Tenho sérias ressalvas ao governo de Eduardo Leite. Mas concordo com ele em uma colocação que fez outro dia em entrevista nacional como pré-candidato à presidente em que explica porque chefe de nação não deveria ser candidato a reeleição. Quando o presidente é candidato à reeleição a discussão sobre isso é muito precipitada. Desde o primeiro ano, todos os demais interessados no cargo se articulam e fazem de tudo para atingir o governo, ainda que custe caro à nação. É o que está ocorrendo com Bolsonaro. Desde o primeiro dia é todos contra ele e na medida que o pleito se aproxima (estamos a um ano da eleição), a coisa só piora. Eduardo Leite, no entanto, não é bom exemplo, pois como governador do RS anda pelo Brasil todo em sua particular campanha, primeiro para vencer o governador de SP na prévia do PSDB e depois então nos abandonar totalmente na campanha presidencial.
Legisladores
À propósito. Eu não voto em reeleição de parlamentar. Nem vereador, nem deputado estadual ou federal ou senador. Nada de reeleição a parlamentar. Com 20 assessores cada, mais as famigeradas emendas “impositivas”, claro que são todos francos favoritos em cima dos demais candidatos.
Atenção econômica
Há uma defasagem mundial em matéria prima e produtos de toda a natureza que certamente afetarão a economia. Resta observar o quanto a região turística da Serra será atingida. Combustíveis (e gás), minérios, borracha, equipamentos de tecnologia, enfim, muitos itens estão escassos e escasseando. Por isso ninguém segura a inflação, nem o Brasil, nem nenhum outro país. A princípio, um dos resultados de tudo isso, o dólar alto, mantém o turista brasileiro em seu país e isso é bom. Mas, estejamos preparados para muita turbulência nos próximos tempos, que deve envolver todo o ano de 2022, que tem mais um agregado negativo, a eleição presidencial que sozinha seria suficiente para bagunçar a economia.
Caminhoneiros
Os caminhoneiros, que conheceram sua força em 2018 naquela paralização de 11 dias que quase nocauteou o Brasil, não cansam de ameaçar novas greves. Novamente se articulavam para segunda-feira, dia 1º de novembro. Reclamam do preço do combustível e dos pneus como se isso só afetasse eles. Como coloco acima, o problema é generalizado, não escapa ninguém e o Governo não tem como resolver isso. Cada um tem de ver o seu negócio e se for inviável, aceita que dói menos.
Veja o exemplo do Integração: em 2009 comemorávamos e investíamos alto em um parque gráfico, que em 2019, dez anos e alguns meses após entrar em funcionamento, se tornou inviável e foi parado. Aí o Governo, em uma ação de desespero do presidente, que contou fortemente com essa classe para a eleição em 2018, tenta resolver oferecendo R$ 500 de auxílio. Eles, que não vivem com pouco, ironizaram a ajuda, que foi cancelada. Ajuda, de fato, tem de ser dada a quem tem fome, não para viabilizar um negócio.
Politicagem
São os próprios políticos que mais usam esse termo. Para o leitor entender o que é politicagem, é mais ou menos o que fazia Ronaldinho Gaúcho em campo: olhava para um lado e jogava a bola para outro. Esta semana, no Programa Chimarrão e Atualidades que apresento todos os dias das 7h às 8h pelo site leiafacil.com e pelo face do JI, comentei sobre uma fala do vereador Paim na sessão de segunda-feira. Ele foi a um bairro fazer visitas e listou uma série de demandas e levou para a Prefeitura para serem resolvidas. Ao que disse encontrou muita falta de atenção do Executivo. Considerando que participou direta e ativamente do governo Fedoca como CC, e não fez esse tipo de lista quando o secretário de obras era seu partidário Flávio Souza, pelo menos, a julgar pelas condições dormentes em que Gramado enfrentou durante aqueles quatro anos, conclui-se que esse é um fato clássico de politicagem. Como eu sempre digo, para fazer o que fazem, precisamos ter um elemento indispensável: moral.
Prof.ª Denise vereadora
Já outra atitude do vereador Rodrigo Paim é elogiável. Ele se licenciou por 15 dias e permite assim que a suplente professora Denise assuma a cadeira de 26/10 a 9/11. Para azar dela só terá uma sessão ordinária no período, já que segunda-feira, dia 1º, não tem. Para compensar teve a extraordinária de ontem que autorizou a GramadoTur a usar fogos no evento de Natal do Lago Joaquina, que estava proibido por lei anterior. Na real, a lei municipal previa até 50 decibéis, mas o mínimo que existe para os fogos pirotécnicos é de 100 decibéis. De qualquer forma deve ser este o último ano para isso. Inclusive o local para o shows, a partir de 2022 deverá ser outro, conforme disse esta semana a presidente da GramadoTur, Rosa Helena Volk.
São Miguel 74 anos
Esta semana, dia 26, terça-feira, o Hospital São Miguel completou 74 anos. Em razão das notícias atuais não teve muito motivo de comemoração, já que apreensão sobre a venda toma conta. Mas, seguimos acreditando serem só notícias boas. Vamos ter um São Miguel cada vez melhor e a população cada vez melhor atendida. Prefeitura, Ministério Público e comunidade em geral acompanham de perto a transição e queira Deus tudo vai ficar bem. À propósito, a reunião entre as partes, chamada pelo MP, ficou para início de novembro. “Provavelmente será dia 04/11”, respondeu essa semana o promotor Max Guazelli.
Gre-Nal
Bem feito Renato Portaluppi pelos 3 a 0 do Atlético Paranaense e pela eliminação da Copa do Brasil. Quando jogou contra o time que o consagrou e empregou nos últimos anos, e colocou, a seu pedido, uma estátua sua no pátio, comemorou cada um dos gols como se fosse um título. Agora, com o Brasileirão quase definido em favor do Atlético de Minas se agarra na Libertadores, que se não vier, tu tá fora do teu sonhado Flamengo. Quando estava no nosso Grêmio a cada oportunidade clamava pelo Flamengo e seu potencial de investir R$ 200 milhões. Agora é tudo contigo!
Chimarrão e Atualidades
Acompanhe este colunista todos os dias das sete às oito, ao vivo, com o Programa Chimarrão e Atualidades pelo site leifacil.com.br e pela página do Facebook do JI. Apresentação conjunta com Daniel Santos, a voz do Natal Luz de Gramado há 14 anos.