Por Eno Weber | [email protected]
Quem não conseguiu comparecer no Café de Homens do último sábado perdeu uma super lição de parte da história do povo alemão, esplanada pelo jovem escritor (34 anos) Felipe Kuhn Braun que é também jornalista e vereador em Novo Hamburgo. O tempo reservado para a palestra, cerca de uma hora, foi insuficiente para atingir o tema central do encontro que seria a colonização alemã no nosso Rio Grande, mas o suficiente para demonstrar a comunicação e domínio do assunto pelo escritor. Logo deverá ocorrer um novo encontro para concluir o assunto. Seguem algumas colocações que consegui anotar.
“Iniciei minhas pesquisas em 2001. Consegui compilar 22 mil nomes de pessoas que possuem algum parentesco comigo. Hoje já possuo listados 400 mil nomes de imigrantes alemães e descendentes”.
“Na época da imigração alemã as pessoas viviam entre 38 e 45 anos em média”
“A Alemanha diferente de outros países como Espanha e Portugal, somente em 1871 passou a existir como país, com unidade política”.
“As regiões ao redor da Alemanha de hoje formavam o Sacro Império Romano Germânico, uma nação com 15 milhões de habitantes com 90% dessa população sendo agricultores”.
“Foi o chanceler Otto Von Bismarck que unificou a Alemanha, a partir de uma série de estados e cidades. Era uma colcha de retalhos”.
“A invenção da prensa de Gutenberg favoreceu a ideia da Reforma de Lutero. A prensa lançou as bases tecnológicas para mudanças intelectuais, políticas e religiosas. Os livros tornaram-se acessíveis a pessoas comuns”.
“Antes de começarem a vir para o Brasil, alemães já imigravam para as Américas. EUA principalmente”.
“Havia tantos alemães nos EUA no final do século18, que houve necessidade de definição da língua oficial para o país: inglês ou alemão. O inglês venceu por um voto”.
“Lutero é considerado o pai da língua alemã”.
RÁPIDAS E SELECIONADAS
- O meu amigo Wanderlei Rigotto, o Leco, que presidiu por 12 anos o Conselho Financeiro da Paróquia Católica, informa ter encerrado sua participação no órgão. Nestes anos todos, o Leco conseguiu liderar uma importante revitalização das finanças da Paróquia, que hoje é superavitária. Trabalha no azul, entre outras realizações. Fato sem novidades, pois sabe-se da sua capacidade. O Conselho doravante será conduzido por três casais da comunidade.
- Classifico como a grande notícia do ano até aqui, esta da Escola Adolfo Seibt da Santa Marta ser transformada em Escola Cívico Militar. Assim como em qualquer atividade esta mudança passa pela gestão e como haverão recursos (um milhão de reais por ano) de repasse do governo Federal, contra 48 mil reais do Estado, tem tudo para dar certo. As ferramentas estão postas.
- A receita do Parque do Caracol coloca nos cofres municipais o equivalente aproximado a uma emenda parlamentar por mês, sem precisar ir a Brasília nem dever favor para deputado. É uma comparação possível de ser feita, havendo a perda pelo município da “administração” do conhecido Parque. Além da liberdade de aplicar livremente o recurso na atividade turística mais conveniente.
- Nosso orçamento anual é de R$ 256,2 milhões, que dá uma media mensal de R$ 21,35 milhões de receita. Em janeiro houve o recolhimento de R$ 27,21 milhões, significando um superávit no orçamento de R$ 5,86 milhões, ou seja, 27,48% acima do previsto. Deste total, R$ 6,7 milhões veio do IPTU e R$ 1,92 milhões da coleta de lixo.
- Neste dia 24, completou-se o 2° ano do falecimento do empresário Horst Volk aos 86 anos. Horst fundou e presidiu a maior empresa empregadora da região, a Ortopé, hoje extinta. Na política, foi vereador, interventor do município de Gramado, deputado estadual, secretário de estado. Por ter compartilhado de sua honrosa amizade, pude testemunhar o enorme amor que trazia no coração pela sua cidade de Gramado. Um detalhe importantíssimo da sua personalidade.
- No dia 22/02/1957, portanto há 65 anos, chegavam a Canela os primeiros três irmãos Maristas com a missão de fundar uma escola. Foi o primeiro passo para esta jóia de colégio que hoje temos servindo a nossa juventude.
“Só um tolo aprende com seus próprios erros; eu prefiro aprender com os erros dos outros”.
Bismarck
