Fenatran impactou positivamente as vendas de implementos rodoviários (Etevaldo Tadeu, Divulgação/Banco de Dados)
O volume de emplacamentos de implementos rodoviários neste ano deverá crescer 25% sobre o consolidado em 2018. Significa que a indústria entregará ao mercado em torno de 115 mil unidades. A projeção anterior indicava entre 108 mil e 110 mil produtos, representando 20% de alta. "Os números de mercado que estamos atingindo estão acima das projeções iniciais”, ressalta Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
Fabris comenta que, embora o desempenho se mantenha abaixo do início da década, quando o setor chegou a vender 190 mil unidades, em 2011, o volume atual sinaliza para a recuperação da economia. Tanto que a projeção para 2020 é de crescer mais dois dígitos. De 2007 até 2014, o setor operou com vendas acima de 100 mil unidades. De 2011 a 2014, os volumes ultrapassaram 150 mil equipamentos. Em 2015, caíram para 88 mil e chegaram a 60 mil em 2017. No ano passado, houve avanço para 90 mil.
Em 2019, de janeiro a outubro, os emplacamentos totalizam a marca de 99.821 produtos, alta de quase 37% sobre o mesmo período do ano passado. O setor é impulsionador pelo mercado de veículos rebocados, com 53.240 emplacamentos, incremento de 48%. Já a linha leve, de carroceria sobre chassi, tem avanço de 26%, com 46.581 unidades, invertendo o histórico do setor, que era ter neste produto o maior volume de vendas.
No entanto, a retomada gradual da economia nos centros urbanos já reflete diretamente em alguns produtos do segmento leve. A família de betoneiras avançou quase 220%, para 437 emplacamentos. “É um produto ligado integralmente à construção civil. Portanto, reflexo direto das atividades nesse segmento”, reforça Fabris.
A Fenatran, realizada de 14 a 18 de outubro, em São Paulo, também exerceu impacto positivo nas vendas do setor. “Foi a melhor Fenatran dos últimos tempos para o setor fabricante de implementos rodoviários”, garantiu Fabris. De acordo com balanço final, as associadas da entidade venderam cerca de 15 mil unidades no segmento pesado e 620 carrocerias sobre chassi. Para Fabris, o evento deu impulso ao setor. “A curva de desempenho tem mostrado resultado positivo e constante desde o início do ano, indicando consolidação da tendência”, reforça.