GRAMADO –Intervenção e futuro do Hospital Arcanjo São Miguel, Centro de Saúde da Várzea Grande, programa saúde da família, relação com as forças de segurança, estes foram alguns dos pontos destacados elo candidato Evandro Moschem (MDB), nesta última etapa da série de entrevista produzida pelo Jornal Integração. Confira como foi a conversa:
1 – O Hospital Arcanjo São Miguel continuará sob intervenção municipal?
A intervenção do hospital não pode continuar de forma indeterminada. Devemos lembrar que este processo é acompanhado e tem apoio, para construção de soluções, pelo Poder Judiciário, Legislativo, Ministério Público e os Conselhos. No primeiro semestre de 2021 serão iniciadas as discussões quanto as melhores opções de gestão hospitalar, de forma segura e eficiente encerra essa intervenção, mediante discussão e aprovação das entidades, Conselho de Saúde e Ministério Público.
2 – Quais suas intenções com o Hospital Arcanjo São Miguel?
Assim como o tema intervenção será pauta prioritária, as discussões acerca das possibilidades de gestão ou mesmo desapropriação ou permuta da área, será construída mediante discussões envolvendo o poder público, iniciativa privada, Conselho de Saúde e Ministério Público.
3 – Qual sua posição sobre um hospital regional?
Dentro do nosso Plano de Governo está prevista a criação do Comitê Regional, com objetivo de discutir e buscar soluções integradas, entre os municípios da Serra, para temas como saúde. Contudo, nosso projeto dentro da área da saúde é implantar serviços médico e hospitalar, direcionado para especialidade em consultas, podendo ser inserido na estrutura atual ou na nova estrutura do hospital, que será construída a partir da definição do local e da intervenção.
4 – Como será a funcionalidade do Centro de Saúde da Várzea Grande?
Com a construção do Centro de Saúde da Várzea Grande, em parceria com a iniciativa privada, o município passa a contar com um Centro de Saúde modelo, com área de 2.500m² e contemplando quatro equipes da Saúde da Família. Assim, nossa meta é oferecer todos os serviços de saúde que hoje estão disponíveis no Centro, tais como: atendimento médico, farmacêutico, fisioterapia, odontologia, além da liberação de exames para evitar deslocamento até o Centro.
5 – E os demais postos (UBS’s), inclusive o do Centro, como será a sincronização com o HASM?
Nosso plano de governo estabelece a estruturação do programa destinado a gestão pública eficiente e transparente, diretamente conectado com o programa destinado a área da saúde, especial em relação a transparências das informações e a utilização de sistemas informatizados. Assim, vamos implementar o prontuário eletrônico único, interligando os postos com HASM, com o objetivo de melhorar o atendimento do paciente, facilitando ao médico consultar o histórico do paciente, no momento da consulta.
6 – Qual será seu posicionamento com relação a saúde preventiva?
A prevenção é um dos nortes do nosso Programa de Saúde, tanto que vamos implantar projetos de prevenção a gravidez em grupos vulneráveis, desenvolver políticas públicas e fomentar ações para orientação e prevenção nos temas da saúde da mulher e sexualidade, inclusive com ações integradas com as demais secretarias do Executivo, incentivar a criação de programa voltado a saúde mental e emocional para enfrentamento dos efeitos pós-pandemia e políticas públicas com foco na prevenção: jovens, idosos e mulheres.
7 – Com exceção do que foi posto, relacione seus planos para a área da saúde?
A área da saúde terá atenção redobrada, vamos ampliar o Programa Estratégia da Família para atender a região norte da cidade, bem como, ampliar e descentralizar o Programa Primeira Infância Melhor (PIM), que hoje atende no bairro Altos da Viação Férrea, cerca de 50 famílias. Além do suporte operacional para implementar o cartão do SUS eletrônico, Sistema Digital de Agendamento de Consultas e investir em tecnologia na unidades básicas de saúde – UBS Informatizadas.
8 – Por conta da pandemia, especialmente no início, muitos serviços de saúde, como consultas e exames, deixaram de ser realizadas, resultando em uma demanda reprimida. O quadro pandêmico deve perdurar por tempo indeterminado, então como zerar essa demanda?
Importante esclarecer que em várias especialidades não há fila de espera, pois durante a pandemia sempre que o médico indica a situação de urgência do paciente a realização do exame é atendida em caráter de prioridade, evitando o agravamento da situação do paciente. Hoje a demanda existente é na área de oftalmologia, decorrente da falta de profissional credenciado, bem como ortopedia (parte joelho).
9 – Qual será sua política de prevenção e combate ao uso de drogas e como será o trabalho de recuperação de dependentes químicos?
Nosso Plano de Governo faz a integração das políticas públicas, buscando a união de esforços do Poder Público, órgãos de Segurança Pública (Brigada Militar e Polícia Civil), Ministério Público, Conselhos, Mocovi, entidades privadas, igrejas e as famílias no fortalecimento das políticas a exemplo do Programa Educacional de Resistência Às Drogas (PROERD- Brigada Militar nas escolas).
10 – Como se dará a parceria com as polícias, Civil e Militar?
Cada vez mais os municípios estão assumindo um papel mais ativo na área da segurança, assim as relações e parcerias com as policias Civil e Militar são essenciais e devem construir meios para combater qualquer tipo de violência. Para reforçar esse apoio nosso plano de governo prevê o fortalecimento das políticas públicas para a permanência da Brigada Militar e Polícia Civil no município a partir da construção de parceiras público-privadas e do Mocovi, inclusive, auxiliando e destinando unidades habitacionais para os policiais, dentro do nosso Plano de Habitação Social.
11 – Quais ações de segurança gostaria de destacar?
Destacamos a ampliação da instalação do sistema de vídeo monitoramento e cercamento eletrônico com câmeras, integrado ao Sistema do Governo Estado do Rio Grande do Sul, bem como fomentar o policiamento comunitário em parceria com a Brigada Militar. Além disso, é fundamental estimular Patrulha Maria da Penha e demais políticas públicas destinadas ao combate da violência doméstica e desenvolver ações e políticas públicas com objetivo de humanizar o atendimento policial destinado às demandas relacionadas a violência da mulher.