Por Roberto Hunoff
Prignolato projeta continuidade do movimento de alta (Foto Divulgação)
A retomada do mercado doméstico tem sido determinante na melhoria dos resultados financeiros das Empresas Randon. Nesta quarta (13), a diretoria informou ao mercado que a receita bruta de nove meses teve alta de 26,2% sobre igual período do ano passado, alcançando R$ 5,5 bilhões. A receita líquida, na mesma base de comparação, totalizou R$ 3,8 milhões, incremento de 24,8%. O lucro bruto foi de R$ 954,7 milhões, crescimento de 30%, enquanto o Ebitda consolidado avançou 21,8%, para R$ 530,1 milhões. O lucro líquido acumulado no ano é de R$ 194,7 milhões, incremento de 67,5%.
A receita bruta com origem no mercado doméstico chegou muito próximo dos R$ 5 bilhões, crescimento de 28,5%. Já as exportações somaram R$ 494,2 milhões, avanço de 6,7%. Segundo a companhia, o mercado externo foi afetado por fatores como a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos e a instabilidade econômica da Argentina. “Mesmo com volatilidade no mercado, conseguimos receitas robustas e manutenção das margens, o que mostra a consistência das ações da companhia”, comenta o CFO das Empresas Randon, Paulo Prignolato.
Ele lembra que a projeção de safra recorde, aliada à estabilidade econômica brasileira, com juros e inflação baixos, influenciam na melhora da confiança dos agentes econômicos. Também a Fenatran, realizada em outubro, em São Paulo, contribuiu para a continuidade da realização de bons negócios durante o atual e o próximo ano.
Fras-le tem recuo no lucro líquido
A Fras-le fechou os nove primeiros meses do ano com expansão nas receitas e na lucratividade operacional. A receita líquida avançou 25,9%, para R$ 995 milhões, valor já contemplado pela consolidação da Fremax, que ainda não fazia parte do grupo de empresas controladas pela Fras-le neste mesmo período do ano passado. O mercado doméstico gerou R$ 506,6 milhões, incremento de 33,6%.
Já o externo aumentou 18,8%, para R$ 488 milhões. As exportações a partir do Brasil, que estão consolidadas na receita externa, permaneceram estáveis, alta mínima de 0,2%, somando US$ 60,1 milhões. Apesar da evolução, a companhia apurou redução nos volumes de venda de materiais de fricção nos Estados Unidos em razão da desaceleração observada na economia local, assim como níveis menores também na Argentina, reflexo da instabilidade econômica que o país vizinho atravessa.
O lucro bruto consolidado nos nove meses é de R$ 246,6 milhões, com alta de 14,5%. O Ebitda consolidado, no mesmo período, foi R$ 114,1 milhões, recuo de 25%. A margem do Ebitda caiu 7,8 pontos, para 11,5%. “O desempenho reflete, principalmente, a perda de incentivos fiscais e pressão inflacionária no preço da matéria-prima, entre outros”, explica o CEO da companhia, Sérgio Carvalho.
Acrescenta que o desempenho do mesmo período do ano passado estava valorizado pelo ganho operacional gerado na compra da Jurid do Brasil. “Apesar destas particularidades, houve melhora na eficiência operacional a partir de trabalhos focados na redução de custos e melhoria nos processos de fabricação”, assinala. Pela combinação dos diversos fatores, o lucro líquido teve recuo de 47,2%, para R$ 37,4 milhões, com margem de 3,8%, em queda de 5,2 pontos sobre o resultado dos nove meses de 2018.
Com a expectativa otimista para a retomada do crescimento da economia nacional, a empresa mantém o foco em redução de custos e no processo de expansão nacional e internacional. “O aumento de confiança e de liquidez gerado pela continuidade das esperadas reformas estruturais no Brasil aponta para a tendência de que a economia brasileira deve encontrar patamares mais robustos de crescimento nos próximos anos, o que reforça boas estimativas para os negócios no país”, projeta Carvalho.