A definição do dicionário para culhões é a seguinte: Culhões são os testículos em linguagem chula. O termo também é usado no sentido de ter coragem para fazer algo. A bola o atingiu nos culhões. Ele teve culhões, e enfrentou o valentão do bairro.
No meio político o termo é usado para definir coragem. Mas vai ficando cada vez mais fora de uso, eis que antiquado, e como dito, chulo. Antiquado porque criado em tempos que política era coisa de homem, hoje em dia as mulheres são cada vez mais presentes e aí de vez que o termo fica chulo e sem sentido.
Porém, peço licença aos leitores para usá-lo mais uma vez, nem que seja a última, para definir a atitude do prefeito Nestor em colocar um ponto final na novela do Hospital São Miguel: Esse tem culhões! O anterior colocou no Plano de Governo e passou quatro anos falando e não mexeu uma palha, logo, Fedoca não tem culhões, ou não teve. Nestor tem. Como eu sempre digo, aproveitemos o Nestor, porque isso vai passar. A era Pedro Bala e Nestor está na reta final. Será que Gramado tem mais alguém com culhões?
Quanto a paternidade, agora que o bebê está batizando surgem vários, diversos e muitos querendo assumi-la.
Em relação a ação do Governo em comprar o HASM vejo como a saída única e necessária diante do cenário construído desde que o grupo Zeferin e Coelho anunciou a compra em agosto de 2021 e não deu sequência. Agora, o simples fato de ser de propriedade do Município não garante nada. Trata-se de uma empresa pública, gerida por servidores públicos, como uma Prefeitura. E se vai funcionar bem depende dessas pessoas, que grande parte delas vai ser trocada a cada gestão municipal, que é de apenas 4 anos e será utilizado a cada eleição como trampolim para os candidatos. Por enquanto, a única que se deu realmente bem foi a Sefas, que vendeu por um altíssimo valor um empreendimento que se dependesse dela teria fechado lá em 2016. E vendeu um imóvel por este altíssimo valor (R$ 40 milhões), que outrora Gramado doou, ou, gramadenses doaram. Ficou igual ao terreno doado pelo município para o Judiciário através da lei municipal Nº 661, em 04 de junho de 1982, para a residência do Juiz, que hoje é de propriedade do ex-prefeito Fedoca, sem que o Município fosse ressarcido.
De todo o modo valeu muito a aquisição, que vai se confirmar nos próximos dias, já que na terça-feira foi dado o aval pela sociedade apenas, e o contrato de aquisição está em formação, pela parte emotiva, como explicou lá na Audiência Pública o professor Romeu Riegel. Gramado quer se sentir dona do São Miguel, então que seja assim e certamente a sociedade vai ajudar o máximo para que sempre atenda bem quem precisa. Lembrando que Gramado tem apenas um hospital, assim como era em 1937, como lembrado pelo professor. Se lá mantinham um, com toda a evolução econômica que tivemos não deve ser tão difícil. O presidente da Câmara, Celso Fioreze, não falou no evento, mas disse ao colunista que se falece seria apenas isso, que após toda essa evolução econômica continuamos com apenas um hospital para todos juntos cuidarmos.
HCC vai no mesmo caminho
Canela investe alto no Caridade e segue sem dono, ou quem sabe a partir da sanidade total das contas apareça um. O certo é que não é do município o hospital. E o mandato do prefeito atual termina em pouco mais de um ano.
Filantropia
A grande questão dos hospitais é a tal filantropia. São empresas, CNPJs que comprovaram ao longo do tempo atuarem em ações sociais e sem fins lucrativos, por isso têm direito à isenção de impostos. Em Canela me parece que ainda é possível o município ‘comprar’ o CNPJ atual do HCC e seguir atuando normalmente. Mas o de Gramado não é possível pois a Sefas gere outros hospitais com o mesmo CNPJ. Então, além de muitas, tem mais esta luta pela frente para o São Miguel.
Sem reforma
O Senado acabou não votando a minirreforma eleitoral proposta pela Câmara dos Deputados e aprovada por ampla maioria, 367 votos favoráveis, de 513, no meio do mês de setembro, mas não andou no Senado até hoje, quando seria o último dia para ser assinada pelo presidente Lula e valer já para o pleito de 2024. Portanto teremos as mesmas regras da eleição passada.
Menos poder
Deputados e senadores estão se movimentando para travar o poder absoluto e absurdo do STF. Uma emenda à Constituição foi aprovada na Câmara dos Deputados esta semana, agora vai para o Senado e se aprovada vai dar uma refrescada nos planos da Suprema Corte. Os deputados apelidaram de ‘a PEC da Usurpação de Poder’, pois os legisladores entendem que o STF está fazendo tudo: legislando, executando, investigando e julgando a bel prazer e fora da Constituição. Vamos ver no que vai dar isso no Senado, daí a gente entra mais nos detalhes.
Economia
Já estamos em outubro, último trimestre de 2023. A 20 dias da abertura do Natal Luz e do Sonho de Natal, 21 dias. Também estamos a 20 dias para a abertura do 1º Congresso Brasileiro de Vereadores e Assessores que vai reunir vereadores e servidores de todo o Brasil em Gramado. Em novembro teremos o Festuris e a Zero Grau. Fomos classificados como melhor destino de inverno, agora vamos caprichar na Primavera e Verão. E já nesta próxima semana temos o feriado do Dia das Crianças que promete incrementar um pouco as vendas. Quinta-feira é dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e protetora das crianças. Então, a expectativa é de feriadão movimentado por aqui.
Novos tempos
Os visitantes e donos de carros elétricos que chegam ao Espaço Kempinski Laje de Pedra em Canela encontram um equipamento inédito. Primeira estação de carregamento rápido situada em um hotel no Brasil, a espécie de totem funciona com carga de corrente contínua com velocidade de carregamento de 60kwh e potência de 500V. Em apenas 30 minutos é possível recarregar o carro elétrico e seguir o passeio pela Serra gaúcha. A tecnologia representa uma economia de 80% no tempo em relação aos equipamentos mais comuns, que funcionam com corrente alternada e entregam 7KwH e, com isso, levam de 3 a 9 horas para recarregar.
Ela quer ser presidente
A vereadora RosiEcker Schmitt disse esta semana no programa O Voto de Minerva aqui no Integração que gostaria de ser novamente presidente da Câmara. Como sabemos há um acordo de cavalheiros entre os nove vereadores dos quatro partidos (PSDB, MDB, PP e PT) que cada um faria a gestão do legislativo por um dos quatro anos da legislatura. Assim, seria a vez do PP. E é ali que reside a encrenca. O partido tem mais de um interessado na vaga e precisa de um entendimento entre a vereadora Rosi e o Volnei da Saúde. Rosi foi a presidente no último ano da legislatura passada, em 2020, mas como foi o ano da pandemia acabou não tendo muitas oportunidades de executar suas ideias, pois o Mundo acabou se focando nas questões de saúde. Joel e Neri da Farmácia como são suplentes não entram na disputa, pois logo ali em final de março terão de entregar os cargos aos titulares, Rafael Ronsoni e Ike Koetz, que deverão entregar as Secretarias de Obras e Agricultura e Inovação, respectivamente, se quiserem concorrer novamente.