CANELA – Na entrevista sobre Planejamento, Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Constantino Orsolin destacou o Plano de Mobilidade Urbana que foi aprovado pela Câmara e projeta mudanças de fluxos e estratégias para melhorar a circulação na área central. O candidato também aposta em parcerias público-privadas para assumir espaços públicos a exemplo do que ocorreu com a antiga estação do trem. Confira os principais pontos da entrevista:
1 – Quais seus planos com relação ao plano diretor?
Já estamos trabalhando na atualização e reformulação do atual plano diretor, que é uma prioridade entre as prioridades do nosso governo. Teremos mudanças que envolvem índices de aproveitamento, áreas urbanas, entre outras. Este trabalho está sendo executado em várias mãos, contando com a colaboração de muitas cabeças pensantes do nosso município. Acredito que esta reformulação esteja concluída até o final do ano ou no máximo no início do próximo mandato. É por meio da revisão do plano diretor que poderemos reestruturar as bases da nossa cidade, pensando na Canela que temos hoje e aquela que queremos para o futuro.
2 – No que se refere à análise e aprovação dos projetos de construções de novos empreendimentos, tanto comerciais como habitacionais, qual seu objetivo?
Nosso governo atualizou diversos procedimentos internos na Secretaria de Meio Ambiente e fomos responsáveis pela desburocratização de vários processos, proporcionando maior agilidade na emissão de projetos e alvarás. Prova disso é a grande quantidade de novos empreendimentos que estão surgindo em Canela, seja na área da construção civil ou no setor turístico. Com a organização administrativa impulsionamos projetos importantes e melhoramos o fluxo dos processos de licenciamento que são realizados atualmente de forma online, reduzindo o tempo de espera com transparência e efetividade.
3 – Para a mobilidade urbana, quais os projetos que podem de fato ser executados dentro do próximo governo?
Visando o planejamento e a implementação de políticas para a mobilidade a atual administração elaborou e a Câmara Municipal aprovou o Plano de Mobilidade Urbana, que inclui novos instrumentos para a gestão local. O plano altera fluxos, qualifica deslocamentos, redefine estratégias e insere conceitos mais sustentáveis como ciclovias para melhorar as relações entre veículos e pedestres, vias preferenciais e sentidos, além de estimular o uso de novos meios de transporte. Na continuidade do nosso projeto de governo existem novidades e propostas para oferecer aos canelenses e turistas estratégias para melhorar o fluxo de veículos, como a construção de alça de acesso principal para desafogar o trânsito e ampliação dos ramais atuais para desvio do trânsito pesado.
4 – Qual o planejamento com relação às áreas públicas não utilizadas?
Temos um ‘case’ de sucesso aqui na nossa cidade que é a Estação Campus de Canella, o nosso antigo trem. Um local antes abandonado, que gerava problemas e prejuízos para a administração pública e para a própria sociedade. Com a parceria público-privada o trem passou a gerar empregos e renda e é isso que queremos para outras áreas públicas como a Casa de Pedra, o Teatrão, o Centro de Feiras, a Rodoviária, o Cassino e o Parque do Palácio. A Lei Canela do Futuro, instituída pelo nosso governo, nos dá essa possibilidade e vamos trabalhar para colocar isso em prática. O poder público tem que cuidar da saúde, da educação, da assistência social e de outras áreas, pois quem tem vocação para gerar dinheiro e emprego é a iniciativa privada.
5 – Quais os planos para melhorar o transporte coletivo?
A remodelação do transporte público coletivo está inserida no Plano de Mobilidade Urbana. O edital está em fase de elaboração e certamente vamos reorganizar este importante serviço que é prestado para nossa população.
6 – E os planos para os abrigos de ônibus?
Nos últimos quatro anos revitalizamos e construímos várias novas paradas de ônibus. Como exemplo cito os novos abrigos para os passageiros dos bairros Santa Marta, São José, Canelinha, Saiqui e Jardim das Fontes, entre outros. Algumas dessas melhorias foram realizadas por meio de compensações ambientais e vamos dar continuidade neste sistema de trabalho para contemplar todos os bairros de Canela com novas paradas de ônibus.
7 – Muitas ruas, especialmente nos bairros, ainda estão sem identificação de nome. Pretende resolver isso?
Já estamos resolvendo esta situação e muitas ruas receberam placas nos últimos meses. No entanto, aquelas vias que estão sendo pavimentadas – que são dezenas em nossa cidade – receberão as placas de identificação somente após a conclusão total da obra, o que deve ocorrer em breve. Podem ter certeza de que isto será solucionado, pois Canela Não Vai Parar.
8 – A duplicação da ERS-235 entre os bairros Canelinha e Saiqui é uma necessidade. O senhor pretende buscar soluções para resolver isso? Quais?
Sim! Estamos buscando alternativas e negociando com o Governo do Estado, por meio da EGR. Recentemente fomos informados de que a obra para finalização da duplicação deste trecho fará parte das negociações para a privatização dos pedágios, estando na pauta de negociações com as concessionárias interessadas em assumir a rodovia.
9 – Qual sua posição sobre o trecho da ERS-235 do Centro até a divisa com Gramado? O trajeto carece de algumas modificações na estrutura para travessias de pedestres. As tradicionais faixas de segurança têm provocado acidentes e lentidão. Municipalizar e depois chamar a iniciativa privada para uma parceria fazendo passarelas seguras e atrativas turisticamente é uma possibilidade?
Já estamos buscando algumas alternativas para este trecho através de parcerias com a iniciativa privada, por meio das compensações ambientais. Nossa intenção é criar uma terceira faixa no acesso à Canela pela ERS-235, melhorando a mobilidade e a segurança dos pedestres. Também já solicitamos a instalação de lombadas eletrônicas e pretendemos urbanizar os canteiros, repetindo ações para o plantio de hortênsias e outras mudas, como realizamos recentemente em parceria com a comunidade. Mas toda e qualquer intervenção na rodovia precisa do aval da EGR. As passarelas são alternativas sim, apesar do trecho de Canela ser menor e não possuir pontos com grande aglomeração de pedestres.
10 – A passagem de caminhões pelo Centro é dúbia e muito ruim, os de grande porte principalmente enfrentam sérias dificuldades. Isso será resolvido dentro do seu governo?
Sim! Os problemas ocasionados pelo fluxo de caminhões e ônibus no Centro da cidade serão solucionados ou ao menos amenizados com a implantação do Plano de Mobilidade Urbana. A construção de uma alça de acesso para o trânsito pesado, assim como o alargamento de algumas ruas e criação de novas vias são obras extremamente necessárias.
11 – O centro da cidade concentra hoje o maior fluxo turístico e é onde estão os principais serviços como órgãos públicos, bancos e outros que implicam na trafegabilidade. Qual seu posicionamento com relação a isso?
O fluxo intenso de veículos na região central não é uma característica de Canela, pois ocorre em praticamente todas as cidades do país. Já possuímos vários atrativos turísticos que não ficam no Centro, como o Parque do Caracol, o Bondinhos Aéreos, o Alpen Park, entre outros. Com o desenvolvimento pelo qual Canela está passando, é natural a cidade se expandir para outras regiões.
12 – Algum plano para implantar ciclovias? Onde?
Sim! O ciclismo é um esporte em franco crescimento e o cicloturismo tem grande potencial em nosso município, assim como o turismo de aventura. Por isso o trecho de sete quilômetros da estrada Caracol\Ferradura, que está sendo pavimentado pelo nosso governo, já contará com uma ciclovia ao longo de todo o percurso. Além disso, o nosso plano de governo prevê o asfaltamento dos trechos que levam até os Morros do Dedão, Pelado e Queimado, onde será imprescindível termos ciclovias para que os canelenses e os turistas possam praticar o esporte em meio às belas paisagens que nossa cidade proporciona. Também vejo como necessária uma ciclovia na estrada Canela e Gramado, projeto este que deve ser desenvolvido em conjunto com o município vizinho e a EGR. Fora isso, no plano de mobilidade estão previstos vários ramais de ciclovia pela cidade.