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Progressistas gaúchos de todas as querências!

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Na qualidade de participante das prévias do Partido Progressistas ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 2018, e agora como pré-candidato a Deputado Federal representando a Região das Hortênsias, dou às boas vindas para todas as autoridades Progressistas presentes em Gramado, sejam estas detentoras de mandato, postulantes aos cargos de Governador, Deputado Federal e Estadual em 2022, que participam e/ou prestigiam a Convenção de Gramado.
Este importante ato partidário, Senhor presidente Celso Bernardi, mais do que a celebração de um ritual de passagem que periodicamente se renova, constitui, na confraternização deste instante, o símbolo do vigor e da continuidade do Partido Progressistas, tal como concebido e edificado, em momento de feliz inspiração, pelos Fundadores do Partido.
Palavras talvez não consigam descrever, adequadamente, o alto significado que este momento representa não só na vida do Partido Progressistas, mas, sobretudo, na vida e sonhos dos Progressistas da Região das Hortênsias, cujos esforços, talentos e valores têm contribuído, de modo decisivo, para tornar a Região mais digna, mais justa, mais forte, mais consciente de sua importância e mais aberta a todos, sem exclusões, sem discriminações e sem intolerâncias.
Os Políticos em geral e os Progressistas em especial não podem perder de vista a gravíssima condição de fiel depositários da permanente confiança do povo gaúcho, que deseja preservar o sentido democrático de suas instituições e, mais do que nunca, deseja ver respeitada, na plenitude, por todos os agentes e Poderes do Estado, a autoridade suprema de nossa Constituição e a integridade dos valores que ela consagra na imperatividade de seus comandos, sempre a serviço do povo, sob pena dos Partidos Políticos deslegitimarem-se aos olhos dos cidadãos, o que confere sentido de contemporaneidade à advertência de TOBIAS BARRETO, grande jurista do século XX, para quem “um País em que o Povo não é tudo, o Povo, então, não será nada”.
Os Progressistas da Região das Hortênsias e dos demais Municípios que se fazem aqui presentes, Senhor Presidente, possuem a percepção dessa realidade e tem consciência de suas responsabilidades de preservar o presente e construir o futuro, semeando sonhos e criando oportunidades para todos, impedindo, desse modo, que razões de convivência ou pragmatismo político, ou de mera conveniência de grupos, instituições ou estamentos prevaleçam, deformem ou enxovalhem a arena política, e, por conseguinte o próprio político, o que é/será trágico para todos, posto ser a política o lugar privilegiado de construção democrática, das iniciativas que ofertam a justiça, a fraternidade, com iguais oportunidades para todos.
Esta realidade, Senhor Presidente e Progressistas de todas as querências, nos obriga a reconhecer que os Gaúchos têm o direito de exigir que o espaço político seja ocupado por cidadãos probos, íntegros e incorruptíveis, pois, afinal, o direito ao governo honesto constitui prerrogativa insuprimível da cidadania e condição de futuro de um povo.
Por outro lado, Caríssimos Progressistas, os cenários que se descortinam a nossa frente são desafiadores e de muito trabalho, o que credencia os Progressistas a reivindicar, junto as nossas comunidades, uma oportunidade para darmos o nosso melhor, seja comandando o executivo, seja elaborando leis ou fiscalizando.
Muitos serão os desafios, temos consciência, a começar pela falta de recursos, a desesperança que mina a confiança de parcela expressiva dos brasileiros, e uma desigualdade social que expõem as mazelas da sociedade brasileira e tornam cada vez mais distante a implementação, entre nós, das promessas da Constituição Federal de 1988, o que retarda, por conseguinte, o atingimento do estágio civilizatório almejado pelos brasileiros.

O Contexto e o Momento

No mundo todo, há um a crescente convicção de que, apesar dos progressos alcançados, algo não está funcionando. A renda continua concentrando-se nas mãos de muito poucos, enquanto a grande maioria não consegue melhorar sua qualidade de vida nem perceber, dentro da atual lógica econômica, qualquer perspectiva de que isso possa acontecer ao longo de sua vida.
Como aponta o recente Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, acumula-se, no mundo, “… uma profunda e crescente frustração com as desigualdades”. Manifestações de protesto surgem com cada vez mais frequência em múltiplos países, com múltiplos pretextos, seja o preço da passagem de ônibus, da gasolina, dos alimentos, seja a violência policial, a discriminação racial ou qualquer outro motivo capaz de acionar essa insatisfação acumulada e motivar as pessoas a ir às ruas e protestar.
Desigualdade não é meramente uma questão econômica. É também política (concentração de poder nas mãos de muito poucos e sempre os mesmos); racial (discriminação racial ainda é dominante, inclusive no Brasil); de gênero (mulheres continuam ganhando menos e recebendo menos oportunidades); religiosa (grandes conflitos ainda têm sua origem em diferenças de crença), etc..
A desigualdade de oportunidades começa no nascimento. Se uma pessoa nasce num ambiente econômico e cultural pobre, terá menos liberdade, no sentido dado por Amartya Sen, e menos oportunidades de enfrentar e superar as limitações de sua condição do que alguém que nasce num ambiente mais rico. Sem alguma intervenção externa capaz de abrandar ou eliminar esses obstáculos, a condição de pobreza não será superada e se estenderá para as gerações seguintes. É certo que algumas ações sociais têm conseguido tirar da extrema pobreza milhões de famílias no Brasil, mas, isoladamente não serão capazes de promover o crescimento cultural e econômico das novas gerações, de forma sustentada. Acreditamos que somente uma ação social coordenada e eficaz, que envolva governos, empresas, instituições da sociedade civil e comunidade pode interromper esse ciclo e promover a ascensão social sustentada.
Entretanto, estão surgindo novas e importantes fontes de desigualdade para as quais não estamos preparados:
• A educação básica, que ainda mal resolvemos, já não é mais suficiente. Precisamos garantir uma habilitação profissional capaz de atender às demandas do novo ambiente tecnológico que não só exige maior proficiência, mas que também deixará obsoletos muitos dos empregos atualmente existentes.
• As disparidades no acesso às novas tecnologias, especialmente à internet de banda larga e na inclusão que as novas tecnologias viabilizam.
• A concentração de poder político, potenciada pela manipulação do eleitorado através da massiva disseminação de informações inverídicas e ideias simplistas, polariza o ambiente político e mina a própria lógica democrática, fundamento do nosso sistema de governo e da nossa liberdade.
• A automação é a mais forte tendência para as próximas décadas. Tudo que puder ser automatizado, provavelmente o será. Isso, segundo algumas estimativas, poderá eliminar até 800 milhões de empregos em todo o mundo. Os primeiros desempregados, evidentemente, serão os menos especializados, criando novo fosso de desigualdade.
• As consequências da pandemia atual trarão ainda mais dificuldades e exigirão novos e custosos modos de intervenção social.
O fato é que, nas últimas décadas, nossos políticos não foram capazes de nos oferecer uma visão sobre o bem comum capaz de mobilizar nossa vontade e nosso esforço individual em prol de um futuro melhor, compartilhado por todos.
A sociedade espera de seus políticos muito mais do que eles estão entregando atualmente: mais competência, mais visão de longo prazo, mais transparência, mais compromisso com o bem comum e com o desenvolvimento econômico e social; menos desvios de dinheiro público, menos conchavos para proteção de interesses próprios em detrimento do interesse público, menos foco nos interesses eleitoreiros de curto prazo frente aos impactos das decisões no médio e longo prazo.
A desconfiança da população em relação aos seus governantes e aos políticos em geral leva inexoravelmente ao enfraquecimento do próprio sistema democrático e ao caos que justifica os regimes de força. Essa situação preocupa a todos aqueles que prezam uma sociedade livre e democrática.
Recuperar a confiança da sociedade é difícil, não só porque exige uma inédita proximidade, parceria e comprometimento mútuo entre poder público e cidadania, mas também porque os problemas que precisam ser enfrentados são muito mais complexos e difíceis de serem resolvidos do que o discurso político pode admitir e a maioria da população consegue reconhecer.
Precisamos aprender a evitar o caminho fácil do discurso simplista, dos antagonismos toscos e da uniformidade que atraem e seduzem a todos aqueles que não conseguem viver nem conviver neste mundo ambíguo e heterogêneo, complexo e cheio de visões conflitantes em que vivemos. Isso dá voto, mas só leva a aventuras populistas cujo resultado, a história nos mostra, é sempre retrocesso, frustração e autoritarismo. Enfrentar a complexidade exige humildade para reconhecer que não entendemos tudo em profundidade, abertura mental para aceitar o conhecimento dos demais e para reconhecer que não conseguiremos resolver os problemas sozinhos e a honestidade de saber e comunicar que a solução pode demorar mais do que o tempo de um mandato. Nada que se possa esperar dos nossos políticos, dirão alguns…
A solução de nossos problemas, portanto, não virá do atual sistema político nem da capacidade dos alquebrados governos que tentam nos fazer acreditar que estão governando nosso futuro. As distorções introduzidas pela Constituição de 1988 quanto aos papéis, às responsabilidades e, consequentemente, ao tamanho do Estado, geraram uma estrutura pública, em todos os níveis (Federal, Estadual e Municipal), inchada, engessada, cara e ineficiente no atendimento das demandas públicas. Estados e Municípios estão falidos e não há dinheiro para investimentos. No curto e médio prazo, o investimento público, seja da União, dos Estados ou dos Municípios, não será o motor do desenvolvimento econômico e social.
Alcançar um futuro melhor, nesse contexto, depende principalmente de nossa própria capacidade política de, como cidadãos, definir que tipo de sociedade queremos para nós mesmos e para nossos descendentes e de persistir na sua construção.
De certa forma, a situação atual é uma consequência da nossa abdicação, em favor do Estado, da responsabilidade pela qualificação de nossas crianças e jovens, de nosso ambiente, de nosso futuro. Nossos ancestrais, especialmente as primeiras gerações de imigrantes europeus que colonizaram nossos Vales, não esperaram pelo Estado para resolver seus problemas. Por sua religião e sua cultura, tinham uma clareza de propósito e uma tradição de associativismo e de responsabilidade comunitária que os induzia à solução autônoma dos problemas e à busca persistente do futuro que queriam para si e para seus filhos. Estradas, escolas, hospitais, igrejas, salões comunitários, tudo era construído pelo esforço associativo dos cidadãos em suas comunidades. Não sem discussões, disputas políticas ou diferença de visão; nem sem renúncias, sacrifícios e dúvidas. Mas com a convicção de que, juntos, podiam fazer um futuro melhor para todos. E fizeram.
Se quisermos avançar na construção de um futuro melhor para nós e para nossos filhos, precisamos retomar essa tradição de liderança e cooperação, aprendendo a mobilizar, novamente, o imenso potencial de capacidades que nosso Estado abriga. Estamos, agora, numa situação incomparavelmente melhor do que nossos antepassados em termos de capacidades e competências disponíveis; em termos de capital social acumulado na forma de infraestrutura física, econômica e cultural; em termos de capacidade de geração e de acesso a recursos financeiros. O que precisamos recuperar é nossa capacidade de pensar e de agir em conjunto, de discutir nossos problemas e de desenhar novos consensos, de assumir nossa responsabilidade como cidadãos e de exigir de nossos governantes o compromisso com nossos objetivos até sua completa realização.
Esta reflexão reflete nossa visão de que é necessário propor e experimentar novas formas de praticar a democracia e de governar se quisermos que um futuro melhor para todos se torne uma realidade e que a democracia seja a forma preferencial de organizar a realidade cada vez mais complexa de nossa sociedade.
De qualquer forma, se não conseguirmos demonstrar, na prática, de que é possível governar democrática e eficazmente essa nova realidade, não teremos argumentos para contestar aqueles que prometem soluções eficientes à custa dos pressupostos democráticos.
Enfim, Senhor Presidente Celso Bernardi e Caríssimos Progressistas, neste singular momento em que o Rio Grande se debate com uma das maiores crises da sua história, que infirma o seu passado e torna incerto o seu futuro, os Progressistas são chamados a dizer a que vieram; são chamados a dar a sua contribuição para a resolução dos gravíssimos problemas sociais e econômicos que a todos desafia, sendo essencial reafirmarmos aos cidadãos deste Estado que o Partido Progressistas, atento à sua alta responsabilidade institucional, dará a sua contribuição, seja colocando para concorrer a Governador, Senador, Deputado Federal e Estadual homens e mulheres ostentado condições de contribuir com a construção de uma sociedade justa, inclusiva e a serviços de todos, seja exercendo seu poder/dever de governar ou mesmo de fiscalizar com racionalidade e responsabilidade.
Aproveitemos todos, portanto, este momento e as eleições nacionais de 2022 para nos colocarmos à disposição dos gaúchos e nos tornamos, efetivamente, agentes da inclusão social e de promoção do bem-estar; do desenvolvimento social, cultural e econômico.

Gramado, RS, 21 de agosto de 2022.

Antonio Claudemir Weck
Pré-candidato a Deputado
Federal pelo Progressistas

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