No Parapan deste ano, Brasil conquistou oito medalhas, sendo três ouros, uma prata e quatro bronzes
Tiago Manique
REGIÃO – Uma ação inovadora na região que pretende inserir a pessoa com deficiência física no esporte começa dar suas primeiras pedaladas. O projeto denominado de “Improvisar, adaptar e superar no esporte”, liderado pelo morador de Gramado Guilherme Rocha da Silva, busca incluir a modalidade do paraciclismo, conhecido como o handbike, que é uma espécie de triciclo pedalado com as mãos. No velódromo, as bicicletas não têm marchas e a competição acontece em uma pista oval que varia entre 250 e 325 metros de extensão.
Velocidade em todas as provas é fundamental. Na estrada, os ciclistas de cada categoria largam ao mesmo tempo. As competições são as mais longas da modalidade, com até 120 km de percurso.
As disputas contra-relógio exigem mais velocidade que resistência. Os atletas largam de um em um minuto, pedalando contra o tempo. Nesta prova a posição dos ciclistas na pista não diz, necessariamente, a colocação real em que se encontram, pois tudo depende do tempo. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), sendo também um esporte paralímpico.
Neste primeiro momento o objetivo não é reunir competidores. Conforme o titular do projeto,houve a recente aprovação para receber auxílio financeiro do Governo do Estado pelo Programa Pró-Esporte, sendo o primeiro aprovado para esta modalidade no Rio Grande do Sul.
“Nossa finalidade é a inclusão social e proporcionar para que as pessoas com algum tipo de deficiência participem de atividades esportivas, que elas saibam quem procurar e é isso que queremos com o handbike, mostrar que temos potencial na região”, disse ele que recentemente realizou eventos, em Gramado dia 7na Vila Olímpica e em Canela sábado (14), no Parque do Lago.
Parque do Lago, em Canela, teve a mostra do handbike na semana passada
A Associação Canelense de Pessoas com Deficiência (ACPDF) é uma das entidades parceiras do projeto. Para Jonas Ludwig, vice-presidente, um dos maiores desafios é fazer com que as pessoas participem das ações, além de buscar parcerias conscientizando o poder público da região em realizar melhorias nos acessos e incentivar junto aos departamentos esportivos de Gramado e Canela e assistências sociais.
“Não dá para fazer nada sem incentivo, então precisamos unir forças que vamos conseguir esta mobilização. Ainda tem uma carência na região de estrutura para pessoas com deficiência e vamos também com o handbike conversar, conscientizar e buscar melhorias”, ressaltou Ludwig, citando que conforme mapeamento da ACPDF, mais de 50 pessoas possuem algum tipo de deficiência.
Além de Gramado e Canela, Três Coroas também fará parte do projeto com evento a ser programado no Vale do Paranhana até março de 2020. Além das parcerias já concretizadas, o grupo conta com o apoio do educador físico Flávio Agassiz.
Em Gramado foi realizada a apresentação do projeto na Vila Olímpica