A UCS elegeu a nova reitoria para os próximos quatro anos na terça-feira (25). A eleição de Gelson Leonardo Rech sugere que o ritmo atual será mantido, eis que próximo de Evaldo Kuiava, a quem irá suceder. Rech é o atual chefe de gabinete de Kuiava (matéria nesta edição, com parecer da diretora Margarete, do Campus Canela/Região das Hortênsias). Prestemos atenção para este trecho publicado junto à proposta do novo reitor: “realizar uma revisão do Projeto de Regionalização, definir seu posicionamento na região e assegurar sua expansão”.
Nova gestão no São Miguel
A Prefeitura de Gramado renovou por mais três meses a intervenção ao São Miguel. Assim, até dia 05 de maio segue sendo gestão municipal. A princípio, de lá em diante, será do novo dono esta responsabilidade. É de se imaginar que quem comprou tem pressa para assumir e aos poucos obter seu investimento de volta. Mas, em se tratando de uma casa de saúde, única no município, é importante que a transição seja perfeita, sem causar rupturas e prejuízos no atendimento ao público. E, neste diapasão, compreende-se que o que parece demora é apenas prudência e senso de responsabilidade.
Plano de trabalho
O Ministério Público acompanha esta transição. Max Guazzelli quer um plano de trabalho para entender exatamente como será a gestão, destacando que o CNPJ do novo dono não tem filantropia, o que, segundo o promotor, aumenta em cerca de R$ 500 mil por mês o custo da operação, em pagamento de impostos. “O plano de trabalho/operação do Hospital São Miguel é essencial para eu saber como eles vão organizar o atendimento, sabendo-se que, como os adquirentes não possuem filantropia, eles não terão isenções tributárias, o que significa um rombo de 500 mil reais por mês nas contas do hospital”, disse Guazzelli.
Caridade
Ter um plano de trabalho e operação para o Hospital de Caridade de Canela (HCC), certamente é tudo o que aquele povo sonha. Porém, ali a coisa ainda está bem mais preocupante. A Prefeitura fez a intervenção, acendeu a esperança de uma melhora no hospital, mas não foi o que ocorreu. Antes pelo contrário, ainda que tenham sido investidos altos recursos municipais, só em 2021, R$ 30 milhões, a coisa não foi pro eixo. Agora a intervenção está sendo levantada, segundo a secretária de Saúde, Patrícia Valle, a pedido do MP e do Estado, voltando, a gestão, à Associação Civil proprietária do HCC.
Só devolver, no entanto, não resolveria. Logo, a Prefeitura mandou projeto de lei para a Câmara pedindo autorização para, através de convênio, repassar recursos ao HCC para que a nova diretoria possa assumir compromissos e contratar uma gestão terceirizada, de preferência. O município fica, também, além de alcançar dinheiro, encarregado de ajudar na busca por um gestor que tenha know-how (capacidade e conhecimento no setor).
Há interessados
Segundo Patrícia Valle, já há contatos e interessados, mas ainda nada assinado. O projeto de convênio estava para ser votado ontem à tarde, mas foi adiado. De fato não há pressa nisso. O importante é que toda a sociedade saiba que é preciso fazer um esforço extra para acabar com as polêmicas no HCC. Ao que a coluna soube, há mais uma reunião em vista, já com a presença de “possível” interessado na gestão do HCC. Talvez um novo gestor já possa apresentar um plano de trabalho, e de custos, para que no projeto de lei de repasses já se possa estabelecer valores, mínimos e máximos.
Questão de honra
Nestas questões burocráticas há muito o que fazer pelo HCC. Mas ele segue funcionando e atendendo população. E, este colunista, aposta no interesse manifesto pelo Prefeito em entrevista aqui no Integração, em encontrar o caminho ideal ao nosso HCC querido. Constantino tem isso como questão de honra, deixar o hospital redondinho, e foi isso que pesou para que não renunciasse ao mandato em novembro quando veio à público a Operação Caritas, que atacou seu governo frontalmente, conforme também revelou em entrevista aqui no Integração. Se não jogou a toalha por esta razão, certamente está focado e encontrará o caminho.
Projeto inusitado
O vereador Leandro Gralha, MDB, de Canela, disse ontem ao colunista que pretende apresentar um projeto de lei que obrigue os vereadores a fazerem exame toxicológico a cada seis meses. “Tem vereador aí que não dá, pelo amor de Deus”, expressou. Gralha exemplificou com a sua profissão de motorista para a qual precisa estar em dia com este exame e garantir sobriedade para a execução, e comparou: “Eu estando de vereador ali eu tenho muita responsabilidade e as pessoas tem de estar em sã consciência, do jeito que está a ‘bagunçaiada’ aí, não! Vou meter isso aí (o projeto), já pode anunciar”, disse. Ao que deu para entender há edis “chapados” nas sessões.
Sessão de despedida
Salvo surja nova extraordinária a sessão de ontem à tarde pode ter sido a última presidida pela vereadora Emília Fulcher (Republicanos). Como vice eleita ela acendeu ao cargo em novembro, quando Alberi Dias foi afastado pela Justiça. Como na volta das ordinárias, dia 07, será eleito novo presidente, esta deve ter sido sua despedida do cargo.
Pacificação
Depois de ter aparentemente entregue a pacificação política aos ventos, o Prefeito de Canela volta atuar para salvar a governabilidade que mostrava fragmentação. Nos próximos dias deverá ser anunciado o vereador Jeferson Oliveira, Jef do Transporte (MDB), como secretário de Assistência Social e Habitação e a vereadora eleita que ocupa esta pasta atualmente, Carmen Seibt (PSDB), deve ir para a Governança, em substituição a Álvaro Grulke. E, claro, com isso, volta à Câmara a suplente Mana (MDB), que está na fila.
Calmaria no Gramado
A Câmara de Vereadores de Gramado encontrou uma semana de calmaria. Claro, merecido já que está de recesso. Como não teve extraordinária, fica só na manutenção, com os vereadores se esforçando para demonstrar à sociedade que estão ‘sempre alertas’.
Prestação de contas
O prefeito Nestor Tissot e o vice-prefeito Luia Barbacovi farão coletiva à imprensa hoje (28), 9 horas, para prestar contas do primeiro ano da gestão. Os destaques certamente serão a superação, em muito, do orçamento previsto para o ano, e, claro, as pomposas verbas externas que foram captadas e estão sendo transformadas em obras nos mais diversos pontos da cidade. A dívida herdada do Fedoca obviamente vai merecer um pedação da conversa.
Para quem gosta de comparar já anota aí, nos quatro anos o Fedoca fez três quilômetros de asfalto: Dois na Linha Àvila e um no Quilômbo. Quanto a recursos captados nos quatro anos do PDT valeu a frase: “As torneiras estão fechadas, os tempos mudaram”. Vamos ver amanhã se as torneiras estão fechadas em Brasília.
Texto: Cláudio Scherer | [email protected]