GRAMADO – Mais de 600 inscrições no 43º Rodeio Crioulo Nacional e 2º Rodeio Internacional de Gramado. Laçadores de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Acre, além de diversas cidades do Rio Grande do Sul, estão no Parque de Rodeio do CTG Manotaço. Ginetes do Uruguai e Argentina também circulam pela cidade.
Esta edição do evento tradicionalista está superando todas as expectativas. Na modalidade Astros do Laço, que dará mais de R$ 60 mil em prêmios e que faz os laçadores chamarem o rodeio de glamouroso, são cerca de 300 competidores. Na Força A desta modalidade, que reúne os 30 melhores do Brasil, o vencedor vai embolsar R$ 50 mil. No Laço Duplas são 200 inscrições confirmadas e na Gineteada a participação é por convite e tem 40 dos melhores ginetes. Nas provas artísticas (gaita, intérprete vocal e declamação), que ocorre no salão do Clube Gaúcho neste domingo, são 72 inscrições confirmadas.
“O Parque ficou pequeno, está lotado e ainda tem gente pra chegar. Além das cidades aqui do Rio Grande tem famílias que vieram de outros quatro estados para prestigiar o nosso rodeio, isso nos gratifica muito, porque nesse final de semana tem rodeio em Santa Catarina e teve gente de lá, que veio aqui. Esse reconhecimento do rodeio de Gramado com essa visibilidade nacional nos gratifica muito”, comentou o patrão do CTG, Beno Franck Júnior.
A programação segue até domingo com tiro de laço, gineteada, provas artísticas, bailes, praça de alimentação e comércio de artigos gauchescos.
BAILES – Nesta sexta-feira tem JJSV no galpão do Manotaço e neste sábado o baile vai ser animado pelo Bailaço. Os ingressos antecipados custam R$ 35 e podem ser adquiridos ali no rodeio, no Mundo das Capas (Gramado) e no Gyba Bazar (Canela). Haverá venda de ingressos na portaria do baile com outro valor. Menores de 14 anos não entram.
ECONOMIA – O rodeio, nessa época de baixa temporada para o turismo regional, reflete na economia da cidade. “Além de movimentar a parte cultural, também contribui com a parte econômica. Mercados, hotéis e restaurantes estão faturando, as agropecuárias também. Nos dias de evento é movimentado, seguramente, mais de R$ 150 mil. Muitos competidores trazem famílias e essas pessoas consomem no comércio local, tem gente que vem e fica hospedado em hotéis da cidade, os mercados que ficam entre o centro e o parque de rodeios se beneficiam deste fluxo, especialmente os açougues. O fomento econômico também reflete em geração de renda, aqui tem mais de 50 pessoas trabalhando diretamente no rodeio”, ponderou o patrão.
4.300 km percorridos para laçar em Gramado
Uma comitiva de oito pessoas percorreu cerca de 4.300 km de estradas com motorhome e caminhão com oito cavalos para disputar o tiro de laço no rodeio de Gramado. A equipe Rancho Marca V5 iniciou a viagem em janeiro partindo da cidade de Sena Madureira, no estado do Acre, (distante 137 km da capital Rio Branco).
O tradicionalista Paulo Sérgio é daqueles gaúchos de coração apaixonado pelo tiro de laço. Ele confirma que em outros anos já promoveram essa proeza de viajar para o sul em busca de uma boa competição, em anos anteriores já estiveram nos rodeios de Vacaria e Rolante. Em Gramado, a comitiva chegou terça-feira. “Eu já conhecia Gramado, mas no rodeio é a primeira vez. Que festa linda, nota mil para a organização e para a experiência que estamos vivendo. A gente gosta muito de vir para o sul, o povo daqui, o gaúcho, tem uma hospitalidade incrível e quando a gente chega dizendo que viemos do Acre, a recepção é sempre muito calorosa”, descreve.
Paulo Sérgio comenta que a modalidade esportiva do tiro de laço foi introduzida no Acre pelos sul-mato-grossenses e que lá na sede do Rancho Marca V5 está a maior cancha coberta da região norte do país. No rodeio do Manotaço, os oito laçadores do Rancho disputam a principal modalidade do evento, o Astros do Laço. Quatro deles inscritos na Força A, que reúne os 30 melhores laçadores do Brasil.
Depois de Gramado, a comitiva acreana segue viagem para outros três rodeios em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul e dali segue de volta ao Acre.
