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Trem Regional e Aeroporto de Canela próximos da realidade

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Foto: Reprodução

O 17º Latin American Infrastructure, realizado em Brasília, reuniu especialistas de todo o mundo para apresentar oportunidades e discutir o futuro do desenvolvimento regional. Dentre os 100 projetos de toda a América Latina apresentados, com possibilidade de execução nos próximos 18 meses, selecionados pela plataforma global de projetos CG-LA, dois eram da Serra Gaúcha. O Trem da Serra Gaúcha e o Aeroporto Internacional da Região das Hortênsias, sendo que este foi o quarto mais bem avaliado.

Para avançar nestes dois temas, Canela vai sediar nesta quinta-feira (29) e sexta (30), encontro restrito a convidados, muitos dos quais representantes de fundos internacionais aptos a investir nos empreendimentos. Uma segunda fase envolverá as comunidades. “Devido à boa avaliação que tivemos em Brasília, vamos avançar no processo de construção. Fazer os ajustes necessários, a fim de materializar os dois projetos”, destacou Arnildo Schildt,CEO da Schildt Assessoria Ambiental, que promove o evento, juntamente com a empresa norte-americana CG-LA Infrastructure, em parceria com a Universidade de Caxias do Sul. 

Conforme Schildt, o projeto do Aeroporto Internacional da Região das Hortênsias já está pronto, com as licenças ambientais e da Agência Nacional de Aviação Civil já concedidas. Além de toda a infraestrutura necessária, de início será uma pista com extensão de 2,8 mil metros, podendo chegar a 3,5 mil metros. Posteriormente, está prevista a construção de uma segunda pista. Ambas para aviões de grande porte, de carga e passageiros. “A captação de investimento é estrangeiro. Estima-se algo próximo de R$ 250 milhões. Mas antes, precisamos fechar todos os ajustes. O trabalho vem sendo feito, para que as obras iniciem em março de 2020, com estimativa de conclusão em até dois anos”, salientou.

Todo o complexo ficará em uma área de 148 hectares, já adquirida pelo município. Distante cerca de oito quilômetros do Centro de Canela, o Aeroporto Internacional terá acesso pela RS-476, no Saiqui. “É uma grande conquista. Se trata de uma demanda que existe a mais de duas décadas. A região, que já é muito forte turisticamente, subirá ainda mais de patamar, com o recebimento de vôos de vindos de outros países. Com certeza fomentará e consolidará o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva regional”, destacou.

 

Trem deve abranger toda a Serra Gaúcha

 

No que tange ao projeto do Trem da Serra Gaúcha, serão abordados assuntos como o possível traçado da futura malha férrea e a modelagem da operação econômica do empreendimento. No entanto, Arnildo Schildt, informou que para o trem se tornar viável, não é suficiente somente o percurso de Bento Gonçalves, Bento, Garibaldi, Carlos Barbosa, Farroupilha, Caxias do Sul até Vila Oliva. Ele precisa abranger toda a Região das Hortênsias (Nova Petrópolis, Gramado, Canela e São Francisco de Paula) e Campos de Cima da Serra (Jaquirana, Bom Jesus, São José dos Ausentes e Cambará do Sul). Em uma segunda etapa, seria feita uma conexão de Bom Jesus a Vacaria. 

Segundo Schildt, o projeto será construído em cinco etapas, percorrendo cerca de 370 quilômetros de ferrovia. Entretanto, no encontro, outras alternativas serão apresentadas, dentre elas um traçado do Mobilização por Caxias do Sul. “Ele também cobriria essas regiões, diminuindo-as em 100 quilômetros, costeando a Rota do Sol, em direção ao Litoral, com conexão em São Francisco de Paula sentido a região das Hortênsias”.

Como as alternativas ainda estão sendo estudadas, Schildt informou que o projeto está em fase de construção. Mas o certo, é que trem será tanto para passageiros, como de carga. Também com investimento estrangeiro, estima-se capital de R$ 800 milhões. “Este é um processo mais demorado, pois ainda temos que fazer os estudos ambientais. A única parte que esta pronta, apta para se iniciar em 2021, é o trecho entre Bento e Caxias. Todas cinco etapas, a previsão é que se conclua até 2030”, frisou.

Sobre os benefícios que um investimento deste porte trará para a região, Schildt salientou que de imediato, tão logo o trem comece a operar, haverá fomento no turismo interligando 13 municípios, e alívio na malha rodoviária com menos transporte de carga circulando, o que baratearia despesas. “Segundo dados da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, em média diariamente 300 caminhões saem da cidade em direção aos portos e aeroportos. Sem falar no que é transportado por outros municípios. Demanda que será absorvida pelo trem de carga”, destacou.

 

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