Os aproximadamente 200 estudantes que lotaram as galerias da Câmara Municipal de Caxias do Sul na manhã desta quinta-feira (21) receberam apoio de diversos vereadores. Rafael Bueno (PDT) destacou que os professores estão há 47 meses recebendo os salários de forma parcelada e disse que os valores de novembro só serão inteiramente quitados em fevereiro de 2020. Edio Elói Frizzo (PSB) sugeriu, inclusive, que seu partido rompa com as bases aliadas do PSDB, sigla do governador Eduardo Leite. Para ele, o atual governador mentiu para a população. “Quando candidato, dizia que só precisaria administrar o caixa, e agora quer meter a mão até nos professores”, julgou Frizzo.
Gustavo Toigo (PDT) afirmou que o governo precisa de novas fontes de renda e pediu exclusão do regime de urgência. “No mínimo, que o governador retire o regime de urgência, pois um texto desse nível não se vota em 30 dias”, defendeu. Paulo Périco (MDB), que foi professor por mais de 30 anos, relembrou protestos em que participou na juventude. “Durante o governo de Jair Soares (PDS), em 1978, ficamos dois meses sem ir às aulas, e aquele movimento desestruturou as competições de esportes que havia. Nunca mais se teve um calendário disso”, apontou o emedebista. Ele também defendeu que os poderes Judiciário e Legislativo do Estado apoiem os docentes, e lembrou que os servidores lotados nesses poderes não têm seus salários parcelados. Após as manifestações na Câmara, os estudantes caminharam até a Praça Dante Alighieri.