GRAMADO – Em outubro do ano passado foi promulgada a Lei da Família Acolhedora que possibilita o cuidado temporário em casas de famílias acolhedoras, para crianças, adolescentes ou grupo de irmãos que, no momento, não podem permanecer na sua família de origem.
A criança ou adolescente e sua família de origem serão acompanhados por assistente social, psicólogo do serviço, entre outros serviços. No início deste ano, a equipe que está colocando em prática o programa participou de diversas capacitações para colocar em prática o serviço, inclusive foi tema de reportagem do Jornal Integração.
Durante o mês de junho seis encontros foram realizados com as famílias interessadas em integrar o Serviço de Acolhimento. Durante as atividades, foram abordados temas como as responsabilidades jurídicas das famílias e o contexto emocional e comportamental das crianças e adolescentes com Medida Protetiva de Acolhimento.
Na tarde desta segunda-feira (24), aconteceu a segunda etapa do Processo de Capacitação das Famílias Acolhedoras. Esse encontro faz parte para que as famílias entendam as responsabilidades jurídicas das famílias e o contexto emocional e comportamental das crianças e adolescentes com Medida Protetiva de Acolhimento.
O encontro aconteceu no auditório da Prefeitura, contando com a presença da Assistente Social Neusa Cerutti, profissional que se destaca pelo trabalho na assessoria a municípios em todo o Brasil, para implantação do serviço de Família Acolhedora, e do Ministério Público, por meio do promotor Max Guazzelli que exalta a importância deste encontro.
“É através desse trabalho que é feito por nós aqui em Gramado, que comprova a possibilidade de hoje estarmos com essa capacitação.”
Encontros com as famílias
A assistente social Ana Claudia Piassa explicou como está sendo o processo dos encontros em que cinco famílias estão participando. “Junto com a psicóloga Camila Webster, abordamos temas e reflexões sobre os direitos da criança e do adolescente, histórico de acolhimentos institucionais no Brasil, comportamentos delas como vítimas de violência, responsabilidades das Famílias Acolhedoras e dos órgãos de proteção (Conselho Tutelar, Ministério Público e Fórum). Cuidados de saúde mental da criança e do adolescente e da família acolhedora. Para abordar alguns temas, a equipe conta com a participação de profissionais da Rede de Serviços e do Sistema de Justiça”, comentou.
Para que a criança ou adolescente seja acolhido por alguma família, deve seguir alguns critérios. A assistente social mencionou que são crianças e adolescentes inseridas no Serviço de Acolhimento Familiar é o mesmo do abrigo. “Principalmente com medida de proteção de acolhimento, afastadas de casa e sua família, devido a situações de risco. Então sim, a prioridade de inserção no Serviço de Família Acolhedora, são os acolhidos do abrigo municipal Recanto da Criança e do Adolescente”, descreveu.
Ana Cláudia pontuou que os moradores do município de Gramado que se sensibilizaram com a proposta do serviço, podem procurar a sede dos Serviços de Alta Complexidade de assistência social, localizada na rua Augusto Bordin, 296, bairro Floresta, para buscar informações e agendar atendimento. Ou ainda, contatar a equipe, por meio dos telefones (54) 3286.1339 ou (54) 98402.0349, também WhatsApp.
Texto: Tiago Manique – [email protected].
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