todo um novo prédio e depois equipar todo o novo hospital?”.
Eu não concordo com eles, mas admito que suas ponderações foram coerentes. Ponto, segue o baile. Tosa de porco é só pra gerar desgaste.
Próxima etapa
Com a autorização concedida pela Câmara, agora o Poder Executivo se debruça em fazer o edital com as regras para o uso da área do cassino. O terreno será negociado com quem pagar mais. Mas atenção, a Prefeitura, em hipótese alguma, pode receber o valor da área do cassino em dinheiro. O pagamento será em área construída.
Foto: Cleiton Thiele