CANELA – Um grupo de pais, cujos filhos estudam na Escola de Educação Infantil Professora Dináh Reis Signori, interrompeu a sessão da Câmara de Vereadores na noite desta segunda-feira, para demonstrar a insatisfação com a notícia sobre o possível fechamento da escolinha infantil, que funciona dentro do Parque do Sesi.
No início da reunião legislativa, tão logo acabou o hino nacional, começou o manifesto no lado de fora com apitos e cartazes, pois ainda não é permitido público dentro do plenário. A sessão foi interrompida e alguns vereadores saíram para ouvir os anseios dos pais. Depois de alguns minutos de diálogo foi permitido que três pais entrassem na sessão e Letícia dos Santos de Carvalho usou a tribuna do povo para falar em nome do grupo.
O motivo da manifestação, conforme explicou Letícia, foi a recente notícia informando o fechamento da Escolinha. “Ficamos sabendo que os alunos atendidos ali serão realocados na escolinha Adriana Spall, em espaços improvisados, e não aceitamos isso”, relatou.
De acordo com o que disse Letícia na tribuna, a secretária de Educação, Janete da Silva Santos, teria explicado que o Sesi não queria mais a escola funcionando ali. Ao procurar o Sesi para confirmar a informação, a versão foi refutada pela instituição. “O Sesi sequer sabia disso”, frisou Letícia.
A Dináh Signori é um educandário municipal, enquanto que a Adriana Spall é privada (conveniada com a Prefeitura) e, segundo os pais, não teria capacidade para atender toda a demanda. “Ali (Adriana Spall) não tem refeitório para nossas crianças. Quando questionamos isso com a secretária, ela nos disse que as crianças podem comer dentro da sala de aula”, destacou.
“O problema não é a mudança de local. Se precisa mudar, ok, estamos de acordo, mas mudar para um lugar que não tem estrutura não aceitamos. O que queremos é um lugar digno para nossos filhos. E também temos receio das muitas reclamações que existem da Adriana Spall, inclusive existe denúncia de agressão feita na Secretaria de Educação”, observou.
Letícia também pronunciou que a secretária teria lhe dito que não é possível manter em funcionamento as duas estruturas. “Se realmente não há problemas, e se vai ser algo bom, por que foi falado só agora? Por que deixaram tudo quieto? Nós não aceitamos nossos filhos estudando em um puxadinho”, enfatizou Letícia. “Queremos atenção do poder público para este problema”, finalizou.
O que diz a Prefeitura
Em seguida, durante os pronunciamentos dos vereadores, o líder de governo na Câmara, Roberto Grulke (MDB) deu uma prévia de versão por parte da Prefeitura. “Eu vou ler o que a secretária (Janete) me mandou: ‘A situação da escola Dináh será regularizada para o próximo ano letivo, pois atualmente a escolinha não tem autorização de funcionamento por não atender os requisitos mínimos da legislação. A melhor forma de atendê-los e não sair do zoneamento é alugando um espaço junto à escola Adriana Spall. Atualmente a Dináh atende 88 alunos, sendo que 18 são pré II e ingressarão no ensino fundamental no ano que vem’. Eu acho que nós, vereadores, podemos ir lá olhar o espaço e conversar com a secretária, ver a questão das salas, do refeitório, precisamos nos informar sobre isso porque algumas informações não estão se encontrando”, disse Grulke.
Nesta terça-feira (30), deve acontecer uma reunião entre o grupo de pais e a Secretaria de Educação. Após o encontro, o Jornal Integração trará mais informações sobre essa questão.
ABAIXO ASSINADO
Pelas redes sociais, foi iniciada na manhã desta terça-feira (30), um abaixo-assinado pela manutenção da escolinha. O descritivo do abaixo-assinado tem a seguinte mensagem:
“A comunidade junto com os responsáveis dos alunos da EMEI Frof. Dináh Reis Signori de Canela, através deste abaixo-assinado, viemos mostrar nossa insatisfação e indignação pela comunicação que nos foi feita, onde a Escola Dináh irá passar para junto da escola Adriana Spall, escola privatizada, sem estrutura para atender a quantidade de alunos, tendo que as crianças se adaptar a um lugar e espaço totalmente diferente do que é hoje. Não aceitamos a troca para essa escola, caso necessite sair do espaço do SESI que seja para uma sede só nossa e com uma estrutura própria para educação infantil”.