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Libertadas 15 pessoas de trabalho escravo na região

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SÃO FRANCISCO DE PAULA – Na manhã de quarta-feira (6), a Brigada Militar (BM) realizou uma operação, que resultou na prisão de um homem e libertou 15 pessoas. Os funcionários estavam em situação de trabalho análogo ao escravo, em condições subumanas, em uma fazenda, na localidade de Lajeado Grande.

No último sábado (2) a BM recebeu denúncia, através do telefone de emergência 190, referente a trabalho escravo, que estaria sendo praticado em uma fazenda, localizada no interior de São Francisco de Paula. Segundo o próprio denunciante, ele estaria juntamente com mais treze pessoas, trabalhando no cultivo de alho, sem condições mínimas de alojamento, ainda com falta de comida, expostos ao frio e obrigados ao trabalho para pagamento do custeio das passagens.

O denunciante também relatou que a maioria dos trabalhadores são indígenas vindos do Paraná e da cidade de Erechim. Ainda, entre os trabalhadores, estaria uma mulher que atuava como cozinheira e seu filho de dois anos.

A Brigada Militar montou uma ação para localizar a fazenda e constatar tais crimes. Ainda comunicou os demais órgãos, providenciou a fiscalização e preparou a ação que culminou com a prisão do autor. Durante a operação, que contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho de Caxias do Sul e Secretaria de Assistência Social do município de São Francisco de Paula, as guarnições da BM deslocaram até ao local, onde foi constatado o fato e tomada as medidas.

No local foram encontradas 15 pessoas, sendo 12 homens (dentre estes dois menores) e duas mulheres, além de uma criança. Conforme uma das vítimas, eles trabalhavam na plantação de alho, no corte e armazenamento. O autor teria pago a passagem para eles virem do Paraná. Eles desembarcaram em Caxias do Sul e deslocaram de táxi até a fazenda. O valor do transporte era para ser pago pelo “empregador”, mas ao chegar ao local já foram informados que estavam em dívida pela passagem. Ainda estavam pagando até pela alimentação, a qual não era suficiente para todos. Os trabalhadores recebiam R$5 por caixa de alho.

Os Policiais Militares também constataram que o alojamento, assim como toda a estrutura era precária. O autor de 47 anos, confirmou ser o responsável pelo local, que arrendou as terras e contratou as pessoas. Ele foi preso em flagrante e encaminhado a Polícia Federal em Caxias do Sul. O Ministério Público do Trabalho adotou as providencias no sentido de calcular os valores das indenizações e o retorno das vítimas para suas cidades, responsabilizando o autor.

Crédito: Divulgação/BM

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